Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

A ignorância de uma geração


LIÇÃO 3 – 20 de Janeiro de 2013

A ignorância de uma geração

TEXTO AUREO

“E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após e lesse levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel”.  Jz 2.10

VERDADE APLICADA

Toda a geração que desprezar o ensino da vontade do Senhor estará escravizada por u m a sutil vã maneira de viver, ficando a mercê do servilismo alheio como aconteceu aos filhos de Israel.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Apontar que coisas trouxeram a vaidade pessoal e escravidão;
 Mostrar as terríveis consequências de se desprezar o ensino;
 Aplicar a necessidade d e nos preocuparmos em ensinara vontade de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jz 2.8 – Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de cento e dez anos.
Jz 2.9 – E sepultaram-no no termo da sua herdade, em Timnate-Heres, no monte de Efraim, para o norte do monte Gaás.
Jz 2.10 – E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel.
Jz 2.11 – Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins.

Introdução
Hoje estudaremos sobre os grandiosos feitos de Deus na geração de Josué. Como o povo de Israel desfrutou com intensidade, da prosperidade divina enquanto estiveram no caminho da obediência com Ele, usufruindo de uma vida de qualidade, muita chuva, terras férteis e abundantes colheitas. No entanto foram contaminados com os costumes dos pagãos e apostataram da fé. Mas vamos ver que a importância de um legado espiritual pode fazer toda a diferença para as gerações futuras.

1. Ageração de Josué
Deuteronômio é um resumo da Lei de Deus para os filhos de Israel que estavam prestes a entrar na terra prometida. Josué recebeu a incumbência de liderar as tribos na conquista da terra, substituindo Moisés, sem jamais deixar o livro da Lei. Evidente que coube a ele também se prover de mestres que ensinassem ao povo das tribos, esse foi um legado glorioso. Seu zelo está exemplificado quando circuncidou todos os homens e celebrou a páscoa, (Js 5.4-12). E foi esta a causa por que Josué os circuncidou: todo o povo que tinha saído do Egito, os varões, todos os homens de guerra, eram já mortos no deserto, pelo caminho, depois que saíram do Egito. Porque todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nenhum do povo que nascera no deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado. Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar toda a nação, os homens de guerra, que saíram do Egito, que não obedeceram à voz do SENHOR, aos quais o SENHOR tinha jurado que lhes não havia de deixar ver a terra que o SENHOR jurara a seus pais dar-nos, terra que mana leite e mel. Porém, em seu lugar, pôs a seus filhos; a estes Josué circuncidou, porquanto estavam incircuncisos, porque os não circuncidaram no caminho. E aconteceu que, acabando de circuncidar toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que sararam. Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio do Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje. Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. E comeram do trigo da terra, do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas tostadas comeram no mesmo dia. E cessou o maná no dia seguinte, depois que comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de Canaã.

1.1. Os grandiosos feitos de Deus, (Jz 2.7 E serviu o povo ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que prolongaram os seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do SENHOR, a qual ele fizera a Israel.)
Josué e os demais líderes (anciãos) de Israel, viveram muito tempo e desfrutaram muito da presença de Deus e dos grandiosos feitos divinos. Quer dizer, eles vivenciaram o poder de Deus que os ajudou a conquistar Canaã. Assim puderam testemunhar a ajuda divina a nova geração que ia surgindo logo após, essa geração também continuou dependendo de Deus para continuar as suas conquistas (Jz 1.2-4 E disse o SENHOR: Judá subirá; eis que lhe dei esta terra na sua mão. Então, disse Judá a Simeão, seu irmão: Sobe comigo à herdade que me caiu por sorte, e pelejemos contra os cananeus, e também eu contigo subirei à tua, que te caiu por sorte. E Simeão partiu com ele. E subiu Judá, e o SENHOR lhe deu na sua mão os cananeus e os ferezeus; e feriram deles em Bezeque a dez mil homens.). Até aí tudo bem, mas algo imperceptível ia acontecendo, um arrependimento do zelo em ensinar e um esfriamento espiritual que ia se propagando.
Nesse ponto da história de Israel, Josué estava lado a lado com Moisés como grande herói e, no entan­to, a nova geração não reconheceu quem ele era nem o que havia feito. Em seu co­nhecido romance 1984, George Orwell es­creveu: "Aquele que controla o passado controla o futuro; aquele que controla o pre­sente controla o passado". Uma vez que as­sumiram o controle do presente, tanto Hitler quanto Stalin reescreveram a história, ou seja, o passado, a fim de que pudessem contro­lar os acontecimentos futuros, e, por algum tempo, foram bem-sucedidos. Como é im­portante as novas gerações reconhecerem e valorizarem os grandes homens e mulhe­res que ajudaram a construir e a proteger sua nação! E terrível quando historiadores "revisionistas" ridicularizam heróis e heroí­nas do passado a ponto de transformá-los quase em criminosos.

1.2. A vontade de Deus para o povo

Para Josué foi importante transferir o seu legado espiritual, social e econômico a sua família. Ele, diante do povo, disse: “Eu e a minha casa servirem os ao Senhor” (Js 24.15 Se, porém, não lhes agrada servir ao SENHOR, escolham hoje a quem irão servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha família serviremos ao SENHOR ”.). No fundo, a fé que Josué tinha em relação à vontade de Deus era uma resposta a Ele. Foi uma disposição para um compromisso integral com Sua vontade. Josué desejou a vontade de Deus, escolheu ser obediente a Deus que é o elemento essencial à fé cristã.

Eu e a minha casa serviremos ao Senhor.
Este versículo com toda a razão tem-se tornado famoso, sobre­tudo em lares evangélicos. Incontáveis sermões têm sido pregados a respeito dessa declaração de Josué. A vida consiste em uma continua confrontação com escolhas a serem feitas. Os pais e os lideres precisam apresentar uma boa orientação para que os filhos e os liderados possam tomar decisões baseadas em boas informações.
Este versículo enfatiza o dever que os país têm de ajudar seus familiares a fazer escolhas acertadas. Um pai deve três coisas a seus filhos: exemplo; exemplo; exem­plo. Josué deu exemplo aos seus familiares e também a todo o povo de Israel, que estava debaixo de suas ordens. Josué tinha acabado de fazer a revisão dos podero­sos atos de Deus em favor do povo de Israel. Ele tinha estabelecido razões para que os hebreus obedecessem a Yahweh. Deus se havia exibido por meio dos acontecimentos históricos. Deus é que tinha brandido o Seu poder e tinha feito tudo. Ver I Reis 18.21. Josué, pois, não achara a menor dificuldade em fazer a sua escolha.
Um verdadeiro mestre afeta a eternidade.
Jamais poderá dizer onde cessa a sua influência.
(Henry Adams)
As crianças têm maior necessidade de modelos do que de críticos.
(Joseph Joubert)

1.3. As conquistas das terras
As terras de Canaã estavam distribuídas entre muitos reinos pequenos, mas bem resguardados. Deus havia prometido a Abraão dar aquela terra a sua descendência, assim, nos dias de Josué, o povo havia amadurecido o suficiente para herdar a promessa. O povo que habitava nela usufruía de uma vida com qualidade, muita chuva, terras férteis, abundantes colheitas, todavia viviam no mais completo paganismo antagônico à vontade de Deus. As maldades daqueles povos cheiravam mal às narinas de Deus, o que foi completando, à medida da paciência divina. Enquanto isso, no deserto, os filhos de Israel iam sendo provados e treinados à obediência. Daí, quando chegou o tempo certo, eles finalmente puderam conquistar tudo aquilo que Deus havia prometido (Ec 3.1-8 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.).
Moisés, Josué e demais líderes marcaram profundamente aquelas gerações, entretanto era necessário que todo aquele legado passasse de geração em geração através do ensino. Aqueles líderes foram homens que não estavam preocupados em gerar um império para si, mas um exemplo de aplicação da Palavra de Deus em suas vidas que impactaria as sucessivas gerações por vir.

2. A importância de um legado
As tribos de Israel se encaminhavam para ser uma grande nação, já era um grande povo, mas precisava continuar as suas conquistas. Entretanto, com o passar do tempo, à medida que foram avançando, com eçaram a interessar-se pelo paganismo cananeu, deixaram-se seduzir pelos encantos dos seus rituais de fertilidade, que eram acompanhados com danças sensuais, prostituição e, depois, o aniquilamento de muitos bebês, que desse relacionamento impudico, nasciam. A morte desses inocentes trazia muito desgosto a Deus e, por tudo isso, Ele resolveu dar a terra um povo que fizesse a sua vontade, mas não foi isso que aconteceu, os filhos de Israel acabaram por anexar a sua vida tais práticas. Vejamos como isso foi possível.

2.1. Ignorância de uma geração (Jz 2.10 Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu uma nova geração que não conhecia o SENHOR e o que ele havia feito por Israel.)
A medida que os filhos de Israel foram tomando e conhecendo a terra, a geração de Josué e de seus filhos passaram, e a terceira geração tomou posse dos lugares em que habitavam. No entanto conquistavam e cresciam fragilizados pela sedução dos cultos a Baal e Astarote. E passaram a rejeitar os valores de seus antepassados. Consequentemente não tinham o zelo de ensinar os caminhos do Senhor aos seus filhos, e assim se levantou uma geração que não conhecia o Senhor, uma geração que não tinha a experiência de seus avós e bisavós com Deus, com a Sua vontade e Seus milagres.
A espiritualidade morreu juntamente com a geração mais antiga. Todas as testemunhas oculares já haviam morrido Não havia restado ninguém que pudesse dizer "eu vi". À nova geração restava ler livros e ouvir histórias. A lei do amor também não havia sido implanta­da no coração deles. As populações pagãs ao redor tinham-nos infectado com a doença da idolatria. Não conheciam, pois, a Deus; nem tinham contemplado Suas obras admiráveis. Eles eram espiritualmente estéreis. O fato de não conhe­cerem a Deus significava que também "não O reconheciam" (ver Pro. 3.S). No coração deles predominava a incredulidade acerca de todos os relatos sobre o passado glorioso de Israel. Não demoraria nada para que a idolatria substituísse a Yahweh, e o monoteísmo yahwista estava prestes a sofrer tremenda derrota. A geração antiga estava morta e sepultada; a espiritualidade da nova geração esta­va morta e sepultada.
"A experiência religiosa vital da antiga geração não pode ser facilmente comunicada à nova geração. Cada geração precisa encontrar Deus por si mesma. A fé de nossos pais é valiosa não quando é reverenciada por seus próprios méritos, mas quando se torna o estímulo para que cheguemos a uma fé seme­lhante. Muitos homens que se mostram sentimentais quando relembram a piedade de seus pais nao senlem nenhuma necessidade ou obrigação de exibir devo­ção idêntica" (Phillips P. Elliott, in loc.).

2.2. Abandono das raízes (Jz 2.11 Então os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova e prestaram culto aos baalins.)
Os dilemas são diferentes em cada geração. Os valores são substituídos, à medida que o tempo passa. No entanto, para o cristão, ainda que os costumes e tradições passem, os princípios fundamentais da Palavra de Deus devem continuar a nortear as suas vidas. A Bíblia diz que: “Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins. E deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o Senhor à ira” (Jz 2.11-12 Então os israelitas fizeram o que o SENHOR reprova e prestaram culto aos baalins. Abandonaram o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do SENHOR.). Foi preocupado com o desvio da sã doutrina, que, antes de eles entrarem na terra prometida, o Senhor disse a eles: “Não mudes o marco do teu próximo, que colocaram os antigos na tua herança, que possuíres na terra, que te dá o Senhor, teu Deus, para a possuíres” (Dt 19.14 Não mudem os marcos de divisa da propriedade do seu vizinho, que os seus antecessores colocaram na herança que vocês receberão na terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá para que dela tomem posse.).
Então fizeram os filhos de Israel o que era mau. Temos aí a expressão introdutória padrão, uma espécie de fórmula-chave para introduzir algum fracasso lamentável. A apostasia sob a forma de idolatria também foi a principal queixa do autor sagrado, sempre que iniciou uma seção com essa fórmula.
"Eles caíram precisamente na idolatria contra a qual tinham sido tão enfatica­mente advertidos (Deu. 4.19)" (Ellicott, in loc.).
Serviram aos Baalins. Baal e Astarote (vs. 13) eram os deuses masculino e feminino dos cananeus. A forma plural, bálanos, aqui usada, evidentemente refere-se aos muitos cultos locais da adoração ao deus Baal. Usualmente, Baal era apresentado como uma deidade cósmica. O versículo 13 deste capítulo dá a forma singular do nome. O baalismo original, ao que tudo indica, teve origem fenícia, embora possam ser encontrados traços por todo o mundo cananeu.

2.3. A apostasia (Jz 2.12 Abandonaram o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do SENHOR.)
Por que será que eles abandonaram a instrução, os mandamentos e o próprio Deus? Há várias respostas para essas questões, além da crise da terceira geração. As artes, os costumes, e os rituais que contrariavam os ensinos das Escrituras, constituíram-se lhes uma isca irresistível, que os encaminhou a apostasia. Do ponto de vista humano, havia muitos valores, muitas riquezas e coisas que não deveriam ser desprezadas naquela terra. A cultura de uma nação não cristã, não está toda demonizada. No entanto é preciso ter discernimento. Os encantos deste tempo presente, o “deus” deste século, a tecnologia e outros mais arrastam muitos incautos para a apostasia e escravidão.
Abandonaram o que o Senhor havia dito (vv. 11-13). Se tivessem se lembrado de Josué, teriam conhecimento de seus "dis­cursos de despedida" aos líderes e ao povo de Israel (Js 23 - 24). Se conhecessem tais discursos, saberiam da lei de Moisés, pois em seu último pronunciamento, Josué enfatizou a aliança que Deus havia feito com Israel e a responsabilidade que a nação ti­nha de guardá-la. Quando nos esquecemos da Palavra de Deus, corremos o risco de deixar o Deus da Palavra, o que explica por que Israel voltou-se para a adoração despre­zível e depravada de Baal.
A palavra apostasia vem do grego “afastamento” Aponta para o abandono deliberado da crença na fé cristã, por alguém; que dizia seguir essa fé. No Novo Testamento (2 Ts 2.3), é uma dissolução séria com Deus e com Cristo paralelamente à rebeldia e à hostilidade para com esses veículos. Do ponto de vista cristão, a apostasia envolve mais do que mudanças de ideias sobre doutrinas reveladas. A princípio, é a outorga da alma a alguma causa maligna, e não o mero abandono daquilo que antes  era professado. (Enciclopédia de Teologia e Filosofia Vol. 01).

3. Sofrimentos de uma nação apóstata
À medida que os filhos de Israel avançavam em seu relacionamento com o paganismo cananeu, iam dando as costas para Deus. Um comportamento tresloucado, que traria amargo sofrimento e que deixaria profundas marcas na história dos hebreus.

3.1. O ardor da ira divina (Jz 2.14 A ira do SENHOR se acendeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos de invasores que os saquearam. Ele os entregou aos inimigos ao seu redor, aos quais já não conseguiam resistir.)
Todas as bênçãos de Israel era fruto de sua obediência a Deus. Porém ao se envolverem com os pecados da terra de Canaã, suas vidas se tornaram alvo da ira divina. No entanto a ira divina é de categoria totalmente diferente da ira humana, pois a humana envolve paixão e perda de calma, tais emoções não se devem levar em conta ao considerarmos a ira de Deus, por isso a diferença não seria apenas na sua intensidade, mas está ligada à necessidade de redenção da humanidade. Além do mais, se não houvesse a ira de Deus, não haveria salvação. Em síntese, a ira de Deus seria parte necessária do caráter moral dEle, que aborrece o mal e ama o bem.
Perderam o direito de desfrutar o que o Senhor havia prometido (w. 14, 15). Quan­do saíram a combater os inimigos, os israe­litas foram derrotados, pois o Senhor não estava com seu povo. Moisés avisou que isso aconteceria (Dt 28:25, 26). Mas não foi só: os inimigos de Israel acabaram tornando-se seus senhores! Deus permitiu que uma nação após a outra invadisse a Terra Prometida e escravizasse o povo, tornando a vida dos israelitas tão sofrida a ponto de suplicarem por ajuda. Se o povo de Israel tivesse obe­decido ao Senhor, seus exércitos teriam sido vitoriosos; mas quando lutaram com as pró­prias forças, foram derrotados e humilhados.

3.2. O crescimento impedido (Jz 2.15 Sempre que os israelitas saíam para a batalha, a mão do SENHOR era contra eles para derrotá-los, conforme lhes havia advertido e jurado. Grande angústia os dominava.)
O escritor sacro mostra como o ardor da ira divina foi revelado às tribos hebreias. Como aquela sociedade entrou na contramão da vontade de Deus e “a mão do Senhor era contra eles para seu mal”. Não demorou muito, eles se encontraram “em grande aperto”. Quer dizer, estavam numa situação angustiante, sem saídas, pois simplesmente tudo o que faziam dava errado: não conseguindo o crescimento financeiro que até então vinham tendo. Logicamente, que, quando os filhos de Israel se apostataram do Deus vivo, ele se incumbiu de fechar as torneiras da prosperidade. Perm itiu as tribos hebraicas o sofrim ento para que não lhes fizesse com o fizera aos cananeus, até que finalmente eles viessem a clamar pelo livramento de Deus (Jz 2.18 Sempre que o SENHOR lhes levantava um juiz, ele estava com o juiz e os salvava das mãos de seus inimigos enquanto o juiz vivia; pois o SENHOR tinha misericórdia por causa dos gemidos deles diante daqueles que os oprimiam e os afligiam.).
"Eles não prosperavam em nenhum empreendimento em que se metessem ou em que pusessem a mão, em nenhuma expedição que fizessem, ou quando saíam à guerra”, conforme Kirnchi, Ben Melech e Abaitínel. A batalha sempre lhes era desfavorável, pois Deus era contra eles (John Gi, n loc.). Deus, porém, tinha avisado sobre os temíveis resultados da queda na idolatria (ver Deu. 29.12-29; ver também Deu. 28.25 e Lev. 26.17-46).
"O mesmo poder que, anteriormente, os havia protegido, quando se mostra­vam obedientes, agora se voltava contra eles, porque se tinham tornado desobe­dientes. Não somente eles não dispunham da presença de Deus, mas também O tinham contra eles" (Adam Clarke, in toe.).

3.3. Nas mãos dos inimigos (Jz 14,16 Então a mulher de Sansão implorou-lhe aos prantos: “Você me odeia! Você não me ama! Você deu ao meu povo um enigma, mas não me contou a resposta!” “Nem a meu pai nem à minha mãe expliquei o enigma”, respondeu ele. “Por que deveria explicá-lo a você?”)
Após o assentamento das tribos nas terras de Canaã, com o não conseguiram expelir todos os nativos de lá, a sua situação espiritual, social e financeira começou a degradar-se. A s tribos dos filhos de Israel eram vítimas de inimigos os quais nem se quer conseguiam resistir. Esses inimigos espoliavam e saqueavam os seus bens de maneira que tudo quanto produziam eram-lhes tomado. É claro que isso chegava a tal ponto de empobrecimento que as famílias chegavam ao desespero. Muitos passaram a viver em cavernas, deixaram de plantar e perderam a expectativa de dias melhores.
Na lição anterior, pudemos apresentar um padrão elaborado por Deus para educação religiosa de seu povo baseado em Dt 6. As promessas contidas eram de bênçãos, caso se esmerasse pelo caminho do aprendizado e obediência de geração a geração. O que de fato começou a suceder aos filhos de Israel, conforme expusemos acima. Mas havia promessas de maldição, caso desonrassem o compromisso da condição imposta. Como eles deixaram de obedecer, acabaram mergulhados sob essas maldições e em sofrimento vão. Observem como o conhecimento das Escrituras é tão necessário para que os filhos de Deus sejam bem sucedidos, a ignorância e a rebelião têm um preço amargo e elevado que não compensa.

Conclusão
Embora o cristão como qualquer outra pessoa aprenda com seus próprios erros e sofrimentos, a maioria deles são desnecessários, uma vez que tudo quanto foi registrado nas Escrituras é destinado para o nosso ensino, consolação e esperança (Rm 15.4 Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras, mantenhamos a nossa esperança.). Não é necessário, por exemplo, que Deus cerre as janelas e as portas do céu contra o nosso crescimento financeiro, mas, às vezes, fá-lo para nos conduzir de volta a sua presença, caso contrário, o prosperar, sem Ele, poder-nos-ia levar a uma derrota total e eterna.

QUESTIONÁRIO

1. O que representa o livro de Deuteronômio?
R: O resumo da Lei de Deus
2. De que maneira os filhos de Israel se fragilizaram?
R: Pela sedução dos cultos a Baal e á Astaroie.
3. Com o que Deus se antecipou para impedir a apostasia em Israel?
R: Com uma mensagem para que não mudassem os marcos antigos.
4. Defina a ira divina:
R: A ira de Deus seria parte necessária do caráter moral Dele, que aborrece o mal e ama o bem.
5. Segundo a lição, com qual finalidade a Escritura foi registrada?
R: Para nosso ensino, consolação e esperança.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2013, ano 23 nº 86 – Jovens e Adultos – Vida Cristã Vitoriosa.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade

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