Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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segunda-feira, 6 de maio de 2013


Honra a teu pai e a tua mãe - Lição 6 – 12 de Maio de 2013


LIÇÃO 6 – 12 de Maio de 2013

Honra a teu pai e a tua mãe

TEXTO AUREO

“Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa”. Ef 6.2

VERDADE APLICADA

Os filhos devem se comportar de tal maneira que levem os seus pais a se sentirem felizes pelos filhos que têm.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Mostrar que a insensatez dos filhos não atrai as bênçãos de Deus;
 Ressaltar que os filhos obedientes serão felizes e terão vida longa na terra;
 Destacar que os filhos podem desempenhar papel especial na família para alegrar seus pais.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Êx 20.12 - Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor, teu Deus, te dá.
Pv 23.22 - Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer.
Ef 6.1 - Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
Ef 6.2 - Honra teu pai e tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
Ef 6.3 - Para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
Cl 3.20 - Vós, filhos, obedecei em tudo aos vossos pais, porque isto é agradável ao Senhor.

Em nosso mun­do que venera e imita a juventude e que usa a eutanásia para eliminar pessoas idosas indesejadas, esse mandamento parece um eco distante de outra era. Mas os hebreus foram ensinados a respeitar a idade e a cui­dar dos seus idosos (Êx 21:15, 17; Lv 19:3, 32; Dt 27:16; Pv 1:8; 16:31; 20:20; 23:22; 30:1 7), um excelente exemplo a ser seguido hoje em dia (Ef 6:1-3; 1 Tm 5:1, 2). Alguém disse que os idosos são o único grupo de discriminados do qual todos esperam fazer parte, pois ninguém quer a outra opção. No entanto, a forma como tratamos essas pes­soas hoje ajuda a determinar o modo como seremos tratados no futuro, pois colhemos aquilo que semeamos.


Introdução
Há muito tempo, o relacionamento entre pais e filhos têm sido um dos dramas da sociedade. Mas nunca, na história, houve tanta possibilidade de mudanças. Muitos debates, literaturas e palestras por vários canais de informação, têm sido disponibilizados para que aconteça uma transformação nos lares, no entanto, a cada dia que passa, mais notícias negativas e estarrecedoras têm chegado até nós. Filhos que não valorizam e se rebelam contra a figura paterna e materna, e por isso vivem uma vida fora do alcance das bênçãos de Deus. Escrevendo uma história medíocre de sua própria vida. Mas há princípios nas Escrituras que se forem resgatados, veremos mudanças em todo contexto da sociedade. Vamos começar:

1. Deveres dos filhos
Os deveres dos filhos passam pela obediência, pela honra, pela proteção aos pais, principalmente quando estes chegam à idade mais avançada. Neste contexto de ajuda aos pais, o filho tem o dever de diminuir os sacrifícios dos pais na sua própria educação e criação, nem que seja por gratidão. Os filhos também devem ser estudiosos, trabalhadores, respeitadores, humildes e disciplinados. O filho inteligente não espera sofrer consequências para saber que não obedeceu aos seus pais, ao quais, possivelmente, estavam certos.

1.1. Obedecer aos pais
Os filhos precisam obedecer aos pais e nunca desprezá-los para não atrair maldição para suas vidas. É preciso obedecer de forma espontânea e consciente e não esperar coação ou força, mas seguir o exemplo que Jesus deixou pela obediência a José e Maria (Lc 2.51) e ao Pai celestial em tudo (Jo 6.38; Fp 2.5-8). Muitos filhos não sabem por que sofrem, mas é fácil descobrir: quebraram mandamentos bíblicos e perderam o privilégio de ser abençoados. A Palavra de Deus diz: “Vós, filhos, sede obedientes aos vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1; cf. Rm 1.30b; 2Tm 3.1-5). Da mesma forma, os pais, através da disciplina e com recursos para convencer os filhos, devem guiar através do ensino e correção, pois os pais foram colocados no lugar de Deus diante os filhos menores, com a responsabilidade de orientá-los no caminho do Senhor.
A Bíblia diz que é um grande mal o filho ser rebelde e não obedecer d voz do pai nem à da mãe. No Antigo Testamento, os filhos rebeldes eram punidos com pena de morte (Dt 21.18-21). No entanto é importante que os pais aprendam a dialogar com os filhos, não esquecendo que os tempos são outros. Os filhos de hoje, estão acostumados a dialogar nos ambientes escolares, então é preciso que, com uma boa conversa, possamos educar inteligentemente os nossos filhos. Pois autoritarismo não faz bem a ninguém.


1.2. Honrar os pais
O primeiro mandamento com promessa é honrar pai e mãe. Paulo, em Efésios 6.1-3, esclarece que quem assim procede irá muito bem e terá vida longa na terra. Isso significa receber longevidade e vida feliz. Honrar é respeitar como autoridade, amar como pessoa, valorizar como conselheiro, estimar como tutor, reconhecer como cabeça e submeter-se como chefes dignos. A honra aos pais enaltece e dignifica o filho. Todos os jovens, ao procurar um casamento, deveriam analisar como o pretendente trata os seus pais.

O grande dever dos filhos é obedecer a seus pais. A obediência compreende a reverência interna e os atos externos, e em toda época a prosperidade tem acompanhado os que se distinguem por obedecer a seus pais.
O dever dos pais: não sejam impacientes nem usem severidades irracionais; tratem seus filhos com prudência e sabedoria; convençam-nos em seus juízos e obrem na razão deles. Criam-nos bem; sob a correção apropriada e compassiva, e no conhecimento do dever que Deus exige. Este dever está frequentemente descuidado até entre os que professam o Evangelho. Muitos põem seus filhos em contra da religião, mas isso não escusa a desobediência dos filhos, embora lamentavelmente possa ocasioná-la. Deus somente pode mudar o coração, mas Ele dá sua bênção às boas lições e exemplos dos pais, e responde suas orações. Mas não devem esperar a bênção de Deus os que têm como afã principal que seus filhos sejam ricos e bem-sucedidos, sem importar o que aconteça com suas almas.

1.3. Não desamparar os pais
Mesmo após o casamento, os filhos não devem desprezar os seus pais. A responsabilidade dos filhos é cuidar dos pais e assisti-los bem até que o Senhor os recolha, mesmo estando geograficamente separados. Maldito o filho que desprezar seu pai ou sua mãe (Dt 27.16). Os pais querem carinho dos filhos, visitas, abraços e beijos de respeito. No entanto, alguns filhos pensam em livrar-se deles, internando-os em asilos. Nenhum filho deve passar muitos dias sem ter contato com seus pais, porque o maior presente que os pais esperam receber é a presença dos filhos.
Quem não obedece aos pais não será feliz. Nada dá certo para um filho desobediente que não ouve os pais, que não aceita conselhos e anda pela sua própria cabeça desprezando a voz da experiência e do direito. Os pais querem o melhor para os filhos. Quando alguém fala mal de um filho, os pais se levantam como leões para defendê-lo. Cuidado, filhos! Há também no Brasil, uma lei chamada Estatuto do Idoso, que é tão rigorosa contra os filhos que desamparam seus pais na  velhice que pode levar a cadeia o infrator.

2. Compreensão dos filhos
Os filhos precisam compreender que a responsabilidade dos pais é muito mais do que ser amigos. A função dos pais é diferenciada (proteção, provisão, disciplina). Os pais precisam muitas vezes corrigir e ensinar o caminho certo para que seus filhos não sofram mais tarde. Mas não se pode negar que muitos pais exageram, com a superproteção, que não contribui em nada na formação das crianças. O excesso de zelo pode acarretar problemas futuros. A intromissão exagerada pode começar na vida dos filhos pelo namoro, depois na vida profissional e há casos que os pais decidem até o futuro de seus filhos.

2.1. Aceitar os conselhos dos pais
Todos os pais querem o melhor para os filhos. Dificilmente eles lhes dão maus conselhos. Às vezes, os filhos não compreendem seus pais porque vivem focados nos seus desejos e não enxergam os perigos que estão diante deles. Por mais que os filhos sejam inteligentes, a maturidade e a experiência dos pais muitas vezes falam mais alto. O filho pródigo, por exemplo, não ouvindo os conselhos de seu pai enfrentou muitas dificuldades e teve de voltar “com uma mão na frente e outra atrás” (Lc 15.20,21).

O pai não apenas correu para receber o filho, mas também honrou sua volta, preparando um grande banquete e convidando o povo de sua vila a participar. O pai nem deixou que o filho mais novo terminasse sua confis­são; interrompeu-o, perdoou-o e mandou que começasse a comemoração!
No Oriente, não era apropriado a um homem de idade correr, mas o pai correu ao encontro do filho. Um dos motivos óbvios para isso era seu amor por ele e seu desejo de lhe mostrar esse amor. Mas há outra ques­tão envolvida. O filho desobediente havia envergonhado a família e a vila, e, de acor­do com Deuteronômio 21:18-21, deveria ter sido morto por apedrejamento. Se os vizinhos tivessem começado a apedrejá-lo, teriam acer­tado o pai que o abraçava! Que imagem maravilhosa do que Jesus fez por nós na cruz!
O filho descobriu no próprio lar tudo o que havia esperado encontrar na terra distan­te: roupas, jóias, amigos, uma comemora­ção alegre, amor e segurança para o futuro. O que fez a diferença? Em lugar de dizer: Pai, dá-me", ele disse, "Pai, trata-me [...] como um de teus trabalhadores". Estava dis­posto a ser um servo!

2.2. Aceitar a correção dos pais
O tolo despreza a correção de seu pai (Pv 15.5). Os pais ficaram responsáveis em criar seus filhos na doutrina e admoestação do Senhor (Ef 6.4b). O filho sábio ouve a correção do pai (Pv 13.1). A disciplina gera sabedoria, mas o filho entregue a si mesmo envergonha sua mãe (Pv 29.15). É preciso, aliás, aprender com os pais que não podemos fazer somente o que queremos na vida, mas o que é agradável a Deus.
Os que vivem sem correção são bastardos e não filhos (Hb 12.8). Os pais do passado corrigiam os filhos e eles os respeitavam (Hb 12.9). O que retém a vara odeia seu filho, mas o que o ama, a seu tempo o disciplina (Pv 13.24). Se um filho recebe disciplina é para seu próprio bem, não fique magoado!

2.3. Aceitar os ensinos dos pais
A Bíblia dá direito e responsabilidade aos pais quanto a ensinar e disciplinar os filhos. Diz o Senhor: “E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás aos teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te” (Dt 6.6-7). Ensina o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele (Pv 22.6). O filho inteligente ouve o ensino dos pais, mas o tolo o despreza.
Os filhos não podem lembrar-se dos pais somente nos dias especiais de aniversários e datas comemorativas, pois somos filhos o ano inteiro. Muitos filhos só dão valor aos pais depois que eles partem desta vida. Quando não os mais têm no dia das mães; nem no dia dos pais, então se recordam com tristeza pela consciência pesada por não terem feito mais por eles nem acatado seus ensinos amáveis e benfeitores.

3. Consciência dos filhos
É necessário aos filhos saberem o que os pais representam, assim eles não serão tratados de qualquer maneira nem ridicularizados pelos próprios filhos. É necessário também aos filhos saberem que os pais são responsáveis pela existência deles; desde cedo lhes ensinaram as primeiras letras, deram o leite e trocaram as fraldas; não os deixaram abandonados e, muitas vezes, deixaram de se alimentar para matar a fome deles; deixaram de comprar algo para si para investir neles; e, no frio, não só entregaram seu próprio cobertor para agasalhá-los como usaram de seu corpo para aquecê-los.

3.1. Os filhos não podem amaldiçoar os pais
Os filhos são heranças do Senhor (Sl 127.3). Como uma herança divina pode fazer maldade, castigar, maltratar ou amaldiçoar os pais? Há uma geração que amaldiçoa seus pais e que não bendiz suas mães (Pv 30.11). O que a seu pai ou a sua mãe amaldiçoa terá sua lâmpada apagada e ficará em densas trevas (Pv 20.20). Não murmure contra seus pais, não faça xingamentos nem diga palavras ofensivas; trate-os com carinho e amor como Deus ordena.

3.2. Os filhos não podem zombar dos pais
Chamar os pais de cafonas ou quadrados é falta de respeito, educação e inteligência, pois eles viveram suas juventudes em outra época e os costumes mudaram, o mundo evoluiu. É necessário, portanto, respeitá-los como de outra geração, cultura diferente e realidade diversa. Evidentemente, os filhos de hoje são mais esclarecidos e podem compreender melhor esta situação cultural. Os olhos que zombam do pai ou desprezam a obediência à mãe serão punidos (Pv 30.17). Ouve teu pai que te gerou e não desprezes tua mãe, quando esta envelhecer (Pv 23.22). Cuidado! A velhice chegará também para os jovens, quando, às vezes, só haverá chance para remorso e não mais para arrependimento e conserto!

3.3. Os filhos não podem envergonhar os pais
Quantos filhos têm causado vergonha para os pais por praticarem rebeldia! Às vezes, se entregam às aventuras desta vida, entram por caminhos de perdição e praticam tudo que os pais não ensinaram. Muitos caem nas bebidas, cigarros, drogas, prostituições, adultérios, assassinatos, furtos, roubos, assaltos e outras práticas violentas e criminosas. O filho deve honrar o pai e a mãe tendo uma conduta que lhes proporcione alegria (Pv 19.26). O sábio alegra seu pai, mas o insensato é tristeza para sua mãe (Pv 10.1; 17.25). Grande miséria é para um pai ter um filho insensato (Pv 19.13a).
Muitos filhos são incapazes de reconhecer o esforço dos pais para criá-los e, por isso, não agradecem o que fizeram ou fazem até hoje por eles. Alguns acham que é obrigação e esquecem-se de que um dia eles também serão pais. A maioria só começa a dar valor aos pais quando também se tornam pais, qua7ido chegam os seus filhos. Fica a lição de Pv 31.28 onde se lê que os filhos da mulher virtuosa a chamam “bem-aventurada”.

Conclusão
Cada filho não deve querer chegar à condição em que chegou o filho pródigo, o qual só deu valor aos pais depois de perder tudo e sofrer desprezo, nostalgia e fome. Foi cuidar dos porcos, a maior vergonha para os judeus, pois não somente o serviço era desagradável, mas para um judeu ortodoxo era um serviço impuro. Os filhos precisam entender que os seus pais são dádivas do Senhor. Então, que cada filho valorize intensamente e incondicionalmente a seus pais.

QUESTIONÁRIO

PARTE 1
1. Qual o primeiro mandamento com promessa?
R: Honrar pai e mãe.
2. O que leva um filho a desrespeitar os pais?
R: A insensatez.
3. Que promessa tem os filhos que honram os pais?
R: Ser feliz e viver muito tempo na terra.

PARTE 2
5. De quem é a responsabilidade de ensinar os filhos?
R: Dos pais (Pv 22.6).

PARTE 3
4. Conforme Sl 127.3, o que os filhos são para os pais?
R: Heranças do Senhor.


REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2013, ano 23 nº 87 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Pontos salientes da nossa fé, doutrinas essenciais para a prática de uma vida cristã sadia e equilibrada.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade