Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Eliseu e o milagre do machado flutuante

“Eliseu e o milagre do machado flutuante”

LIÇÃO 10 – 07 DE dezembro DE 2014

“Eliseu e o milagre do machado flutuante”

TEXTO AUREO

“Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender” Jó 37.5

VERDADE APLICADA

Por mais simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros ainda maiores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com o Senhor;
 Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;
 Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

II Reis 6:1 – E DISSERAM os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.
II Reis 6:2 – Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide.
II Reis 6:3 – E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
II Reis 6:4 – E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
II Reis 6:5 – E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado.
II Reis 6:6 – E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. Houve um homem de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efrateu.

Introdução
Fazer o ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia, mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas.

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 1
 Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com o Senhor;

1. A importância da presença de Deus.
Elias havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a escola cresceu e o lugar ficou pequeno (2Rs 6.1). Com o desejo de melhora, os jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão cortar madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre. Destacaremos três coisas fundamentais nesse primeiro ponto:

1.1. O desejo de crescer;
O lugar em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a quantidade de alunos que possuía e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam o ferro do machado de um deles acidentalmente se soltou do cabo, e afundou nas profundas águas do rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do manchado, mas porque era emprestado (2Rs 6.5). O desejo de crescer é comum a todos nós, porém, precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como pensamos, porque estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando o ferro foi perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia para recuperá-lo, eles se dirigiram a quem podia resolver (2Rs 2.21; 4.2-7,34 e 41) Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!
Explique aos seus alunos que naquele tempo essa ferramenta era caríssima, tratava-se de uma peça forjada no fogo e nem todos poderiam comprar. Como eles eram jovens e sem recursos, o desesperou tomou conta do jovem aprendiz. Nessa época se uma pessoa não pudesse pagar uma dívida era levado como mão de obra escrava até que a dívida fosse sanada (2Rs 4.1).

1.2. A presença do profeta e sua importância;
A presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio. Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes assegurarem-se que Eliseu iria com eles ao local (2Rs 6.3). Isso significa que esse empreendimento iria contar coma presença Divina a cada passo do caminho. Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartar4amd esse tipo de relação tão necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos como esses Jovens não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para acertar. Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma coisa que se estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e tantas incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Sl 77.11,14; Jr 33.3).

1.3. A atitude que precedeu o milagre;
Precisamos aprender a conviver com o sobrenatural, Deus opera de forma imprevisível. Um Evangelho que não manifesta o sobrenatural em nada difere das demais religiões. Eles primeiro chamaram a companhia do Senhor, e depois clamara a Ele. Eles não ficaram criando meios de produzir um milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente com Eles, Eles buscaram a saída correta para aquele momento de pavor. Devemos entender que Deus não se move dentro da lógica, da física, matemática, e demais regras de sabedoria humana. Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gn 18.14a; Lc 1.37). Embora fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles recorreram ao sobrenatural.
        Quando as dificuldades surgem no caminho que o Senhor nos autorizou a caminhar, devemos recorre a Ele em primeira instância, em vez, em vez de ficar tentando encontrar um meio de resolver. Deus deseja fazer flutuar aquilo que perdemos na profundeza do rio. Quando, para nós, resolver o problema parece ser impossível, o nosso primeiro impulso deve ser consulta-lo acerca de como iremos recuperar.

 Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;

2. RECUPERANDO O QUE SE PERDEU:
Para que serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um dia aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa natural nada pode produzir na esfera sobrenatural. Vejamos algumas lições da recuperação:

2.1. Onde caiu?
A perguntas de Eliseu é muito prática. Como podemos recuperar algo que não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde encontrar o que fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos recapitular cada passo dado durante o dia, é como se voltássemos no tempo (Ap 2.5ª). No mundo espiritual também é assim. Temos que lembra onde tudo começou a dar errado, onde a porta foi aberta par ao inimigo cirandar em nossas, onde lhe demos legalidade. Se um mal nos advém, não vem sem causa (Pv 26.2). Jesus perguntou ao pai do lunático desde quando aquilo acontecia (Mc 9.21) tudo na vida tem um começa, nada na vida é sem resposta. Dificilmente não sabemos onde caiu nosso machado.
Quantos casamentos dissolvidos porque não houve a coragem de dizer: eu errei naquele dia; quantas oportunidades jogadas fora por não reconhecer que poderíamos ter agido diferente; quantos ministérios no fundo do rio por querer ser senhor em vez de servo (Pv 18.12. Muitas pessoas vivem a se esconder da verdade, por isso, não recuperam o que foi perdido.
       
2.2. Reconhecer o valor é fundamental para a busca;
O jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade, seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apena uma pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim também é a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o Senhor colocou em nossas mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério, compromete a liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a casa inteira. Ela ainda tinha nove, mas essa era fundamental, ela sabia seu valor (Lc 15.8). Em nossos dias muitos não estão perdendo somente a ferramenta, mas afundando juntamente com elas no rio (Ap 2.5)

2.3. Estende a tua mão;
        “E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro e disse: levanta-o. então ele estende sua mão e o tomou” (2Rs 6.6-7). Assim como Eliseu o Senhor deseja também nos devolver a ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e digamos onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse levantar-se, de igual maneira, Cristo por sua morte no madeiro, foi a madeira cortada e lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se. Poucos entende a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho de Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai Celestial (Cl 1.13; 2.13-14).
        O tempo pode nos tornar religiosos e rotineiros. Com o passar dos anos podemos minguar na verdade, e no poder da mensagem. É bom estarmos atentos, porque nossa ferramenta não está isenta de esbarrar em duros obstáculos e se perder no rio.

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 3
 Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.

3. AS LIÇÕES DE UM MACHADO FLUTUANTE
        Eliseu era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de profundas verdades espirituais.

3.1. Corpo sem cabeça;
            O maior problema de Jesus antes de sua morte e ressureição residia em não possuir um lugar para reclinar sua cabeça (Mt 8.18-20). Jesus tinha residência física nesse tempo, ele não tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem corpo fica sem governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa a cabeça do machado, e a madeira o seu corpo. Lucas destaca claramente esse paralelo:  Lucas 19:10 “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”. Observe que não e “quem” (pessoas), mas “oque” (algo). Quando Adão pecou não perder só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da humanidade. Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida humana quanto a uma posição de governo na esfera espiritual; (Mt 28.18; Ef 1.22-23; 2.1-6).
            O peso específico do ferro e 7.84 vezes mais pesado do que o peso da água. O milagre desfiou a força da gravidade. Nosso Deus não está preso as forças da natureza. Fazer o ferro flutuar é colocar num nível acima, e sobrepõe um sistema. Jesus é a cabeça que se ergueu no mundo para sanar os problemas da humanidade.

3.2. O trabalho humano;
Quando o ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que com ele estava: “levanta-o então ele estendeu a sua mão e o tomou” (2Rs 6.7). Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava visível, a responsabilidade de extraí-lo da agua já não era mais de Deus, e nem tampouco de Eliseu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é clara: Deus não fará por nós, aquilo que nos mesmos devemos fazer (Pv. 6.6-11). Ficaremos prostrados após a queda ou levantaremos?

3.3. O precioso resgate;
            Trazendo esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a graça de Deus pode e levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda satisfação e uma gloriosa esperança (1Pe 1.3; 2Pe 1.3-8).
            Éramos milhões e milhões de seres humanos submersos em delitos e pecados. Mas nosso Senhor, o grande Salvador, nos ergueu, nos fez emergir, e nos colocou assentados juntamente com Ele nas regiões celestiais (Ef 2.6). Ele nos tirou de um abismo de horror (harpa cristã 435).

Conclusão
A madeira foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser recuperado. Cristo já fez a Sua parte, agora cabe a cada um de nós estendermos as mãos e tomarmos posse desta tão grande salvação que nos foi outorgada por Seu sacrifício vicário (Hb 2.3).

QUESTIONÁRIO

1. Quem eram os jovens que Eliseu seguiu até o Jordão?
R: Os filhos dos profetas (2Rs 6.1).
2. Qual o desejo desses Jovens?
R: Ampliar o lugar, crescer (2Rs 6.1.2);
3. O que representa na lição a presença de Eliseu?
R: A presença do Senhor nas nossas vidas (2Rs6.1-7);
4. Qual a tipologia da madeira lançada no rio? 
R: Cristo se lançando para nos salvar (Lc 19.10).
5. Qual a nossa responsabilidade diante do rio?
R: Fazer a nossa parte estendendo a mão. (Hb 2.3).

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2014, ano 24 nº 93 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – Milagres do Antigo Testamento – Compreendendo o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo.


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

O milagre da cura de Naamã!

O milagre da cura de Naamã

LIÇÃO 9 – 30 de Novembro de 2014

O milagre da cura de Naamã!

TEXTO AUREO

“E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro”. (Lc 4.27).

VERDADE APLICADA

Assim como um médico prescreve uma receita para a cura de um paciente, o nosso Deus indica a maneira correta de alcançarmos o sobrenatural em nossas vidas..

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Especificar o tipo de lepra de Naamã, quem era, e como foi influenciado a buscar a cura;
 Revela como foi o tratamento utilizado por Deus para a quebra de seu orgulho;
 Ensinar lições práticas acerca da cura de Naamã.

GLOSSÁRIO
 Segregar: Estar à margem de;
 Copiosamente: Abundantemente;
 Endossar: O mesmo que garantir.

HINOS SUGERIDOS
 20, 39, 360.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

2Rs 5.1 – E Naamã, capitão do exército do rei da Síria, era uma grande homem diante do seu senhor, e de muito respeito; porque por ele o Senhor dera livramento aos sírios; e era este homem herói valoroso, porém leproso.
2Rs 5.9 – Veio, pois, Naamã com os seus cavalos, e com o seu carro, e parou à porta da casa de Eliseu.
2Rs 5.10 – Então Eliseu lhe mandou um mensageiro, dizendo: Vai, e lava-te sete vezes no Jordão, e a tua carne será curada e ficarás purificado.
2Rs 5.13 – Então chegaram-se a ele os seus servos, e lhe falaram, e disseram: Meu pai, se o profeta te dissesse alguma grande coisa, porventura não a farias? Quanto mais, dizendo-te ele: Lava-te, e ficarás purificado.

LEITURAS COMPLEMENTARES:

Segunda
Terça
Quarta
Jr 17.14
Pv 16.18
Sl 119.37
Quita
Sexta
Sábado
Jr 18.6
Pv 28.13
2Rs 5.14

Introdução
A cura de Naamã apresenta inúmeras lições que principiam no orgulho humano e se estendem até o profético. Todos os milagres registrados tem um fundamente, eles não aconteceram de fora despropositada, pois Deus jamais realiza algo sem propósito (Rm 15.4).

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 1
 Especificar o tipo de lepra de Naamã, quem era, e como foi influenciado a buscar a cura;

1. Naamã o vencedor vencido:
Deus usou muitos agentes para efetuar a conversão de Naamã, de um homem orgulhoso e autossuficiente, em um homem crente, humilde, e reverente (1Rs 5.15-18). A Bíblia o descreve como um homem respeitado, homem pelo qual o senhor dera livramento aos sírios (1Rs 5.1).

1.1. Campeão por fora leproso por dentro;
Naamã era um homem de poder, uma figura de destaque na nação e temido pelos inimigos (2Rs 5.1), Só havia um problema: era portador de lepra, uma doença incurável, fazia desse vencedor um homem derrotado. Naamã era um vencedor vencido por uma doença. Duas coisas nos chamam atenção com respeito a Naamã: a primeira é que sua lepra não era igual a que Deus emprega para disciplinar seu povo (Nm 12.9-15), ou como a lepra que conhecemos cientificamente, porque sua lepra não era daquele tipo que o segregava da sociedade. Ele vivia em família, e com toda a sociedade; a segunda é que Jesus afirmou que havia muitos leprosos em Israel, mas somente Naamã foi curado o que nos faz acreditar que Deus tinha um propósito especial na realização desse milagre (Lc 4.27).
Naamã tipifica aquelas pessoas que resolvem os problemas externos com grande facilidade, mas aqueles internamente sofrem copiosamente. Pessoas que por fora ostentam ser indestrutíveis, mas quando chegam a suas casas e tiram a roupagem de heróis, sabem perfeitamente que a derrota é sua fiel companheira. Pessoas que para muitos são a solução, mas que esperam desesperadamente o fim de suas provações.

1.2. General, mas orientado por uma menina anônima;
A Bíblia nos mostra que havia em as casa uma menina sem nome, porém, muito importante para a sua vida, a qual foi trazida cativa da terra de Israel por suas tropas (2Rs 5.2). Vendo seu estado e preocupando-se com seu bem estar, a menina comunica à esposa do general que seu marido poderia ser restaurado se estivesse diante do profeta que estava em Samaria. A palavra dessa menina trouxe entusiasmo, lhe deu a notícia. Com as esperanças renovadas, Naamã fez saber a seu rei, o qual escreve uma carta ao rei de Israel e entrega provisões a seu valoroso general (2Rs 5.4-6). O que mais nos alegra nessa menina sem nome é que a lepra de Naamã não tem força sobre ela, mas sua compaixão é quem influência a vida de Naamã. Não é necessário termos nome ou fama para realizarmos algo grandioso (Is 53.2-4)

1.3. General, Mas auxiliado por uma mulher especial;
Naamã era um homem bom, cercado de pessoas que primava por seu bem estar. Poderíamos afirmar que sua esposa era uma mulher muito especial. Como deve ser a vida de uma esposa que tem um marido nessas condições? Esse tipo de doença cheira mal, e somente com uma gigantesca paciência que excede os limites de nossos tempos é que um relacionamento com esse perdura. O milagre do corpo de Naamã é poderoso, mas o de seu casamento é de surpreender. Por muito menos que isso os casamentos de hoje se dissolvem. Essa mulher tem uma forte lição para os matrimônios de nossos dias, pois por simples vaidade, as pessoas abandonam tanto a juramento quanto a benção dada por Deus.
        A mulher de Naamã e outra mulher sem nome, mas com uma qualidade de poucas no universo. Assim como a menina escrava, e seus próprios servos (2Rs 5.13). Cada uma dessas pessoas atua no milagre de sua vida de forma particular, mostrando que sua maior vitória era o companheiro daqueles que lhes eram familiares.

 Revela como foi o tratamento utilizado por Deus para a quebra de seu orgulho;

2. Naamã e profeta Eliseu:
O último agente usado para Deus para cura de Naamã foi profeta Eliseu, que tanto ignorou sua presença quando seus presentes. Eliseu resolveu o problema com uma receita sete mergulhos para quebrar o orgulho

2.1. A comitiva e a decepção;
Naamã era um homem orgulhoso como mostraram estas observações:
1)    Ele veio à casa de Eliseu esperando ser recebido com toda a popa compatível com sua posição (2Rs 5.9);
2)      “a ter contigo” é uma posição enfática significando a uma pessoa como eu (2Rs 5.11);
3)      “certamente” (ARC, BJ; NVI, “eu estava certo de que ele sairia”) uma tradução do infinitivo absoluto hebraico “sairia” também enfatiza o fato de que Naamã considerava dever de Eliseu ir até ele, por ser socialmente inferior;
4)      Sua recusa em executar o plano diferente do que ele idealizara (2Rs 5.11-12). A maior decepção de Naamã foi receber apenas a receita para a cura, pois o profeta sequer o recebeu.
Elizeu deixou Naamã em maus lençóis, pois sou se submetia ao tratamento, ou retornava do mesmo jeito. Eliseu deixou claro também que seu ministério não poderia ser comprado, fator muito comum nos ministérios de nossos dias.
       
2.2. Tratamento de choque no orgulho;
“não são porventura Abana e Farpar, rios de Damasco, melhores do que todas as águas de Israel”? Não me poderia eu lavar neles, e ficar purificado? “E voltou-se, e se foi com indignação” (2Rs 5.12). Ao dirigir-se ao profeta Eliseu, Naamã trouxe ouro e prata, símbolos de sua riqueza pessoal; dez mudas de vestes festivas caríssimas, símbolos de seu fino gosto; uma carta de recomendação do rei da Síria, símbolo do seu prestígio. Naamã pensava que Eliseu se comoveria com sua apresentação. Porém, o que mais chamou atenção do profeta foram seu orgulho e sua altivez. O orgulho de Naamã ofuscou sua doença, e o Jordão, embora fosse uma afronta, era o lugar de seu milagre. Toda humilhação Divina culmina em grande exaltação (Pv 18.12)

2.3. Ele desceu (2Rs 5.14);
A imposição Divina de humilhar Naamã tinha um propósito definido: revelar-se a ele. A cura alcançada por Naamã restaurou tanto seu corpo físico quanto sua alma orgulhosa. O texto é claro quando diz: ”ele desceu, mergulhou” (2Rs 5.14). até que ponto ele desceu? Teve que se despir e mostrar a todos quem realmente. Esse é o clássico exemplo de uma genuína conversão, despir-se  publicamente, crendo que a remissão esta na palavra de salvação. Quando desceu, seu orgulho deu lugar a humildade, mas quando mergulhou, sua visão acerca das coisas espirituais foi totalmente aberta, ele descobriu que havia um Deus verdadeiro em todo o mundo, o Deus de Israel.
        Naamã que havia se submetido, a Rimom em busca de um milagre, encontrou no Deus de Israel muito mais que a cura de seu corpo. Ao retornar diante de Eliseu, ele oferece sua formatura, não como no primeiro encontro, mas com uma pura expressão de gratidão pelo que Deus havia realizado em sua vida através do profeta.

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 3
 Ensinar lições práticas acerca da cura de Naamã.

3. As lições da cura Naamã:
        Naamã provou sua fé por seu trabalho; ele creu na Palavra e augiu de acordo com ela. Apresentava-se diante de Eliseu um novo homem não mais leproso. Agora, um homem restaurado, humilde, com fé no verdadeiro Deus e acima de tudo agradecido (2Rs 5.15).

3.1. Chegou um general retornou um servo!
            “E disse Naamã: Se não queres, Dê-se a este teu servo uma carga de terra que baste para carregar duas mulas; porque nuca mais oferecerá este teu servo  holocausto nem sacrifício a outros deuses, senão ao Senhor (2Rs 5.17). Naamã deu testemunho público do poder do Senhor e de que Ele é o impressionante como Ele mesmo apresentou como ele mesmo se apresentou: “esse Teu Servo”. Naamã não somente deixou a sua lepra no Jordão, deixou também seu orgulho e sua altivez. Naamã sempre fez parte da nobreza, mas aprendeu coma profeta de Israel que a cura da alma habita nos lugares mais simples e menos desejados  como o Jordão. Um mergulho como esse faria bem a muitas pessoas em nossos dias.
            O trajeto do milagre de Naamã envolvia despir-se, não somente de suas vestes, mas daquele velho homem orgulhoso. Todavia, o ponto mais interessante do milagre está no cumprimento dos mergulhos que representam a perseverança e a fé na palavra profética.

3.2. Um grande ministério não pode ser comprado;
A atitude honesta do uso dos dons fez com que a palavra de Eliseu fosse autenticada por Deus. Precisamos ter em mente que o Senhor não mandou Elizeu profetizar nada a para Naamã, grande parte de suas predições foram sempre assim, endossadas  pelo Senhor (2R2.20-22; 6.6-7; 7.18). Trezentos e cinquenta quilos de prata, setenta e dois quilos de ouro, e dez vestes festivas coloridas (somente os ricos possuíam), sequer balançaram o profeta. Eliseu era um homem conectado, inviolável, e que jamais seria capaz de negociar seu ministério ou bênção de Deus. Eliseu nos ensina que “unção” representa o selo de uma autoridade, e que homem de Deus deve ser incorruptível, não misturando o santo com o profano (Fp 2.15)

3.3. Deus cura quem Ele quer;
            “E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o siro” (Lc 4.27). sabemos que o nosso Deus é o Deus das coisas impossíveis, mas não podemos esquecer que seus milagres têm sempre uma finalidade. O foco da cura de Naamã estava não somente na quebra de seu orgulho, mas em como sua salvação se  tornou notória a todos. Jesus disse que havia muitos leprosos, mas somente Naamã foi curado. Isto nos leva a valorizar tudo aquilo que o Senhor faz em nosso favor. Quantos já desceram a sepultura? Quantos estão perdidos e sequer sabem o que é sentir o gozo do Espírito Santo? Por isso, Naamã estava grato, ele sentiu a graça sobre si.
            No que diz respeito aos salvos, será que nossas experiências com Deus têm nos conduzido a grandes reflexões, ou o tempo passa continuamos com se nada tivesse ocorrido conosco? Será que não precisamos descer e mergulhar como fez o general?

Conclusão
            A arrogância pode nos fazer enxergar apenas aquilo que nos convém, é nessa hora que precisamos de um Jordão, um lugar onde realmente não desejamos mergulhar, mas de vital importância para nos purificar. O importante é que  mesmo não querendo Naamã optou por obedecer, e essa obediência lhe conferiu o milagre mais precioso de sua vida, a cura de seu corpo e a redenção de sua alma.

QUESTIONÁRIO

1. Como a Bíblia descreve Naamã?
R: Uma figura de destaque na nação e temido pelos seus inimigos (2Rs 5.1).
2. Qual a doença de Naamã?
R: A lepra (2Rs.5.1-14)
3. Qual o profeta Naamã se dirigiu para ser curado?
R: O profeta Eliseu (2Rs 5.9)
4. Cite três agentes usados na cura de Naamã? 
R: A menina escrava, a esposa de Naamã e seus servos (2Rs 5.2-4,13).
5. O que representou para Naamã desceu e mergulhar?
R: Desceu para se tronar humilde, mergulho para abri ao visão (2Rs 5.14).
8.1-6).

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

·         Editora Betel 4º Trimestre de 2014, ano 24 nº 93 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – Milagres do Antigo Testamento – Compreendendo o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo.