Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Lição 13 - Culto doméstico: como realizar com sucesso

Lição 13 - Culto doméstico: como realizar com sucesso

LIÇÃO 13 – 29 de setembro de 2013

Culto doméstico: como realizar com sucesso

TEXTO AUREO

“E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te”. Dt 6.6,7

VERDADE APLICADA

O sucesso do Culto Doméstico depende em grande parte das aplicações práticas para a vida de cada membro da família, de modo a que se atenda a recomendação apostólica: “Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra, e não somente ouvintes".

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Exibir a simplicidade e a facilidade para a execução do Culto Doméstico;
 Mostrar os vícios e os erros que podem comprometer os resultados do Culto Doméstico;
 Oferecer sugestões práticas àqueles que desejam implantar o Culto Doméstico.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Dt 6.1 - Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os juízos que mandou o Senhor, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na terra a que passais a possuir;
Dt 6.2 - para que temas ao Senhor, teu Deus, e guardes todos os seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu filho, e o filho de teu filho, todos os dias da tua vida; e que teus dias sejam prolongados.
Dt 6.3 - Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os guardes, para que bem te suceda, e muito te multipliques, como te disse o Senhor, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel.

Introdução
Na lição anterior pudemos ver e entender a importância do Culto Doméstico. É possível que muitos o tenham implantado no dia seguinte à lição, outros talvez tenham ficado interessados em realizá-lo, mas não sabem como propor o Culto ao cônjuge ou aos filhos crescidos. Há os que querem, mas não têm ideia do que fazer ou de como começar. E há os que sempre o praticaram, conhecem os excelentes resultados desse hábito abençoado e abençoados mas desejam renová-lo. Portanto, nesta lição serão oferecidas sugestões práticas referentes ao Culto Doméstico.

1. Fatores importantes para o sucesso do culto doméstico
Como já foi dito, o Culto Doméstico é uma ferramenta simples, poderosa e de fácil utilização. Os resultados de sua prática são excelentes e duradouros, porém, seu sucesso depende de alguns fatores, tais como:

1.1. A escolha da hora
O melhor horário para a realização do culto doméstico é aquele em que a família está toda em casa. Seja pela manhã, no horário das refeições ou à noite. Porém, os teóricos do aprendizado insistem em que os últimos pensamentos da noite costumam ser os primeiros da manhã e que os primeiros pensamentos da manhã permanecem na mente durante o restante do dia. Portanto, quando for possível, o culto doméstico deve ser realizado à noite, antes das crianças dormirem. O horário do culto pode ser alternado, por exemplo: nos dias em que a família vai aos cultos noturnos da Igreja, deve ser realizado durante o dia, exceto no domingo, pois a prioridade é para a Escola Dominical. Nos demais dias, à noite. Mas, qualquer que seja o horário escolhido, é importante que seja mantido por tempo suficiente para formar o hábito (1 Co 14.40). Havendo necessidade de mudança de horário, faça-a, mas não permita a extinção do Culto Doméstico.

1.2. A escolha do lugar
O culto doméstico pode ser realizado em qualquer parte da casa, desde que seja o mais agradável, confortável, iluminado e ventilado. Pode ser realizado na sala, sentados nos sofás ou no chão, na cozinha, na varanda, no jardim, enfim, onde a família puder se reunir o mais prazerosamente que for possível. Também pode ser realizado cada dia numa parte da casa, atendendo aos desejos e sugestões dos membros da família (1 Co 14.26).
A instrução não deve ficar limitada a um devocional após o café da manhã ou uma história antes de dormir. Até mesmo os momentos mais rotineiros da vida — “quando você se assenta em casa e quando anda pelo caminho” — oferecem ocasiões para reflexão teológica espontânea e criativa. Por exemplo, as formigas que carregam suas migalhas podem estimular uma discussão sobre a diligência (Pv.6:6-8). A descoberto de um cãozinho perdido pode ser oportunidade para uma conversa sobre a alegria que Deus sente pela salvação de pecadores perdidos (Lc 15). Deus pede para Si estes momentos do dia especialmente apropriados para o treinamento formal e informal. Os pais que querem combater a amnésia espiritual devem iniciar e terminar cada dia falando do Senhor além de fazerem todo esforço para preencherem o dia com reflexão espontânea sobre a Sua Palavra.

1.3. A duração do culto
Esta vai depender de como o culto é realizado. Se for uma reunião sem atrativos, monótona e sem a participação das crianças, uns poucos minutos parecerão uma eternidade, mas se for feita de modo criativo e envolvente, os participantes mirins, adolescentes, jovens e adultos nem perceberão o passar do tempo (Ef 5.19). Outro fator que deve ser levado em conta quanto a duração do Culto Doméstico é a disponibilidade de cada um. Melhor é que a família se reúna para cultuar a Deus quinze minutos todos os dias do que deixar de fazê-lo (SI 92.1,2). De qualquer modo, o tempo gasto neste Culto não pode ser tão longo que desestimule sua prática, principalmente nas crianças e adolescentes.

2. O que deve ser evitado no culto doméstico
Alguns casais não o realizam por imaginarem que sua família já participa de cultos suficientes na Igreja. Porém, o Culto Doméstico não deve ser uma miniatura do culto público.

2.1. Evite formalidades
A adoração familiar deve ser viva, espontânea e natural. Um culto onde as criancinhas falam com Deus do mesmo modo que falam com o “papai” e com a “mamãe”. Uma reunião de estudo da palavra, onde todos podem perguntar e procurar respostas na Bíblia com tranquilidade, onde os pequenos podem rir quando algo lhes parecer engraçado, e onde não há sermões. O Culto Doméstico deve possuir os elementos principais do culto público: leitura bíblica, oração e cânticos, mas estes são executados sem formalidade e de modo a atender a todos os participantes, ainda que na mesma reunião haja bebês, crianças, pré-adoleseentes, adolescentes, jovens e adultos (At 2.44). Pode começar na sala e terminar na cozinha.

2.2. Evite transformar a oração em alfinetes e em sermões rebuscados
Alguns cônjuges e filhos torcem o nariz quando são chamados para orar em família porque recebem alfinetadas disparadas contra eles através da oração. Trata-se do marido ou esposa, do pai ou mãe aproveitarem a oração para criticar o comportamento dos membros da família ou repreendê-los de forma indireta. Alguns chegam ao extremo de estabelecer comparações entre um filho e outro na oração. Quando termina o culto, ao invés de comunhão, o que se conseguiu foram raiva, constrangimento, insegurança e desunião (1 Co 11.17). Qualquer fraqueza, defeito, pecado ou falha dos nossos filhos ou cônjuges, devem ser levados a Deus em nossas orações particulares, e não como queixas contra eles, mas como súplicas, para que Deus lhes conceda tempo e oportunidade para aperfeiçoamento ou arrependimento (Fl 4.6). Outros oram como se tivessem pregando um sermão cheio de palavras rebuscadas, como se estivessem a dar uma aula de Teologia à família ou ao próprio Deus. Tais práticas devem ser evitadas, não somente no Culto Doméstico, mas em qualquer momento de oração, pois estas não são as finalidades para as quais Deus nos deu a oração (Mt 6.6-13; F1 1.4).

2.3. Não use o culto e seus elementos como punição, castigo ou penalidade
O Culto Doméstico deve ser algo prazeroso, pelo qual os membros da família esperam ansiosamente (SI 92,1; 96.1). Portanto, seus elementos: leitura bíblica e explanação, oração e cânticos, não podem ser associados a castigos e penalidades. Por exemplo, o menino que foi apanhado numa mentira não deve ser posto a ler a Bíblia e a orar de joelhos como punição por sua prática delituosa. Tanto a oração quanto a leitura da Palavra devem ser utilizados para disciplinar a criança, mas o modo correto é o pai ou a mãe ou ambos chamarem o transgressor, mostrando-lhe a natureza e as consequências do seu erro e perdoá-lo e só depois, para confirmar o que foi dito, ler com e para ele a porção bíblica indicada para a situação e em seguida orar pedindo a Deus que o purifique. Também não se deve aumentar o tempo do culto ou acrescentar a ele elementos e atividades com a finalidade de castigar as crianças, qualquer que seja o motivo.

3. A dinâmica do Culto Doméstico
Dinâmica é o conjunto de forças que visam o desenvolvimento ou o progresso de algo. Estas forças são utilizadas para impulsionar um corpo, uma ferramenta, um projeto, a fim de que mantenha o vigor, a velocidade ou a ação para que alcance o objetivo esperado ou simplesmente para mantê-la vivo. A dinâmica também serve para bloquear e combater forças contrárias.
O culto Doméstico constitui um corpo, pois é nele que a família se reúne e se unifica. É também uma ferramenta para ser utilizada pela família e é um projeto a ser implantado e levado a efeito. Portanto, exige dinamismo na proporção, na velocidade e na direção certa. Sugerimos que a dinâmica do Culto Doméstico observe ao menos o seguinte:

3.1. Criatividade e flexibilidade
Quando o casal ainda não tem filhos, o culto doméstico pode consistir em leitura bíblica, cântico, colocação dos problemas relacionais e dos planos e projetos diante de Deus e oração conjunta. Com bebês, os elementos e a forma do culto podem continuar os mesmos, exceto pelos cânticos, que poderão conter hinos infantis, e pela inclusão do nenê nos motivos de oração. Com crianças que já andam e falam, a leitura bíblica precisa ser mais curta: Um Salmo, uma porção dos Evangelhos ou das Epístolas, acompanhada de uma história da Bíblia de temática correspondente à leitura feita. É importante que durante a semana o tema seja o mesmo e que se escolha um versículo para memorizar (SI 119.11).

3.2. Envolvimento e participação
Envolva todos os membros da família com o Culto Doméstico. Crianças a partir de três anos podem e devem ter participação no culto, cantando e fazendo a própria oração. Às que já sabem ler deve ser concedida a oportunidade de participarem da leitura do dia, lerem a história bíblica ou a história que ajudará na compreensão da porção bíblica lida aos irmãos menores, etc. Adolescentes e jovens podem explicar a Palavra, os que souberem tocar algum instrumento devem fazê-lo. A medida que as crianças forem crescendo, temas bíblicos que geram alguma polêmica devem ser introduzidos no culto para estimular a curiosidade; deste modo terão oportunidade de interrogar os pais a respeito do assunto e assim, além de aprenderem, passarão o maior tempo possível ocupadas e envolvidas com a Palavra de Deus (Pv 9.9). A família precisa estar tão envolvida com Deus que os pensamentos e conversas se voltem naturalmente para Ele durante o dia inteiro (Fl 4.8).

3.3. Praticidade
O Culto Doméstico precisa funcionar como uma aula prática. Os ensinamentos dados devem ser simples e aplicáveis à vida diária da família. Devem ser baseados em princípios bíblicos para os quais se deve apontar o máximo possível de situações práticas. Por exemplo: Você escolheu estudar com sua família sobre o Amor. Logo, tudo que tratar durante a semana terá que apontar uma ou mais situações em que sua família possa vivenciar o amor Por exemplo: um irmão não deve agredir o outro, porque a agressão não cabe no pacote do amor (Tg 1.20) e quem faz isso fica de fora daquele “pacotão maravilhoso”; orar pelos amigos que estão passando por dificuldades é manifestação de amor, por isto hoje oraremos por fulano; alimentar os famintos faz parte do “trenzinho do amor”, então na primeira oportunidade que tivermos vamos viajar nesse trem repartindo com os necessitados os alimentos que Deus nos deu amorosamente... As informações bíblicas que a família obtém nos Cultos Domésticos são muito importantes, mas não devem constituir o único objetivo do Culto. O estudo bíblico realizado no devocional do lar deve atingir o coração e promover mudança de vida. O sucesso do Culto Doméstico depende, em grande parte, das aplicações práticas para a vida de cada membro da família, de modo que se atenda a recomendação apostólica: “Tornai-vos, pois, praticantes da Palavra, e não somente ouvintes”, (Tg 1.22).
Certo casal, que pratica o Culto Doméstico, estava passando por graves dificuldades financeiras. Acabada toda a provisão, restavam na despensa apenas dois litros de leite que seriam dosados cuidadosamente para servir de alimento à filha de menos de quatro anos. Pela manhã, enquanto a mulher estava no quintal a cuidar da horta, bateram palmas. A menina, correu para a tender e eis que era uma pedinte com um bebê nos braços. A garotinha não teve dúvida, foi à prateleira e pegou um litro de leite e deu à mulher. Quando sua mãesoube do ocorrido, ponderou; aqueles dois litros de leite eram tudo o que tínhamos para você se alimentar e não sei quando o papai vai conseguir dinheiro para comprar mais. A menina respondeu prontamente: “Mamãe, foi a senhora quem me ensinou que  amamos a Deus de verdade quando dividimos nosso alimento com quem precisa e eu quero amar a Deus de verdade".

Conclusão
Nunca será demais lembrar que o sucesso do culto doméstico, dependerá em grande parte da forma como será executado e do comprometimento dos seus integrantes. No mais, o Senhor dará o crescimento. Se você tiver, alguma dúvida, converse com o pastor de sua igreja e peça a ele orientações complementares e não se esqueça que o culto doméstico não substitui os cultos semanais na igreja. Deus abençoe a todos.

QUESTIONÁRIO

1. Qual é o melhor horário para o culto doméstico?
R: O melhor horário para a realização do culto doméstico é aquele em que a família está todaem casa.
2. Em que lugar o culto pode ser realizado?
R: Em qualquer parte da casa , desde que seja. agradável, confortável , iluminado e ventilado.
3. O que deve ser evitado no culto doméstico?
R: Devem ser evitadas formalidades, oração em alfinetadas, sermões rebuscados, e não usá-lo como meio de punição , castigo ou penalidades.
4. Qual participação podem ter as crianças a partir de 3 anos?
R: Podem e devem ter participação no Culto, como cantar e fazer a própria oração.
5. Em suas palavras, como dever ser o Culto Doméstico?
R: Livre

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Culto doméstico: ferramenta eficaz na aplicação dos princípios divinos no lar - Subsídio



LIÇÃO 12 – 22 de setembro de 2013

Culto doméstico: ferramenta eficaz na aplicação dos princípios divinos no lar

TEXTO AUREO

“Porque o Senhor passará para ferir aos egípcios, porém, quando vir o sangue na verga da porta e em ambas as ombreiras, o Senhor passará aquela porta e não deixará ao destruidor entrar em vossas casas para vos ferir”. Ex 12.23

VERDADE APLICADA

A prática do Culto Doméstico produz pessoas bem sucedidas contra o pecado, a carne, o mundo e satanás, além de capacitar os membros da família para reconhecerem oportunidades e armadilhas, para lidarem com revezes e tribulações, saltando ou contornando obstáculos.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Despertar no aluno desejo intenso e profundo de transformar seu lar em uma casa de oração;
 Evidenciar e provar a importância do Culto Doméstico na proteção da família;
 Ensinar que embora muitas famílias cristãs não o pratiquem, a realização do Culto Doméstico não é uma questão de opção, é um dever que recai sobre os chefes de família.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Gn 18.17 - E disse o Senhor: Ocultarei eu a Abraão o que faço,
Gn 18.18 - visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?
Gn 18.19 - Porque eu o tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, para agirem com justiça e juízo; para que o Senhor faça vir sobre Abraão o que acerca dele tem falado.

Introdução
Nesta lição será apresentado o Culto Doméstico como principal ferramenta de ensino, aplicação, vivência e solidificação daqueles princípios no lar. Cremos que por meio deste culto poderemos abrigar toda a nossa família sob a proteção do Precioso Sangue de Jesus até que Ele venha. Que Deus nos ajude a implantar, reimplantar ou a renovar o Culto Doméstico.

1. A importância do culto doméstico
O culto doméstico é uma prática muito simples, porém poderosa, que pode ser feito de muitas maneiras, dependendo da idade dos filhos, da instrução dos pais ou dos responsáveis pela direção do culto e do tempo disponível, bastando para isso que se observe seus elementos indispensáveis: leitura da Bíblia e oração com os membros da família.

1.1. E indispensável para conduzir os filhos a Deus
O Culto Doméstico contínuo, persistente, oferece a melhor e a mais eficiente maneira de evangelizar. Através dele podemos evangelizar o cônjuge, os filhos, as visitas, os hóspedes, os vizinhos, os parentes, enfim são inúmeras as oportunidades de evangelização que esta prática possibilita. Crianças que crescem em um lar onde se estabelece o Culto Doméstico, serão mais eficientes em rejeitar a mentalidade do mundo quando forem expostas à educação formal, a outros convívios e ambientes fora de casa e em alcançar os companheiros para Cristo.

1.2. É indispensável para manter a unidade da família, e transformar seus membros em vencedores
No lar em que cotidianamente se lê, estuda, comenta e vive a Palavra, em que todos oram juntos, em que se pratica a piedade, em que se aproveita todos os momentos para falar com Deus e acerca dEle, em que se cultiva o hábito de submeter a Deus e à Sua Palavra, os membros da família se tornarão mais aptos para reconhecerem oportunidades e armadilhas, para lidarem com revezes, tribulações, saltar ou contornar obstáculos, superar perdas e tragédias, etc.
A importância do Culto Doméstico na segurança, unidade e conservação da família ficou demonstrada através de uma pesquisa feita nos EUA, pelo pesquisador cristão Dr. Pitirim Sorokin. A pesquisa revelou que para, cada 1.015 famílias que realizam diariamente, somente uma é atingida pelo divorcio. Em contra partida, no Brasil, uma pesquisada Fundação Getúlio Vargas, intitulada Retrato do Cárcere, realizada em 2006 sobre a delinquência juvenil no Estado de São Paulo, aponta para dados alarmantes: a maioria absoluta da população carcerária é composta de jovens, dos quais 11,7 % são oriundos de lares evangélicos. A pesquisa não tinha o propósito de verificar o modo como a religião é praticada nos lares dos presidiários, por isso não sabemos se em suas casas o Culto Doméstico era praticado, porém, o mais provável é que não o fosse, pois é improvável que condutas destrutivas e delituosas proliferem no mesmo ambiente em que se adora a Deus em espirito e em, verdade.

1.3. É indispensável à formação de Igrejas felizes, fortes e poderosas em Deus
Moisés repete os mandamentos de Deus a Israel (Dt 5) e em seguida ordena; “Ouve, pois, ó Israel, e atenta que os guardes, para que bem te suceda (seja feliz), e muito te multipliques (seja forte), como te disse o Senhor, Deus de teus pais, na terra que mana leite e mel (prosperidade econômica)” (Dt 6.3). Sabendo que o povo teria dificuldade em obedecer e que a desobediência traria enfraquecimento e consequente destruição da nação, Moisés manda que cada família faça a sua parte para enraizar definitivamente nas mentes e corações dos israelitas a Lei de Deus (Dt 6.6-8). Moisés tinha consciência de que é impossível formar uma nação feliz, forte e poderosa economicamente, sem que as famílias que a compõem sejam fortes, felizes e poderosas em Deus. Para tal, o único método eficiente que Moisés conhecia era o Culto Doméstico, do qual ele mesmo era produto, e que não se resumia na reunião da família por alguns minutos diários, mas no aproveitamento de todo o tempo disponível para estudo da Palavra, orações, adoração e louvor no lar.

2. A salvação dos filhos, unidade na família e Igrejas poderosa
No tópico anterior foi afirmado que o Culto Doméstico é indispensável para unir e conservar a família, conduzir os filhos a Cristo, transformar os membros da família em vencedores e para a formação de Igrejas felizes, fortes e poderosas em Deus. Agora iremos abordar outros temas:

2.1. A reunião diária para cultuar no lar derruba barreiras e aproxima os membros da família
O Culto Doméstico é a melhor ocasião para removermos as barreiras e restaurar a comunicação e a comunhão da família, pois, enquanto oramos uns pelos outros, podemos dizer a Deus o quanto amamos nossos filhos, nossos pais, os casais podem confessar o quanto se amam. Depois do amor declarado sinceramente diante de Deus e dos demais membros da família, é impossível que permaneçam de pé barreiras, as quais podem quebrar os vínculos afetivos dos membros da família, levantados por mágoas, rancores, tristezas e dores.
É também no Culto Doméstico, enquanto oramos, que confessamos a Deus nossas falhas, fraquezas e dificuldades pessoais e pedimos a Ele força e graça para vencê-las. O reconhecimento sincero diante de Deus ajuda o cônjuge a se tornar mais compreensivo e amoroso e os filhos a confiarem mais nos pais e abrirem para eles suas dúvidas, fraquezas,dificuldades, dilemas, pois sabem que poderão contar com a ajuda e compreensão deles, visto que também são vulneráveis. Isso em nada diminui a autoridade dos pais e o respeito que os filhos têm por eles. sequer abala a confiança dos filhos neles. Estas áreas só sofrem abalo se os pais erram, fraquejam, pecam e não procuram corrigir o erro, fortalecer-se. no Senhor e abandonar o pecado.

2.2. O Culto Doméstico evidencia o amor dos pais e gera amor a Deus e confiança nEle
Crianças entendem o tempo que se gasta com elas como expressão de amor. E não somente elas, mas também adolescentes, jovens e adultos, entendem as horas dedicadas à companhia deles como um: “eu o amo, por isto gosto de ficar perto, conversar e ouvir você. De orar junto com você”. Quando o casal separa um tempo para reunir-se com a família em leves e agradáveis reuniões de estudos bíblicos, orações, cânticos, respostas às dúvidas e questionamentos dos filhos, falar com Deus sobre os problemas, planos e projetos da família, as crianças percebem o quanto são amadas pelos pais e o quanto estes amam a Deus e confiam nEle, e em consequência, O amarão também. Elas desejarão receber a Cristo para, como seus pais, se tornarem filhos de um Deus tão bom e tão amoroso.

2.3. O Culto Doméstico disciplina o temperamento, transforma o caráter e fortalece a vida espiritual e a fibra moral
Ao fazer o Culto Doméstico, além de alimentar nossos filhos com a Palavra de Deus, ensinar-lhes a orar e a temer a Deus, nós os estamos disciplinando pela Palavra. Aprendem a ficar quietos e prestar atenção enquanto ouvem a leitura e a oração dos membros da família, aprendem a esperar a sua vez de participar, aprendem que algumas coisas não devem ser feitas e outras que precisam fazer para com o próximo, aprendem a interpretar textos, a dar e a receber opinião, a verbalizar o aprendizado, a transformar informação em conhecimento e este em ação. Crianças criadas desta maneira são mais obedientes, mas não são subservientes, são mais desenvolvidas no intelecto, mais bem sucedidas nos estudos, têm mais facilidade para escolher uma profissão. Devido à boa disciplina que os torna moralmente mais fortes, graças à boa educação espiritual que receberam e ao fato de estabelecerem cedo o relacionamento pessoal com Deus, se tornam crentes constantes e frutíferos. Todas estas coisas contribuem para o sucesso pessoal e para o fortalecimento da Igreja.

3. Implante o culto doméstico
De uma coisa podemos estar certos: todos os que se lançarem ao Culto Doméstico, seja para reformá-lo, reconstruí-lo ou edificá-lo do ponto zero, receberão graça de Deus para fazê-lo. Portanto, mãos à obra:

3.1. Comunique seu desejo de implantar o Culto Doméstico
Se ambos os cônjuges são alunos da EBD ou leitores desta revista, ótimo. Será bem mais fácil começar. Se for somente o marido, converse com a esposa sobre sua decisão de praticar o Culto Doméstico e peça a ela para ajudá-lo. Se for somente a esposa, explique para o marido da importância desta prática no lar e diga que você gostaria muito que ela fosse feita em sua casa com todos os membros da família sob a direção dele. Se ele se eximir, realize culto com os filhos. Ore. Deus dará estratégias para conseguir que seu marido assuma o papel de sacerdote do lar. Uma sugestão simples e que surte efeito é a esposa, estrategicamente, deixar alguma dúvida das crianças, que tenha surgido em decorrência da leitura bíblica, para o “papai” solucionar quando chegar. Assim, aos poucos, ele vai assumindo seu lugar durante a adoração da Família. A mãe pode realizar o Culto perto do horário em que o marido chega do trabalho, de modo que ao entrar em casa, o momento devocional não tenha ainda terminado.

3.2. Maridos e esposas de cônjuges inconversos também podem implantar o Culto Doméstico
No lar onde um dos cônjuges ainda não se decidiu a Cristo, a responsabilidade pela vida espiritual da família recai sobre aquele que O serve. O cônjuge crente precisa agir com prudência para não causar atritos, mas não deve temer implantar o Culto. Havendo filhos adolescentes e jovens, estes devem ser comunicados da decisão do pai ou mãe em realizar o Culto Doméstico, devem ser convidados, mas não obrigados para dele participarem. É importante começar, mesmo que no início participe somente parte da família.
Certa mulher recebeu a Cristo como Salvador. Durante anos serviu ao Senhor sozinha, enfrentando barreiras e principalmente as colocadas pelo marido, um respeitável e influente homem de negócios. Quando ela tomou conhecimento do culto doméstico, a filha mais velha tinha sua própria agenda e interesses, por isto raramente podia participar com a mãe. A mulher não desanimou. Realizava o Culto Doméstico com a filha mais nova e com o a secretária do lar; desde então, já alcançou várias pessoas para Jesus e tem sido canal de bênçãos para muitas famílias. Ainda hoje e depois de longos anos, o marido desta persistente serva de Deus ainda não é um convertido, mas suas duas filhas servem ao Senhor e estão aos poucos conduzindo casais efilhos paira Cristo.

3.3. Outros membros da família também podem implantar o Culto Doméstico
Na casa onde o tempo de que os pais dispõem é incompatível com o horário das crianças, os avós, irmãos ou irmãs mais velhos, como também tios, podem assumir essa responsabilidade. Serão momentos maravilhosos de comunhão com Deus e de estreitamento dos laços fraternos. Não é uma tarefa difícil, porque, normalmente, as crianças amam os avós e reclamam pela atenção dos irmãos maiores, e, quando esta é dada, se tornam dóceis e prontas para participarem das atividades sugeridas por seus irmãos. Por isso, vovô e vovó, rapaz e moça, titio e titia, alunos da EBD ou leitores desta Revista, edifiquem seus netos, irmãos menores ou sobrinhos por meio do Culto Doméstico. Estarão contribuindo para guardá-los dos males deste mundo, ajudando-os a crescerem no Senhor.

Conclusão
Após a implantação, reimplantação ou a renovação do culto doméstico, você verá que de fato é uma prática muito simples, no entanto, capaz de auxiliar na formação de uma família bem sucedida. No início, talvez, alguns poderão ter dificuldades por inibição ou falta de prática, mas no decorrer das reuniões, perceberão o quanto é eficaz adorar a Deus com a família.

QUESTIONÁRIO

1. O culto doméstico pode ser ferramenta de evangelização?
R: Sim, pois a través do Culto Doméstico podemos evangelizar o cônjuge, os filhos, as visitas, os hóspedes, os vizinhos, os parentes, enfim, são inúmeras as oportunidades.

2. Como as crianças entendem o tempo que se gasta com elas?
R: Como expressão de amor.

3. Que tipo de disciplina o culto doméstico passa para os filhos?
R: Aprendem a ficar quietos e prestar atenção enquanto ouvem a leitura e a oração dos membros da família, a esperar a sua vez de participar; que algumas coisas não devem ser feitas e outras que precisam ser feitas para com o próximo, etc.

4. Além dos pais, quem pode assumir a responsabilidade do culto doméstico?
R: Qualquer membro da família.

5. Na casa onde um dos cônjuges não serve ao Senhor, sobre quem recai a responsabilidade?
R: Sobre aquele que serve a Deus.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2013, ano 23 nº 88 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Família cristã resgatando os valores Cristãos na era dos relacionamentos descartáveis.