Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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domingo, 2 de fevereiro de 2014

Adventismo do Sétimo Dia

LIÇÃO 6 – 09 de fevereiro de 2014
Adventismo do Sétimo Dia
TEXTO AUREO

“Por isso os judeus perseguiram a Jesus, porque fazia estas coisas no sábado.” Jo 5.16

Comentarista: Pastor Joabes Rodrigues do Rosário

VERDADE APLICADA

Dos Dez Mandamentos registrados no Antigo Testamento, nove são ratificados no Novo Testamento, ficando fora apenas o quarto, que é a guarda do sábado.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Conhecer a origem da Igreja Adventista do Sétimo dia;
 Apresentar o ensino da Bíblia Sagrada sobre a guarda do sábado;
 Refutar as principais heresias dos Adventistas.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 5.8 - Disse-lhe Jesus: Levanta-te, toma o teu leito e anda.
Jo 5.9 - Imediatamente o homem ficou são; e, tomando o seu leito, começou a andar. Ora, aquele dia era sábado.
Jo 5.10 - Pelo que disseram os judeus ao que fora curado: Hoje é sábado, e não te é lícito carregar o leito.
Jo 5.11 - Ele, porém, lhes respondeu: Aquele que me curou, esse mesmo me disse: Toma o teu leito e anda.

Introdução
A guarda do sábado é a doutrina mais conhecida do Adventismo. Porém há outras heresias graves que são difundidas por esta seita. Dentre elas, a aceitação como inspirados os escritos de Ellen G White, colocados em pé de igualdade com as Escrituras. Esta lição apresenta os principais ensinos dos Adventistas do Sétimo Dia, com a devida refutação bíblica.

OBJETIVO
 Conhecer a origem da Igreja Adventista do Sétimo dia;

1. História do Adtventismo
A Igreja Adventista do Sétimo Dia tem como fundador um pregador leigo, que era membro da Igreja Batista, William Guilherme Miller. Miller nasceu em Pittsfied Massachusetts (E.U.A.), em 15 de fevereiro de 1782. Miller morreu em 20 de dezembro de 1849.

1.1. O dia do desapontamento
Ao ler o texto de Daniel 8.13,14, Miller fez alguns cálculos e chegou à seguinte conclusão: “Jesus voltará no dia 23 de março de 1843”. No dia definido por Miller para a volta de Jesus, nada aconteceu. Então usou outro calendário, desta vez o romano e não mais o calendário hebraico, e remarcou a data da vinda de Jesus para 22 de outubro de 1844. Mais uma vez não aconteceu. Depois de duas previsões mal sucedidas, Miller é obrigado a fugir de uma multidão enfurecida, que havia vendido propriedades, deixado emprego e famílias. Esta última data foi chamada de “O Dia do Grande Desapontamento”, referindo-se à grande decepção e revolta que todos sentiram ao descobrir que foram enganados pelos cálculos de Miller.
O que chama atenção nesta conclusão de Miller, ao marcar a vinda de Cristo, é que nem mesmo o próprio Jesus, em várias ocasiões em que foi questionado ou falou a este respeito, revela o dia e a hora da sua vinda (At 1.6,7; Mc 13.32; Mt 24.36). O profeta Jeremias adverte os profetas que falam ao povo profecias que não foram ditas por Deus (Jr. 14. 13-15). Em relação à contagem do tempo, levando em consideração as setenta semanas de Daniel (a profecia dividiu a contagem em três fazes: Sete semanas, sessenta e duas semanas e a última semana - totalizando setenta semanas - Dn 9.24-26), a maioria dos teólogos afirmam que o tempo da graça colocou uma pausa nas contagens dos tempos, entre a semana 69a e 70a. Estamos vivendo neste intervalo, no tempo da graça ou pausa da contagem. Isso significa dizer que Deus não revelou por quantos anos esperaremos pelo fim desta pausa e o início da última semana, a semana de número 70. Por esse motivo, é impossível calcular e marcar o dia da vinda do Senhor Jesus para buscar a sua igreja.

1.2. A Purificação no santuário celestial
Depois da decepção causada pelas suas previsões equivocadas, Miller volta atrás e admite seus erros. Porém esse fato não finalizou as heresias, pois Hiran Edson, seguidor de Miller, afirmou que a data prevista por Miller estava certa, o que estava errado era o lugar, afirmando que, de fato, Jesus entrou no santuário celestial para purificá-lo, na data prevista por Miller. Ou seja, criando uma heresia maior ainda. Nesta mesma época, surgem outros líderes tais como Joseph Bates, que instituiu a guarda do sábado, o casal James e Ellen G White, exercendo forte influência através de profecias e, mais tarde, através de seus escritos, que são considerados pelos adventistas como inspirados por Deus. Com a união destes e mais alguns líderes, em 1860, fundaram a Igreja Adventista do Sétimo Dia.

1.3. Significado do Nome “Adventista do Sétimo Dia”
O termo Adventismo deriva do latim, “adventus”, significa vinda. Faz alusão ao fato que originou a denominação, ou seja, à previsão da vinda de Jesus, conforme previu e falhou o fundador da seita, Wiliam Guilherme Miller. Após a instituição da guarda do sábado pelos primeiros seguidores de Miller, fizeram a fusão dos termos, conforme seus credos, surgindo então o nome da seita: Adventista do Sétimo dia. Ou seja, a igreja que prega a vinda de Jesus e guarda o sábado.

OBJETIVO
 Apresentar o ensino da Bíblia Sagrada sobre a guarda do sábado;

2. A guarda do Sábado
A guarda do sábado foi instituída após o fracasso das previsões de Miller. Esta heresia ganhou relevância após uma suposta visão de Ellen G. White, que afirmou ter visto dentro da arca da aliança o quarto mandamento em destaque, nas tábuas da lei Mosaica.

2.1. O Quarto Mandamento não foi ratificado pelo Novo Testamento
Há registros no Novo Testamento ratificando nove dos dez mandamentos (Ex 20. 3-17): 1o "Não terás outros deuses diante de mim" (v3) - (Mt 4.10); 2o "Não farás para ti imagem de escultura” (v4) - (l Jo 5.21); 3"Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" (v7) - (Tg 5.12); 4o "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar" (v8) - Sem ratificação no N.T; 5o "Honra teu pai e a tua mãe" (vl2) - (Ef 6.1); 6"Não matarás" (vl3) - (Rm 13.9); 7o "Não adulterarás" (vl4) - (Rm 13.9); 8o "Não furtarás" (vl5) - (Rm 13.9); 9o "Não dirás falso testemunho" (vl6) - "Não mintais uns aos outros" (Cl 3.9); 10° "Não cobiçarás" (vl7) - (Rm 13.9). A Nova Aliança não indica um dia especial da semana para o descanso. O Evangelho de Jesus segundo escreveu Marcos diz: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado. Pelo que o Filho do homem até do sábado é Senhor” (Mc 2.27,28). Evidenciar o sábado como condição para a salvação é anular a morte vicária de Cristo.

2.2. Jesus não guardou o Sábado
Conforme vários relatos do ministério de Jesus, Ele não observava a guarda do sábado (Mt 12.11-14; Jo 5.16; Lc 13.10-17). Pelo contrário, Ele sempre fazia questão de realizar algo que, para os judeus, era proibido, pois significava quebrar o quarto mandamento. Não há registro nos evangelhos onde Jesus recomenda este mandamento em particular.

2.3. A transição do sábado judaico para o Domingo Cristão
Os primeiros cristãos adotaram o domingo como dia de descanso, recolhimento espiritual e adoração a Deus, e chamaram-no de "o dia do Senhor" (At 20.7; ICo 16.1,2; Ap 1.10). A Bíblia registra vários acontecimentos de fundamental importância para o cristianismo no domingo, e não há narrativas de fatos significativos no sábado: Jesus ressuscitou no domingo (Jo 20.1); A segunda aparição de Jesus se deu no domingo (Jo 20.19); A Igreja primitiva celebrava a ceia no domingo (At 20.7); As contribuições solicitadas por Paulo teria que ser recolhidas nos cultos de domingo (ICo 16.2).

OBJETIVO
 Refutar as principais heresias dos Adventistas.

3. Heresias dos Adventistas
Além da questão do sábado, há outras graves heresias que são disseminadas pelos Adventistas. As principais são:

3.1. O destino final dos ímpios
Os adventistas creem que os ímpios, após um período de sofrimento, serão destruídos para sempre. Não acreditam que sofrerão eternamente no fogo do inferno, onde o fogo nunca apaga e o bicho nunca morre (Mc 9.43,44). As Escrituras Sagradas afirmam que haverá castigo eterno para os que não forem salvos, e não “aniquilamento eterno” como ensinam (Mt 25.46; 2Ts 1.8,9; Ap 14.11).
Os adventistas entram em contradição quando afirmam que a salvação será eterna, e a punição terá um fim pela aniquilação. Em Mt 25.46, temos a mesma palavra grega “aiónia” (eterno), referindo aos que serão salvos e aos perdidos. Ora, se aceitam que os salvos viverão eternamente, como negar que os perdidos também viverão eternamente? Visto que Mateus utilizou a mesma palavra grega para descrever a eternidade, tanto dos perdidos como dos salvos? Outro equívoco acontece quando utilizam o texto do Salmo 37.9,10,20, para basear a doutrina do aniquilamento da alma. Ser “exterminado”, “eliminados”, conforme está registrado neste texto, não significa a morte da alma, insto que tanto em Daniel 9.26 como em Sl 37.9, é utilizada a mesma palavra hebraica “karath”. No texto de Daniel o termo refere-se à morte do messias, no entanto, Jesus não foi aniquilado (Ap 1.18). As versões que utilizam a palavra “desarraigada” (Sl 37.9 na versão revista e corrigida), dá melhor sentido ao texto bíblico, que, neste caso, significa ser separado, tirado, apartado do todo.

3.2. O Juiz investigativo
O juiz investigativo é uma das maiores aberrações nas interpretações bíblicas. Este ensino adventista afirma que Jesus não concretizou a obra salvífica na cruz. Afirmam que só em 1844, Jesus Cristo entrou no santuário para purificá-lo, e assim concretizar sua obra salvadora. Ao fazer esta afirmação, negam que o sacrifício de Jesus na cruz foi eficaz. Esta heresia foi criada por Hiran Edson, para justificar o erro grosseiro de Miller, que, ao prever a vinda de Jesus para 1844, não aconteceu. Bem antes de 1844, o escritor do livro aos Hebreus afirmou, no capítulo nove verso doze, que “entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção”. E mais, “para agora comparecer por nós perante a face de Deus” (Hb 9.24). Esta palavra em especial, “agora”, prova que no momento em que o escritor, inspirado por Deus, fez esta afirmação, Jesus já se encontrava à destra do Pai (At 7.55).
Ao escrever aos hebreus, o escritor faz uma comparação entre os sacrifícios realizados pelos sacerdotes, que eram repetitivos e ineficazes, e a obra de Cristo na cruz do calvário, que teve o poder de expiar todos os pecados de maneira eficaz e instância: “Ora, todo sacerdote se apresenta dia após dia, ministrando e oferecendo muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca podem tirar pecados; mas este, havendo oferecido um único sacrifício pelos pecados, assentou-se para sempre à direita de Deus” (Hb 10.11,12). João ainda enfatiza dizendo “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Uma vez que o sacrifício de Cristo é suficiente para extinguir os pecados de todo o mundo perdido, não carece de repetição.

3.3. O Sono da Alma
Outra heresia adventista afirma que o ser humano, ao morrer, a sua alma fica “dormindo”, ficando em um estado de completa inatividade e sem consciência. Para sustentar esta heresia, tomam como base o texto bíblico registrado em Eclesiastes 9.5. Conforme interpretação fiel ao texto, o escritor está se referindo ao corpo físico, que será despertado no dia da ressurreição. Como exemplo de que a alma não fica em estado de inconsciência, Jesus conta a parábola, (para muitos teólogos não pode ser considerada uma parábola, mas uma história real), de Lázaro e um homem identificado no texto como sendo um homem Rico (Lc 16.19-31). Nesse texto, existe o registro de um diálogo entre Abraão e o homem rico, provando que não estavam dormindo ou inconscientes. Em apocalipse, temos o registro do “clamor” dos mártires por justiça (Ap 6.9,10). Ora, quem tem condições de “clamar” não está em estado de sono; mais uma prova de que não há base bíblica para sustentar esta heresia.

Conclusão
Como detalhado nesta lição, estas doutrinas Adventistas não têm fundamentação bíblica. Apesar das contradições doutrinárias, os Adventistas insistem em afirmar que seus ensinos encontram apoio nas Sagradas Escrituras e afirmam que a Bíblia é o principal manual de regra e fé para eles. No entanto é a própria Bíblia que os desmentem.

QUESTIONÁRIO

1. Qual outra fonte da doutrina Adventista?
R. Os escritos de Allen G. White.
2. Quem introduziu a guarda do sábado, no Adventismo do Sétimo Dia?
R. Ellen G. White.
3. Qual o ensino que caracteriza a Igreja Adventista?
R. A guarda do sábado.
4. Os ímpios serão aniquilados? Por quê?
R. Não. As Escrituras Sagradas afirmam que haverá castigo eterno para os que não forem salvos.
5. Para a doutrina Adventista a obra salvífica de Jesus foi totalmente concretizada na cruz?
R. Não. Afirmam que, só em 1844, Jesus Cristo entrou no santuário para purifica-lo, e assim concretizar sua obra salvadora.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2014, ano 24 nº 90 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – RELIGIÕES, SEITAS E HERESIAS como identificar e refutar os falsos profetas e seus ensinos.


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