Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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terça-feira, 16 de julho de 2013

A importância do planejamento familiar responsável

Lição 3 - A importância do planejamento familiar responsável

TEXTO ÁUREO:
“Pois qual dentro vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?” Lc 14.28

VERDADE APLICADA:
Avaliações constantes, minuciosas e honestas de todas as nossas ações, atitudes e providências tomadas para edificar as bases do lar, são necessárias à tranqüilidade, à paz, à segurança e ao sucesso da nossa família.

OBJETIVOS DA LIÇÃO:

* Mostrar a importância  do planejamento familiar;
* Consolidar nos crentes a certeza de que com planejamento adequado, mesmo nos dias atuais, podemos edificar ou reedificar bases sólidas para nossas famílias;
* Ensinar que o planejamento familiar inclui o preparo dos pais para forjar nos filhos o caráter de Cristo, de modo a que rejeitem o mal, agindo com justiça e retidão.

TEXTOS DE REFERÊNCIA:
Lc 14.28 – Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?
Lc 14.29 – Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que virem comecem a escarnecer dele.
Lc 14.30 – dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.
Lc 14.31 – Ou qual é o rei que, indo à guerra a pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?

INTRODUÇÃO:
Se perguntarmos a qualquer pessoa o que é planejamento familiar, possivelmente obteremos a seguinte resposta: “Planejar a família é fazer os cálculos de quantos filhos o casal, pode sustentar e educar sem depender de terceiros, ou da caridade pública”. Isto é apenas parte da verdade e representa somente uma das etapas do projeto. Para chegarmos ao tão almejado planejamento não devemos negligenciar etapas importantes, como veremos a seguir:

1. Projetando a família
Para imitarmos ao Senhor na constituição da família, precisamos abrir mão da maneira de pensar mundana, caso já se tenha instalado em nossa mente, e permitir que o Espírito de Cristo suplante todo nosso entendimento carnal para vivermos inconformados com este mundo. O pensamento terreno acerca da família é frontalmente contra os princípios bíblicos, por isso os filhos de Deus devem se orientar biblicamente; 

1.1. Quanto ao desejo
Os cristãos não devem esperar que os filhos cresçam para educá-los a respeito da família. É preciso ensinar-lhes desde a mais tenra infância a amar o lar como o melhor lugar do mundo e a que aspirem edificar uma família como sendo a realização mais importante das suas vidas (Pv 22,6). Pais, invistam na espiritualidade, na vida com Deus, no aperfeiçoamento do caráter, nos relacionamentos domésticos, nos sentimentos nobres, nos desejos dignos e elevados, nos estudos, no desenvolvimento dos talentos e na vida profissional dos filhos e levem-nos a buscar a estabilidade econômica em função da família que irão formar. Ensinem-nos a conter os desejos carnais de modo a que não cheguem ao casamento contaminados por relacionamentos anteriores, com incontinência sexual, que é a mãe da infidelidade conjugal, ou sem que estejam prontos para levar adiante e com êxito o maior, o mais belo e o mais significativo empreendimento da vida humana: a família.

1.2. Quanto ao tipo
Os jovens devem conceber em suas mentes e corações o tipo de família que querem constituir. É a concepção correta do que se deseja que possibilita o planejamento adequado à realização daquilo que se anela. Os moços que querem uma família unida, harmoniosa, disciplinada, bem sucedida e com todos os membros servindo a Deus, precisam fazer uma avaliação do que são, do que fazem e do que têm, para averiguar se é suficiente para a execução do projeto de vida deles. Devem procurar um par que tenha projeto semelhante e que preencha as condições básicas para levá-lo a concretização. 

1.3. Quanto ao propósito
Os desígnios de Deus para a família já estão determinados (Dt 26.19; Is 43.7), Portanto, os propósitos do crente têm que ser subordinados aos de Deus. Defina os meios como sua família poderá atender àquelas resoluções. Imite, obedeça, honre e glorifique a Deus. Peça a Deus que o transforme, que o faça parecido com Ele. Permita que Cristo o transforme na imagem e semelhança de Deus. Assim você poderá criar filhos que glorifiquem ao Criador: imitando, obedecendo, respeitando e honrando os pais como você aos seus, a seu cônjuge e a seu Deus (lCo 11,1; Ef 5,1). Se já se casou e tem filhos, mas percebe que as coisas não foram ou não estão sendo feitas do modo correto, procure acertar de hoje em diante, Certamente Deus será com você. 

2. Edificando as bases para a família
Depois que o pecado entrou no mundo, ninguém jamais encontrou condições favoráveis para construir um novo lar. O estrago foi feito e atingiu a todos, A situação piora a cada dia. Mas em Cristo fomos gerados de novo, numa semente incorruptível. Podemos edificar bases sólidas para os nossos descendentes, na viva esperança de que nós e eles formaremos famílias do agrado de Deus (IPe 1.3:23). Pode ser que você venha de uma estrutura familiar falida, ou tenha crescido fora dos laços familiares, tenha sido abandonado quando criança, ou seus pais não sejam cristãos, conheceu a Cristo depois de já ter constituído um lar, ou, sendo cristão, se tenha descuidado ao seguir os princípios bíblicos na formação e conduta da sua casa... Quem sabe teve a felicidade de haver sido criado por pais crentes e exemplares? Qualquer que seja o caso, quem quiser ter condições de formar uma família e conduzi-la à plenitude de vida, terá que: 

2.1. Organizar a vida para a formação da família
A organização da vida para iniciar uma família inclui: corrigir possíveis falhas de comportamento e caráter, que certamente poderão ser reproduzidas pelos filhos (lembre-se, uma única semente pode produzir centenas e até milhares de frutos, o mesmo ocorre com a reprodução do pecado e do comportamento pecaminoso); resolver problemas de relacionamento, seja com os pais, irmãos, amigos, vizinhos, namoro ou casamento anterior (descobrir porque acabou, para não incorrer em outro fracasso); rever a relação com o princípio de autoridade (filhos não reconhecem a autoridade de pais que não aprenderam a submissão) e ser um verdadeiro adorador interessado em cumprir os desígnios de Deus. 

2.2. Criar e/ou reunir condições para a formação da família
A criação é o conjunto de condições para a edificação de uma família, abrangem: formação educacional e profissional dos candidatos a marido e pai, esposa e mãe; arrumar e manter um emprego ou outro meio de vida suficiente para o casal e para os filhos que virão; pagar as dívidas...; aquisição de imóvel para residência da família (pagar as prestações do imóvel é sempre mais seguro e prudente do que pagar aluguel ou morar na casa dos sogros); começar o mais cedo possível alguma modalidade de poupança e/ou investimento que possa ser utilizado em alguma emergência, ou nas férias com a família, na educação formal dos filhos e até para deixar uma herança para eles (Pv 13.22). Estas providências, entre outras, devem ser tomadas pelos que temem a Deus, muitas delas até antes de se casarem e algumas devem perdurar por toda a vida. 

2.3. Avaliar se o que foi e está sendo feito é bom e suficiente
Avaliações constantes, minuciosas e honestas de todas as nossas ações, atitudes e providências tomadas para edificar as bases do lar garantirão a tranquilidade, a paz, a segurança e o sucesso da família. Imitemos a Deus também nisto. Ele só formou o homem depois de cumprir e conferir todas as fases do Seu plano de ação e providências na edificação de bases bem sólidas para o desenvolvimento e frutificação da humanidade (Gn 1.4a, 10b, 12b,18b, 21.b, 25b). Se o Deus Todo Poderoso conferiu cada etapa da sua criação, por que nós, meras criaturas falíveis e mortais, não faremos o mesmo? 

3. Capacitando os filhos para uma vida com propósito
Precisamos considerar que Deus tem propósitos específicos para nossos filhos. É importante agir como Manoá, que orou ao Senhor para que Ele lhe ensinasse como deveria criar Sansão (Jz 13, 8,12). Ainda que não consigam entender completamente a extensão do propósito para o qual estão sendo educados, crianças e adolescentes reagem melhor à educação e à disciplina se forem informados do porquê de cada ação educativa e disciplinar a que forem submetidos. Podemos educar nossa família para fins específicos: 

3.1. Através da educação espiritual e moral
Candidatos ao casamento precisam receber uma sólida educação espiritual para que sejam capazes de: a) produzirem nos descendentes uma consciência profunda da pecaminosidade humana, através de confiança incondicional no amor e na misericórdia de Deus e dependência total do Espírito Santo; b) levarem os filhos ao desejo e desenvolvimento do caráter de Cristo; c) rejeitarem o mal; d) agirem com justiça e retidão; e) amarem a verdade e dizê-la; f) serem benevolentes, misericordiosos, altruístas, fiéis, leais e equilibrados. Estas, entre outras virtudes cristãs. 

3.2. Através da educação humana
Esta deve se constituir num dos principais investimentos dos pais em si mesmos e nos filhos. Por ela, as gerações vão legando, umas às outras, as experiências, os conhecimentos, a cultura acumulada ao longo da história, permitindo tanto o acesso ao saber sistematizado, como a produção de bens necessários à satisfação das necessidades humanas. Porém, a educação formal - aquela adquirida na sala de aula - não é neutra em matéria de fé, religião, valores e princípios morais e espirituais e propósito da vida. Por conta disso, pais cristãos devem ser primorosos no cuidado, e acompanhar de perto a educação das crianças, para ensinar-lhes a detectar o mal e rejeitá-lo, a compartilhar a fé, a ética, os princípios e valores cristãos, a fim de levarem os colegas e professores a Cristo e ao conhecimento do propósito de Deus para eles. Lembrem-se: Se a criança, o adolescente ou o jovem cristão não forem ensinados ao ponto de se tornarem capazes de influenciar os colegas não cristãos, certamente serão influenciados por eles, que farão de tudo para desviá-los do propósito de Deus. 

3.3. Através da reunião de recursos materiais
Isto não significa juntar dinheiro suficiente para que os filhos não precisem trabalhar. Mesmo no Éden, o homem tinha um trabalho a realizar (Gn 2.15). Reunir recursos materiais para os filhos é dar a eles o suficiente para que comecem uma vida independente dos pais. Não será a quantidade destes recursos que determinarão o sucesso deles, mas a capacitação que lhes dermos para abraçarem um propósito, definirem as prioridades em função daquele propósito e administrarem a fé, o tempo, as energias, as emoções, o aperfeiçoamento pessoal, os recursos e o dinheiro de modo a alcançarem o alvo.

CONCLUSÃO:
Que cada pai e mãe possam ajudar seus filhos a não dispensarem as etapas fundamentais na formação da família. Que os princípios norteadores aqui discutidos possam ajudar a edificar as bases do lar que são necessárias à tranqüilidade, à paz, à segurança e ao sucesso de nossa família.



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