Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

JESUS O ADVOGADO FIEL


Jesus Cristo - O mestre da evangelização

LIÇÃO 09 – JESUS O ADVOGADO FIEL
26 DE AGOSTO DE 2012

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: 1Jo 1.9
  • Terça feira: 1Jo 2.1
  • Quarta feira: 1Jo 2.29
  • Quinta feira: 1Jo 3.7
  • Sexta feira: 2Co 1.18
  • Sábado: Dt 7.9

TEXTO ÁUREO
"Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo". lJo 2.1

VERDADE APLICADA
A história da mulher pecadora é uma história que condena a história de juízos temerários.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·         Esclarecer que todo o ministério educador e evangelístico lidará com questões sociais difíceis de resolver-se;
·        Mostrar que é nossa missão não pronunciar juízo de valor sobre as pessoas, mas erguê-las de sua situação pecaminosa;
·         Não é apenas importante a pessoa escapar das conseqüências de seus erros, é necessário frisar que elas precisam abandonar definitivamente o pecado.

GLOSSÁRIO
·        Incauto: que ou o que é destituído de malícia; crédulo, ingênuo;  
·        Vívido: que tem vivacidade, animação, vivo;
·        Têmpora: todas as partes do corpo.

HINOS SUGERIDOS
·         178, 245, 474

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 8.1- Porém Jesus foi para o monte das Oliveiras.
Jo 8.2 - E, pela manhã cedo, voltou para o templo, e todo o povo vinha ter com ele, e, assentando se, os ensinava.
Jo 8.3 - E os escribas e fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério.
Jo 8.5 - e, na lei, nos mandou Moisés que as tais sejam apedrejadas. Tu, pois, que dizes?

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.  Uma causa quase perdida
2.  Um advogado de improviso
3. A ré é absolvida
Conclusão
INTRODUÇÃO
Apresentamos, a seguir, a lição em que Jesus, de modo inesperado, torna-se o advogado da mulher apanhada no adultério - Ela fora encaminhada a Ele pelos escribas e fariseus antes do nascer do sol e, nesse estudo, veremos que para Jesus, o mais importante não era ficar julgando as pessoas ou absolvê-las, e sim ensiná-las o verdadeiro sentido da Lei naquele momento.

1. Uma causa quase perdida:
Pela madrugada Jesus se dirige ao templo de Jerusalém para ensinar: Havia na ocasião uma grande movimentação em torno da Festa, e, por isso, o Mestre aproveitou para ali desenvolver o seu ministério, e a todos ensinava. Vemos que anteriormente Ele pregou que era a rocha do manancial da vida espiritual (Jo 7.37-38), mas agora estava labutando para firmar tais convicções nos seus ouvintes através do magistério.

1.1. Uma mulher é surpreendida em adultério:
Às vezes, enquanto se ensina a Palavra a todas as pessoas possíveis, o ensinador se surpreende com provações que lhe assaltam inesperadamente, como aconteceu com Jesus. Uma mulher foi apanhada em flagrante adultério e trazida pelos escribas e fariseus a Ele, e tendo sido posta em pé diante dos que ali estavam começaram o inquérito, não acerca do fato em si, mas acerca do que Aquele que ensinava, pensava a respeito. Era uma causa praticamente perdida a primeira vista, pois fora surpreendida em flagrante delito. Todavia, como ela foi conduzida a presença do Mestre, havia ainda esperança para ela. (SI 26.5; 32.10; 34.21).

1.2. Uma denúncia inesperada:
O elemento surpresa que Jesus por vezes; utilizava-se para desempenhar o Seu ministério, agora, porém, trabalhava contra Ele. Visto que se tratava de uma denúncia inesperada, Ele poderia ter pedido algum tempo para refletir a respeito, afinal estava lidando com o destino de um ser humano, além disso questões jurídicas, quando levadas a sério, não devem ser decididas sob o calor de emoções, ou de imediato. A resposta, na concepção dos escribas e fariseus (mestres da Lei), que teriam dEle seria a óbvia para a sua possível própria condenação também. Mas Ele apenas na areia escrevia. Há questões na obra do Senhor que não têm como escaparmos, porém é necessário que sejamos cautelosos para que não venha mos dar aos inimigos materiais contra nós mesmos (SI 71.4).


1.3. A provação do Mestre:
Há questões que são verdadeiras arapucas (armadilhas) para apanhar os obreiros incautos. E há manobras ardilosas que sem o devido cuidado, o elemento cai no laço. Quando aqueles profissionais da lei chegaram diante de Jesus, trouxeram uma questão crucial legislativa, evidentemente com sutileza para apanhá-lo em suas próprias palavras e assim condená-lo também. Somos provados naquilo que gostamos e fazemos, o adversário não porá tropeços num caminho em que não iremos passar, mas arquiteta estratégias em cima daquilo que temos prazer. (SI 11.2).
Deduções apressadas são perigosas e podem levar o indivíduo à queda. Por isso devemos
vigiar com tais pensamentos
. Note que se o Mestre favorecesse a mulher, logo lhe acusariam de
estar se desfazendo da Lei; se declarasse naquele caso a favor da pena de morte conflitaria com as autoridades romanas
, pois não tinham autonomia para executar ninguém, (Jo 18.31). Então, Jesus não poderia optar por responder tal questão com nenhum de dois pontos de vista sutilmente disfarçadamente lógicos. Mas partir para um ponto mais subjetivo, da intenção e práticas possíveis deles.
2.  Um advogado de improviso:
A palavra advogado no Novo Testamento é "parakletos", que é derivada de "parakaleõ" e literalmente significa "chamar para o lado", ou seja, significa alguém convocado para estar ao lado de outra pessoa para ajudá-lo em sua defesa diante de um juiz; é também um intercessor, conselheiro, um assistente legal. Nos escritos joaninos o termo é aplicado a Jesus, mais fartamente ao Espírito Santo como aquele que trata e defende os interesses de Cristo Jesus.

2.1. Permaneceu tranqüilo escrevendo:
Quando a situação foi trazida para o Senhor Jesus, imediatamente Ele foi inclinando-se sobre a terra e começou a escrever sobre ela. Em fração de segundos, poderia estar orando, e simultaneamente refletindo sobre o assunto, pois em sua resposta Ele não poderia beneficiar diretamente aquela mulher. Se assim o fizesse, seria acusado de desprezar a Lei de Moisés (Lv 20.10; Dt 22.22); e, se concordasse com a execução da mulher, como a lei prescrevia, estaria em conflito com as autoridades romanas (Jo 8.31). Ali reclinado escrevendo sobre a terra permaneceu, quem sabe a própria lei que bem conhecia e sabia da malícia deles por não estarem agindo conforme ela, podemos conjecturar que tivesse descrevendo a parcialidade deles em tratar aquele caso, o que era uma maneira injusta e pecaminosa de tratar daquele assunto. De qualquer forma não cedeu a pressão deles, eis aí o segredo, é "ter muita calma nessa hora" (Pv 14.29; 15.18; 16.32; Ec 7.8).
2.2. Desafiou a autoridade de condenar:
A calma de Jesus foi dissipada pela insistência deles em querer uma resposta. Embora não tenha sido grosseiro o seu gesto, causou um forte impacto sobre eles. Pois Ele endireitou se e disse, "aquele que dentre vós estiver sem pecado seja o primeiro que lhe atire pedra". Com essa reação e tais palavras eles não esperavam. E aí o Senhor, inclinou-se novamente e continuou a escrever. Ou seja, dessa forma Ele desafiou a autoridade deles em apedrejar, quem estivesse "sem pecado", com toda a têmpora de piedade, vestes e solicitudes aparente acerca da Lei, mesmo assim a única coisa que eles não estavam era sem pecado. (Rm 2.2124; Mt 23.3-).

2.3. Todos foram embora:
Dos mais velhos aos mais novos, todos foram embora, visto que todos estavam agindo com parcialidade intencional, e aquela cena toda não se tratava de algo que pudesse tratar de modo frívolo como estavam fazendo. Talvez aquela mulher fosse uma boa mulher e não uma meretriz, visto que aquele era um momento festivo e o povo punha-se literalmente a beber vinho, afinal não era a festa dos tabernáculos que celebravam? A alegria pelas colheitas de uvas e maçãs era o motivo da celebração, assim facilmente alguém poderia ter perdido o equilíbrio, sob efeito do vinho e cometido um desatino numa tenda daquelas, o que facilitava ser pego no próprio ato! O Senhor jamais foi condescendente com o pecado, nem com eles e nem com ela. Mas quando todos eles foram embora, ela então estava livre e foi orientada para não praticar mais o mal (Jo 8.10,11).
Assim também somos nós, prestando mais atenção ao pecado alheio, criticando-os muitas vezes sem misericórdia, e sem olharmos para os nossos. Quando encontramos alguém. Mais pecador do que nós mesmos julgamo-los, espancamo-los e o condenamo-los covardemente com as nossas palavras. A Lei é para conter as pessoas dentro de determinados Limites, serve também para mostrar o Lado obstinado da nossa natureza adâmica que nunca se converte, mas esta é externa e não tem esse poder. E necessário uma outra Lei que trabalhe interiormente no homem, e ela existe, foi feita para o bem de todo aquele que crê. Se trata do ministério da habitação do Espírito Santo no crente que o fortalece para que Ele viva acima da Lei do pecado com suas tendências rebeldes a Deus.
3. A ré é absolvida:
As palavras do Mestre de Nazaré foram poderosos mísseis a despertar a consciência deles. É prudente não acusar aqueles homens do mesmo pecado que a mulher. Ainda que alguns se atrevam a tal coisa, não temos respaldo escriturístico para isso. No entanto, o certo é que havia outras coisas ali evidentes naquele momento bem pecaminosas também: a malícia, a parcialidade, o desejo de vingança e injustiça.

3.1. Ninguém te condenou?
Ali permanecia aquela mulher em pé, no mesmo lugar para onde fora trazida. Abalada por tudo o que estava acontecendo e sem coragem de sair dali. Permanecia como que estivesse a espera de alguma outra palavra e isso o Senhor Jesus tinha para lhe dar. Até aquele momento o Mestre não havia interagido com ela ainda, apenas com seus interlocutores escribas e fariseus que já tinham ido embora. Após erguer-se novamente Jesus olha e vê somente ela. Aquela experiência ficaria marcante na vida dela para sempre por si só, porém o fato, de naquela hora, ter a atenção do Filho de Deus, tornar-se-ia num momento eternizado. Quando estamos humilhados e diante de Deus, Ele "não esmagará a cana quebrada (pelo pecado), nem apagará o pavio que fumega" (Is 42.3), quer dizer, não nos humilhará ainda mais como alguns fazem (Rm 8.1-4).

3.2. Absolvição do Senhor:
O mais importante não era a condenação da mulher, mas o seu arrependimento. Jesus não estava de acordo com o adultério, porém havia séculos que existia aquela lei e bem pouco havia mudado. Mas esta foi a sua pergunta, daquele que publicaria o direito daquela pecadora: "onde estão os teus acusadores? Ninguém te condenou?" Se aqueles homens doutos na lei haviam deixado a mulher sem condenação, então como poderia o Príncipe da paz condená-la? A resposta da mulher foi "ninguém, Senhor". Em seguida o melhor estava por vir, "nem tampouco eu te condeno". Apenas o justo, concede justiça e justifica o pecador, como dizia a profecia de Isaías, "o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si". E mais, "em verdade (Ele) promulgará o direito" (Is 53.11; 42.1 RA).

3.3. Vai e não peques mais:
Eis o conselho que vem depois da absolvição, "vai e não peques mais" (Jo 8.11), visto que em uma futura recaída lhe sucederia coisa pior. Não temos nas Escrituras o que sucedeu aquela mulher depois que dali saiu, a história é encerrada abruptamente e não há mais consideração sobre ela em nenhuma outra parte do Novo Testamento. Mas podemos crer que aquela mulher veio a converter-se e tomou horror pelo pecado, vindo nunca mais
Há uma lenda que diz que aquela mulher se chamava Susana e tornou-se discípula
de Tiago e uma santa mulher. Quando Tiago foi para a Espanha ela o acompanhou até que
lá veio a falecer. Não podemos dar
o devido crédito, mas quanto ao que está registrado é para a nossa edificação. Admiremos essa história que é carregada de ensinamentos: trata-se da história que condena a história de juízos temerários, infundados e injustos. E a história que dá ao pecado o devido tratamento, sem, contudo ser condescendente com ele. É a história que mostra que devemos amar mais as pessoas que métodos
, Leis, etc., e o maior ensino de Jesus naquele momento é, o mais importante que julgar os outros é ensiná-los a andar nos caminhos da misericórdia e verdade (Mt 5.7; 9.13; 23.23).


CONCLUSÃO
O exemplo deixado por essa história de juízo temerário é um vívido exemplo do valor que devemos dar aos seres humanos. Vendo o exemplo do Mestre que de madrugada se levantava para ensinar aqueles que iam ao templo, somos incentivados a firmar convicções com aqueles a quem contatamos. Tenham certeza que, à medida que ensinamos aos outros no temor de Deus algo acontece em nós também, somos transformados pela mesma Palavra que ministramos. Após este episódio, o da mulher pecadora, imediatamente Ele voltou a ensinar, ou seja, nada lhe afastava da meta que tinha em mente.

QUESTIONÁRIO
1. Em que momento do dia Jesus se dirigiu ao templo para ensinar?
R. De madrugada.

2. Jesus depois de pregar, agora estava labutando em quê?
R. Para firmar convicções nos seus ouvintes.

3.    Que penalidade legal segundo a Lei Mosaica era para ser aplicada em caso de adultério?
R. Homem e mulher adúlteros deveriam ser apedrejados; ou simplesmente, apedrejamento.

4. Uma resposta óbvia dada por Jesus resultaria em quê?
R. Na sua possível condenação também.

5. O mais importante não era a condenação, mas o quê?
R. O arrependimento da mulher:

Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JESUS CRISTO - O MESTRE DA EVANGELIZAÇÃO
 – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 09.

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