LIÇÃO 04 – 28 DE OUTUBRO DE 2012
“O PROGRESSO ESPIRITUAL DO APÓSTOLO PAULO”
TEXTO ÁUREO
“Mas somente tinham ouvido dizer: Aquele que já nos
perseguiu anuncia agora a fé que antes destruía”. Gl 1.23
VERDADE APLICADA
Cada
cristão tem o dever de ajudar espiritualmente ao seu semelhante.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
1.
Acompanhar, pelos registros de Atos, o desenvolvimento espiritual de Paulo;
2.
Apresentar o zelo evangelístico de Paulo;
3.
Conhecer a sua dificuldade de permanecer em Jerusalém.
GLOSSÁRIO
Supracitado:
mencionado acima ou anteriormente;
Dissidentes:
aqueles que divergem nas opiniões;
Resignada:
conformada;
HINO SUGERIDO
175; 196; 327.
TEXTO DE REFERÊNCIA
At 9.20 - E logo nas sinagogas pregava a Cristo, que este é o Filho
de Deus.
At 9.21 - E todos os que o ouviam estavam atônitos, e diziam: Não é este
o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e para isso veio
aqui, para os levar presos aos principais dos sacerdotes?
At 9.25 - Tomando-o de noite os discípulos o desceram, dentro de um
cesto, pelo muro.
At 9.26 - E, quando Saulo chegou a Jerusalém, procurava ajuntar-se aos discípulos, mas todos o temiam, não crendo que fosse
discípulo.
At 9.27 - Então Barnabé, tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos, e lhes contou como
no caminho ele vira ao Senhor e lhe falara, e como em Damasco falara ousadamente no nome
de Jesus.
At 9.28 - E andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo,
INTRODUÇÃO
Depois que Paulo reconfigurou a sua mente através da
sua conversão a Cristo, o que não levou muito tempo, dada a sua vontade
inquebrantável de crescimento, ele passou a viver de acordo com as suas novas
convicções. Isso evidenciou a profunda transformação que sofreu no caminho de
Damasco, e essa transformação, a cada tempo, tanto mais se evidenciava. Será
estudado aqui como se processou o desenvolvimento espiritual de Paulo.
LEITURAS
COMPLEMENTARES
SEGUNDA
|
TERÇA
|
QUARTA
|
2 Co 11.32
|
Rm 16.4
|
Gl 1.8
|
QUINTA
|
SEXTA
|
SABADO
|
Pv 1.20
|
Pv 2.7
|
Pv 4.5
|
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.
O esforço evangelístico de Paulo
2.
Fugindo de Damasco
3. Chegada de Paulo a Jerusalém e a sua partida
Conclusão
1. O ESFORÇO EVANGELÍSTICO DE
PAULO
A convivência com os irmãos de Damasco era muito boa,
disso ninguém duvida, mas Paulo era uma pessoa com o temperamento e a vontade
de demonstrar gratidão a Deus, e crescer espiritualmente. Sentia a necessidade
de compartilhar tão logo a sua dramática conversão, e quem de fato era Jesus de
Nazaré.
1.1. Pregando nas sinagogas (At 9.20)
O autor de Atos omite o
fato de Paulo ter viajado para Arábia, mas
Paulo, ao escrever aos
gálatas informa que, três anos após a sua conversão, ele foi das regiões da Arábia para Jerusalém (GI1.17-18)Entretanto, no texto
supracitado, Paulo expõe o fato de ter estado em Damasco novamente e conforme os maiores detalhes escritos
por Lucas lá esteve pregando. Fica uma pergunta no ar: Por que teria Paulo ido
à Arábia e, o
que ficou fazendo naqueles três anos? Embora não tenhamos detalhes, sabemos que ele ali parou para
refletir sobre a sua decisão visando-a fortalecer. Todavia é certo que ele procurou
falar de Jesus causando algum
tipo de problema na Arábia. Por isso retornou a Damasco, e, aos sábados,
vestia-se com os trajes de fariseu e, indo às sinagogas, dali pregava acerca de Jesus ressuscitado.
1.2. O espanto dos que o ouviam (At 9.21)
Os comentários sobre a conversão de Paulo se
tomaram notórios no seio da igreja (GI 1.23). Era uma enorme surpresa ouvir o
jovem Paulo muito bem trajado como fariseu, aos sábados nas sinagogas de
Damasco. Ele era
um ótimo orador, mas ouvi-lo, agora, apresentando o
Nazareno morto na cruz, como o Cristo prometido, causava espanto. Afinal não era Paulo aquele que
antes recebera cartas para prender os dissidentes? Como agora
procura convencer que esse Jesus é Cristo? Realmente o espanto e a confusão
impregnavam a lateia.
1.3. Seu esforço apologético (At 9.22)
Paulo se esforçava para convencer
os membros das sinagogas locais de Damasco, quanto à messianidade de Jesus de Nazaré.
E, inicialmente, ele encontrava certa
dificuldade, por
causa da incredulidade e, possivelmente, das muitas altercações por parte dos ouvintes mais conservadores. Entretanto, com o passar do
tempo, observamos que Paulo
se fortalecia cada vez mais, quer dizer, mais em graça, e mais em
argumentação e persuasão, de maneira que seus ouvintes começaram a ficar confusos quanto a
sua opinião original. O ser humano pode chegar a conhecer a verdade, mas preferir a
tradição na qual recebeu dos seus pais, ou mesmo por uma questão de orgulho se recusar a mudar da
opinião que tanto creu, ensinou, ou discutiu. Por isso o texto de Lucas nos diz que "se esforçava muito
mais"
num
esforço apologético.
A maior barreira encontrada por Paulo era
o terror que havia espalhado
quando perseguidor. Para servir a Deus ele teve de andar na contramão de tudo
o que viveu para crer. Podemos observar que, desde cedo, Pauto se definiu por uma carreira evangelística
em sua vida cristã. Embora inicialmente não haja nenhum registro de um trabalho substancial seja na Arábia, em Damasco ou Jerusalém. Todavia uma coisa ia ficando cada vez mais nítida na
pessoa de Paulo, era a
sua disposição evangelística sacrificial por amor a Cristo. O que tornou um ensaio para a evangelização no mundo
pagão do Império Romano.
Quando se entende que o governante de Damasco era
alguém delegado pelo rei Aretas IV, da Arábia, conclui-se facilmente que a
estada de Paulo de Tarso lá na Arábia não foi tão tranquila como se imagina.
Sua própria palavra define como foi “Em Damasco, o que governava sob o rei
Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prenderem” (2Co
11.32). O contexto imediato do que Paulo trata escrevendo aos coríntios fala
das humilhações, perseguições, açoites, fugas, etc., vividas ao longo de seu
ministério exatamente nessa época. Assim, pode-se supor que essa indisposição
não foi apenas por causa de seu trabalho em Damasco, mas na Arábia também.
2.1.
Conselho de morte (At 9.23,24)
A pregação de Paulo era forte, persuasiva, e cheia de poder. Ela deixava alguns confusos, convencia a outros e o resultado é
que, com o passar dos dias, ele se tornava cada vez mais
influente. Vendo que Paulo
caia na graça de muitos, e que, com uma
pregação convincente, crescia cada vez mais, os religiosos judeus, reunidos em conselho local, concluíram que nada havia que pudesse ser feito, senão
eliminarem Paulo. E importante lembrar que o Príncipe deste mundo não ficaria de
braços cruzados à medida que o seu reino estava
sendo saqueado, ele reagiria tentando corromper ou eliminar o servo de Deus a
ele dedicado. Caso não
conseguisse, dificultaria ao
máximo para que o obreiro de Cristo desistisse de fazer a obra de Deus.
2.2. A fuga de Paulo (At
9.25)
Havia um entrosamento muito firme
entre Paulo e os discípulos dali de Damasco, e, pelo risco que eles assumiram
em salvá-lo, isso ficou claramente demonstrado. Paulo não era diferente de seu
mestre. Sua influência fazia com que muitos o odiassem, mas também fazia com
que vários outros fossem capazes de arriscar a própria vida por ele (Rm 116.4). Quando Paulo teve conhecimento do
estratagema contra sua vida teve de fugir, mas, qual o por que de tudo isso? A
resposta está no seu trabalho que: incomodava, crescia, e se fortalecia cada
vez mais. Como dizem por aí: "ninguém chuta um cão morto".
2.3. De Damasco para o mundo
(At 9.23-24)
Os detalhes da fuga de
Paulo são interessantes, o sucesso dela dependeu da cumplicidade e ajuda dos irmãos
dali, observe que ele
escapou à noite, pelo
muro da cidade, num
cesto descido através de uma corda. A partir de então, o que se sabe é que ele
foi para Jerusalém, onde sua vida foi marcada pela atividade evangelizadora nos anos
seguintes. Ainda que, aparentemente em algum momento de sua história, não tenha sido bem
sucedido, seu exemplo vívido permanece como fonte de inspiração a todos os
missionários posteriores.
Com a fuga de Paulo
da cidade de Damasco para escapar da
morte, aprendemos
que em momentos de perseguição, devemos
fugir para preservação da vida, evidentemente.
E o Senhor
Jesus mesmo disse, "se vos perseguirdes em uma cidade, fujam
para outra". Fazer isso nada tem a ver com covardia
ou falta de fé, e
sim, colaborar com a economia divina. Afinal, mais vale um discípulo produtivo vivo do que morto, visto que o morto não adora a Deus nesse mundo e nem fala de
Jesus em lugar nenhum!
3. CHEGADA DE PAULO A JERUSALÉM E A SUA PARTIDA
Dentre tantos lugares que Paulo poderia ter ido pelo
vasto Império Romano, em sua fuga, ele decidiu ir a Jerusalém. Mas com que
interesse? O que fica claro, conforme narrou posteriormente, era que ele tinha
como objetivo primário que era o de ver Pedro (Gl 1.18). Todavia, por algum
motivo, não o encontrou de imediato, encontrando apenas dificuldades com alguns
irmãos que não tinham certeza da sua genuína conversão.
Para os cristãos de
Jerusalém, a conversão de Paulo não passava de "fachada" para tentar aprisionar
depois.
Alias, a
sua conversão, de
certa maneira, era
algo recente e os traumas relacionados à pessoa dele eram enormes. Então, Paulo procurava se
ajuntar a eles, porém
eles com medo evitavam. Ele já havia sido beneficiado pela oração de Estevão, pela acolhida calorosa
e perdoadora de Ananias, mas faltava alguém que lhe servisse de conexão para ajudá-lo
quanto à dificuldade de entrosamento. Havia um motivo sério que impedia as
pessoas dele se aproximar, posto que muitas feridas ainda estivessem abertas na
vida de algumas famílias cristãs de Jerusalém. Entretanto, é difícil entender
como em alguns lugares, certos novos convertidos e crentes, Vindos de outras
cidades distantes não conseguem entrosamento, porque alguns grupos da igreja local se
cristalizam em torno de si impedindo a integração de novatos ou recém-chegados.
3.2.
Barnabé o apresenta aos apóstolos (At 9.27-28)
Barnabé era um líder
de elevada estatura espiritual "que insistia em crer no melhor dos outros". Era certo que ele evitou
Paulo quando ainda era um perseguidor, mas agora, ao saber que se convertera,
deixou aflorar as boas lembranças de um conhecimento anterior, de um tempo possível
em que estudaram juntos. E certo que ele averiguou a história recente da
conversão e tomou conhecimento da palavra profética de Ananias: de que Paulo era um vaso
escolhido para anunciar o nome do Senhor. Diante de tantas evidências, ou seja, de como Paulo vira o
Senhor e lhe falara da sua disposição em anunciar ousadamente no nome do Senhor, Barnabé fez a ponte, servindo
de conexão entre os apóstolos e Paulo. Foi a partir daí que Paulo passou andar
com eles em Jerusalém, entrando e saindo.
3.3.
Seu retorno a Tarso (At 9.29-31)
Paulo era "sui
generis", quer dizer, uma pessoa muito peculiar. Não se acomodava a
rotinas,
era
ousado e como tal anunciava nome de Jesus. Essa coragem colocava constantemente
em risco,
principalmente
quando decidiu falar e disputar contra os helenistas, os judeus de fala grega
a quem Estevão antes tivera também testemunhando de Jesus. Quando os irmãos souberam
que os helenistas procuravam matá-lo,
aí decidiram o aconselhar deixar Jerusalém e
o acompanharam até Cesaréia onde havia um porto construído por Herodes. Então partiu Paulo
para Tarso, sua terra natal, e os irmãos puderam respirar aliviados, pois senão
ele teria o mesmo destino de Estevão.
Agora pensemos em Barnabé, ele foi uma bênção e um
instrumento eficaz para eliminar toda a suspeita quanto à pessoa de Paulo e
em relação à conversão dele,
possibilitando assim a sua comunhão com os apóstolos que estavam em Jerusalém.
Na qualidade de obreiro,
Barnabé, jamais deixou a desejar pelo fato de crer e dar
oportunidade a Paulo, e é assim que os líderes da casa do Senhor devem agir, esquecendo o passado
descrente da pessoa, mas buscando crer e dar a oportunidade de desenvolvimento aos que chegam depois.
Isso não nos isentará de termos
outras decepções. Porém nos dará a possibilidade de colher preciosa joia para o trabalho do Senhor, como foi Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios.
CONCLUSÃO
O progresso espiritual de uma pessoa é evidenciado
pela sua forma de proceder. Qualquer pessoa pode experimentar progresso ou
retrocesso espiritual. Paulo demonstrou seu progresso de algumas maneiras como
foi visto nesta lição. Que possamos seguir suas pegadas corajosas, para
continuar nosso progresso espiritual.
QUESTIONÁRIO
1. Depois da sua
conversão onde Paulo esteve por uns três anos?
R. Na Arábia.
R. Pregava nas sinagogas.
3. Por que Paulo
causava espanto?
R. Porque antes perseguia a igreja, mas
agora procurava convencer os judeus de que Jesus é o Cristo.
4. Qual o porquê da fuga de Paulo de Damasco?
R. No seu trabalho que incomodava, crescia e se fortalecia cada vez mais.
R. Através do seu esforço em falar de Jesus.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e
Harpa - Editora Betel,
Revista: APÓSTOLO PAULO – Editora
Betel - 4º Trimestre 2012 – Lição 04.
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