LIÇÃO 02 – 14 DE
OUTUBRO DE 2012
“A EXTRAORDINÁRIA CONVERSÃO DE PAULO”
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: l Pe
2.21
- Terça feira: 1 Pe 3.9
- Quarta feira: l Jo 3.1
- Quinta feira: Jd 1.1
- Sexta feira: Ap 17.4
- Sábado: Mt 22.14
TEXTO ÁUREO
“Então disse eu: Senhor, que farei? E o Senhor
disse-me: Levanta-te, e vai a Damasco, e ali se te dirá tudo o que te é
ordenado fazer”. At 22.10
VERDADE APLICADA
Antes que muita coisa de valor possa ser feita no
mundo, faz-se necessário um profundo arrependimento e uma mudança radical na
vida.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Levar a perceber a dimensão da oposição de Paulo ao evangelho;
- Reconhecer o que levou Paulo a uma mudança radical;
- Identificar as primeiras consequências de uma profunda mudança em Paulo.
GLOSSÁRIO
Altercar: discutir, disputar.
Forjado: maquinado, tramado.
Sofismável: argumento não válido, de má fé.
Forjado: maquinado, tramado.
Sofismável: argumento não válido, de má fé.
HINOS SUGERIDOS
- 256; 261; 521
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
At 9.3 - E, indo no caminho, aconteceu que, chegando perto de Damasco,
subitamente o cercou um resplendor de luz do céu.
At 9.4 - E, caindo em terra, ouviu
uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, por que me persegues?
At 9.5 - E ele disse: Quem
és, Senhor? E disse o Senhor: Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro é para ti
recalcitrar contra os aguilhões.
At 9.6 - E ele, tremendo e atônito, disse: Senhor, que queres que eu
faça? E disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e entra na cidade, e lá te será dito o
que te convém fazer.
At 9.17 - E Ananias foi, e entrou na casa e, impondo-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho
por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver e sejas cheio do
Espírito Santo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
- Antes da mudança
- O que produziu mudança
- Consequência dessa mudança
Conclusão
INTRODUÇÃO
Será estudada, nesta lição, a conversão de Paulo,
filho de um fariseu, que, depois de terminar seus estudos, aos pés do doutor da
Lei, Gamaliel, pôs-se como arqui-inimigo do Senhor Jesus por causa da sua
ignorância em relação à alvorada de uma nova dispensação que surgia no
horizonte da história religiosa. Paulo se doía com a nova “Seita do Caminho”
que angariava cada vez mais adeptos entre os judeus.
1. ANTES DA
MUDANÇA
Quando o jovem Paulo perseguia os seguidores de Jesus,
fazia-o nas melhores das intenções, e, naquele contexto social e religioso, era
até uma coisa louvável. Nem todo proceder tem a aparência de boas intenções,
isso todos sabem. Levados pelo pensamento de que estão fazendo algo para Deus,
muitos perseguem, espancam, mutilam e matam aqueles que são fiéis a Cristo,
mesmo nos dias atuais.
1.1. Saulo, o assolador (At 8.1-3)
Paulo assumiu o papel de assolador, pois o texto nos diz: "E
Saulo assolava a igreja". Ele exalava um ar maligno que inspirava terror
nos cristãos primitivos, ou seja, havia elementos que sustentavam aquele seu
comportamento agressivo, tais como: a ignorância, a incredulidade e o falso
pensamento de que, agindo assim, estivesse fazendo um trabalho para Deus (Jo
16.2), ele mesmo confessou posteriormente: "A mim, que dantes fui
blasfemo, e perseguidor, e injurioso; mas alcancei misericórdia, porque o fiz
ignorantemente, na incredulidade" (1 Tm 1.13).
1.2. Saulo diante
de Estevão (At 8.1; 22.20)
Lucas, o escritor
de Atos, destaca a pessoa de Estevão como um discípulo do grupo dos sete (diáconos)
de Jerusalém, em virtude da sua devoção a Deus, cultura
elevada, que fez extraordinários milagres, sofredor e de grande popularidade
entre os gregos e judeus, pois era de uma oratória flamejante e de sabedoria
irresistível. Sua popularidade foi além dos termos de Jerusalém e de Israel,
pois uma liga, das sinagogas espalhadas em vários lugares, uniram-se e enviaram
seus representantes para altercarem com Estevão, os quais não puderam resistir
a sua sabedoria (At 6.8-10). Eles apelaram para a baixeza de subornarem alguns, a fim de darem falso testemunho de blasfêmia contra Estevão no Supremo
Tribunal Judaico, o Sinédrio. Estevão fez a sua defesa improvisada com um
discurso que o sentenciou injustamente, sendo, em seguida, levado para ser
executado por meio de apedrejamento. Na execução, precisava-se de um oficial
que o acompanhasse aos pés de quem se depositavam as roupas dos executores. O
nome desse oficial era Saulo, seu nome em hebraico.
1.3.
Como Paulo
assolava a Igreja (At 8.3-4)
Naquela ocasião, em que era movida uma
grande perseguição, o grupo preeminente, no templo de Jerusalém, e no Sinédrio,
era o dos Saduceus, embora os fariseus fossem os mais populares e de maior
influência entre os judeus. Esses dois grupos se rivalizavam, mas uniram-se para matarem Jesus e depois para perseguirem a
Igreja. Paulo era o seu principal instrumento de assolação, pois tinha
autoridade para entrar nas casas, prender os homens e mulheres, castigá-los com
surra de varas, e obrigá-los a renunciarem o nome de Jesus, e dEle blasfemando.
Quanto aos resistentes, Paulo dava o seu voto para a morte. Tudo isso Paulo
fazia com um tempero sentimental de fúria e energia jovem que tinha na ocasião.
Ele pensava estar realizando um trabalho
para Deus, mas, na verdade, ele estava eliminando muitos chamados "hereges" em nome daqueles os quais a influência religiosa estava
sendo posta de Lado em virtude
do descontentamento do povo. Apesar de todo
sofrimento, aqueles que saíam dispersos de seu
lugar de origem iam anunciando a Palavra, de sorte que não podiam conter o crescimento (At
22.4-5; 26.9-11; GL 1.13).
2. O QUE PRODUZIU MUDANÇA
O maior desejo do jovem Paulo era fazer algo de valor
para Deus, para o judaísmo e para os judeus em si. Ele concluíra que estava
absolutamente certo em repelir com veemência aquela doutrina sectária no seio
do judaísmo, que mais trazia escândalo do que bem. Afinal, para ele Jesus de
Nazaré teve o que mereceu quando, nas mãos dos romanos, caiu sob a acusação de
ser um rei ilegítimo, por fazer-se Filho de Deus.
2.1 Paulo, confrontado pelo Senhor Jesus (At 9.3-7)
Quando ia a caminho para Da masco,
acompanhado da sua comi uva de algozes para perseguirem os cristãos, Paulo,
subitamente ao meio-dia, foi envolvido por uma luz mais brilhante que o sol (At 26.13).
Nesse momento, caindo por" terra, ouve uma voz que lhe disse: "Saulo, Saulo por que
me persegues". Até aquele momento, Jesus ressuscitado era um mito forjado, uma
coisa digna de pleno descrédito. Mas, ao perguntar-lhe: "Quem és Senhor?” E
ter a resposta: "Eu sou Jesus, a quem persegues. Duro é para ti dar coices
contra os aguilhões". Saulo trêmulo, assustado, e sem saber o que fazer diante daquela
poderosa voz, pergunta: "O que devo fazer?". E o Senhor lhe responde:
"Levanta-te e entra na cidade e lá te será. dito o que convém fazer"
(At 9.4-6).
O que representou para Saulo tal experiência? Toda nuvem mística
que havia em sua mente, de repente desapareceu. Todo o seu orgulho religioso e jovem fora
humilhado, todas as suas atitudes de oposição "àquela seita" foram expostas como crimes diante
de sua própria consciência e terrivelmente ofensivos a Deus. Quando abriu os olhos, deu conta de que estava cego, e que sua cegueira física se somava à enorme
cegueira espiritual. Todavia um consolo existia naquelas palavras: "Lá te será dito o que convém
fazer". Esta experiência seria transmitida posteriormente a pessoas
simples e também a reis, governadores, a sumos
sacerdotes, etc., chegando às sucessivas gerações, chegaria até nossos dias com
poderoso impacto.
2.2 Saulo obedece ao Senhor Jesus (At 9.8-9)
Conforme o seu
temperamento e cultura, Paulo não se encurvava diante de ninguém, mas, quando se levantou
do chão abatido e cego, nada mais restava de oposição "nele senão obedecer. A transformação dele
aconteceu tanto imediatamente, quando ouviu a voz do Senhor Jesus, quanto na medida em
que ele Lhe obedecia. Paulo poderia ter voltado e escolhido outro caminho. Mas o
campeão do judaísmo foi vencido pela "voz da Luz que lhe brilhou no
caminho". Para Damasco, Paulo teve de ser conduzido, pois não enxergava mais.
Dá pra imaginar o tremor e temor que sobreveio em seus parceiros? Atender
aquela voz e entrar na cidade representou a Saulo um sinal incontestável da sua
completa conversão; significou um rompimento com todo seu modo de vida;
produziu a conversão de um contingente incontável de pessoas em sua época e, ao longo dos séculos, onde seu testemunho
foi ouvido.
2.3 Resultado da obediência de Paulo
Depois que entrou na
cidade, lá permaneceu em jejum absoluto por três dias, até o momento em que
Ananias, que depois de alguma resistência à ordem de Jesus, foi visitá-lo e impôs-lhe as mãos,
e curou-o na hora. Um sinal incontestável da misericórdia divina a favor de
Paulo. Para ele, naquele momento, nada mais restava senão se batizar como um
sinal de morte para o pecado e identificação plena com Jesus Cristo, como ele mesmo
veio a ensinar depois em suas cartas (Rm 6.1-6; GI2.20). O arrependimento é um
ato de obediência que deve refletir no abandono do pecado para viver uma nova
vida, seguido, logo que possível, do batismo em água. Foi a partir daí que
Paulo passou a pregar o evangelho publicamente conforme indica o livro de Atos
(At 9.19-20). Hoje, não significa
que para falar de Jesus é necessário se batizar primeiro, mas é o mais
recomendável.
3. CONSEQUÊNCIA
DESSA MUDANÇA
Evidentemente, que a conversão de Paulo teve muitos
efeitos no reino de Deus e no mundo, que talvez seja difícil enumerá-los e
esquadrinhá-los na sua exata proporção. Mas abordaremos apenas alguns
principais que são arrolados por Lucas no livro de Atos.
3.1. Paulo passou a pregar o evangelho
A graça de Deus
salvadora alcançou um inimigo implacável, eliminando assim um agente que
causava grande dano e tirava a paz dos judeus convertidos. Embora fosse Paulo
um assolador da Igreja, Deus é aquele que contempla aquilo que está além do
patente e do discernimento humano. Alguns anos depois, Paulo teve chance de
conhecer os discípulos de Jerusalém. Todavia ele ainda estava sob a mira e a
desconfiança deles. Pois não havia passado, ainda, tanto tempo assim daquela
cruel perseguição. Sendo
Paulo um homem muito ativo, logo passou a pregar ousadamente no nome de Jesus,
tanto em Damasco quanto em Jerusalém, e sua presença gerava insegurança e clima
ruim entre os discípulos, pois alguns judeus helenizados, dados à discussão,
resolveram matá-lo, quer
dizer, o ex-perseguidor passou a
ser perseguido.
ser perseguido.
3.2. Paulo sofreu perseguição
A perseguição pelo
fato de pregar o evangelho e fortalecer os novos convertidos a Cristo Jesus se
tornou algo constante em sua vida, e Paulo conviveu, desde o início de sua
pregação,
até a
sua morte. Imediatamente
a sua mudança radical, quando começou a pregar, foi perseguido em Damasco, depois em
Jerusalém e no restante de seu trabalho missionário. Como ele desejava
ardentemente o crescimento do evangelho ao longo do Império Romano, orou a Deus para que
Ele lhe tirasse a vara da perseguição de suas costas. Visto que concluísse
que o evangelho se desenvolveria muito mais rápido num ambiente tranquilo, pois
as pessoas estavam famintas de Deus. Mas o senhor Jesus apenas lhe disse que a
sua graça lhe bastava (2Co 12.9).
Como consequência da perseguição implacável,
Paulo teve de fugir muitas
vezes. Como por exemplo: quando soube da conspiração contra a sua vida em Damasco. Muito mais coisas
aconteceram do que, às vezes, podemos
imaginar nesse respeito. Por exemplo, em suas viagens como transeunte sofreu várias vezes nas mãos de
salteadores onde as estradas não eram guarnecidas; em Tessalônica,
depois de tomar uma surra
pública de vara e ser preso injustamente, foi convidado a se retirar da cidade. Hoje em vários Lugares um ministro
evangélico é respeitado, mas nem sempre foi assim. Todavia, isso teve um
efeito positivo para o evangelho, pois a perseguição por si só eliminava
os falsos irmãos e maus obreiros, visto que não estavam dispostos a
sofrerem peta causa do evangelho.
3.3. O crescimento da Igreja
Tendo Jesus Cristo
transformado um inimigo tão voraz em servo, agora a comunidade cristã espalhada pela
Judéia, Galiléia e Samaria desfrutava de paz e vivia harmonicamente entre si.
Consequentemente cresciam, e várias pessoas se convertiam dia a dia (At 9.31). Às
vezes, imaginamos que a igreja só cresce mediante a perseguição, mas ela cresce
também e melhor quando está em condições favoráveis de paz.
CONCLUSÃO
A conversão de Paulo de Tarso é um legado insofismável
da história Universal, pois a mensagem dele sobreviveu a sua morte, a pessoa
dele jamais foi esquecida com o passar dos séculos. Na sua conversão podemos
saber como o Senhor Jesus transforma um inimigo em servo e em vaso útil,
tornando-o portador de Sua mensagem.
QUESTIONÁRIO
1. Que elementos alimentavam o comportamento anticristão de Paulo?
R. A ignorância, incredulidade e o falso pensamento de que estava fazendo um
trabalho para Deus.
2. Que pessoa marcante Paulo teve participação na sua morte?
R. Estêvão.
3. O que operou uma mudança radical em Paulo?
R. O fato
de ser confrontado pelo
Senhor Jesus; ou o fato de
ter encontrado Jesus
no caminho de Damasco.
4. Como Paulo, o
campeão do judaísmo foi vencido?
R. Peia voz da Luz que brilhou em seu caminho.
5. Cite uma consequência da mudança de Paulo:
R. Passou a pregar; ou foi perseguido após a sua conversão.
Fontes:
Bíblia Sagrada –
Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: APÓSTOLO
PAULO – Editora Betel - 4º Trimestre 2012 – Lição 02.
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