LIÇÃO 01 - AS ORIGENS DO APOSTOLO PAULO
07 DE OUTUBRO DE 2012
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: l Co 1.9
- Terça feira: l Co 1.24
- Quarta feira: l Co 1-26
- Quinta feira: Ef 2.11
- Sexta feira: Ef 4.1
- Sábado: Ef 4.4
TEXTO ÁUREO
"Mas o que, para mim, era lucro,
isto considerei perda por causa de Cristo". Fp 3.7
VERDADE APLICADA
As
bem-aventuranças do Apocalipse alcançarão a todos os que se apropriarem de suas
revelações, repreensões e promessas.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
·
Entender o valor representativo das origens
de Paulo em sua visão religiosa judaica.
·
Mostrar como as raízes de Paulo colaboraram
positivamente após sua conversão e através de sua pregação.
·
Reconhecer que Deus se utiliza tanto de
nossas origens quanto do que somos para realização da sua obra.
GLOSSÁRIO
·
Célebre: ilustre, nobre, notável;
·
Traslado: deslocamento
deum lugar para outro;
·
Promissor: próspero,
esperançoso.
HINOS SUGERIDOS
·
283; 104; 156
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
Fp 3.4 - Ainda
que também podia confiar na carne; se algum outro cuida que pode confiar
na carne, ainda mais eu.
Fp 3.5 - Circuncidado
ao oitavo dia, da linhagem de Israel, da tribo de Benjamim,
hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu,
Fp 3.6 - quanto
ao zelo, perseguidor da igreja; quanto à justiça que há na lei irrepreensível.
Fp 3.8 - Sim,
deveras considero tudo como perda,
por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as
considero como refugo, para ganhar a Cristo.
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.
Seus dados pessoais
2.
Origem familiar
3.
Cultura e personalidade
Conclusão
Conclusão
INTRODUÇÃO
Para
compreender as origens de Paulo - aquele que se tornou o Apóstolo dos Gentios,
o primeiro bandeirante do Evangelho ao lado de Barnabé – exige-se esforço e
horas a fio, de leitura e investigação. Ao longo deste trimestre, buscaremos
ler e entender sobre ele cujo labor missionário, obra social e trabalho
doutrinário fizeram repercutir, através dos séculos, resultados incontestáveis
acerca da fé cristã.
1. SEUS DADOS PESSOAIS
Estudaremos, a
seguir, as origens daquele que, após Jesus, tornou-se a figura de maior
expressão do Novo Testamento. Muitos são os detalhes com respeito à pessoa de
Paulo, seu nome, onde nasceu e a grandeza da sua cidade natal. São informações
importantes para entender um pouco mais sobre a história desse homem tão
brilhante em sua época. Ele continua contribuindo enormemente para com a fé
cristã através de sua vida, cartas e teologia.
1.1.
Nome
O
Judeu, natural. De Israel, costumava ter o nome seguido
pelo nome de seu pai, por exemplo, Jesus, filho de José (Lc 3.23);
Tiago, filho de Zebedeu (Mt 4.21); Zacarias, filho de Baraquias (Mt 23.35). E, em
outros textos, também é indicada a linhagem tribal ou o seu ancestral proeminente
(Mt 15.22; At 13.21; Rm 11.1). Porém todo judeu da diáspora, pelo Império
Romano afora, tinha dois nomes, um em hebraico e outro latino,
ou grego também. O Apóstolo dos Gentios era possuidor de
dois nomes, "Saulos" o mesmo que Saul que significa
"o desejado"; e um nome latino "Paulus" que significa
"pequeno".
1.2.
Local de nascimento
Oportunamente, Saulo exibia, com muito
orgulho, a sua origem natalícia em seu testemunho pessoal (At 21.39). Para ele
era uma glória proceder de Tarso e para um centurião ou
tribuno romano algo cobiçável,
pois ser de Tarso lhe conferia automaticamente o direito
de cidadania romana por nascimento, (i) que era conseguido
por alguns com grande soma de dinheiro (At 22.27,28).
Geograficamente, a cidade de Tarso se localizava na
Cilícia, que, nos dias de Paulo,
pertencia à Síria por ter sido
anexada por meio de Roma. Tarso era um lugar de belas paisagens,
com. um centro comercial muito prós pero, era uma cidade portuária com
grande movimentação de mercadorias e de pessoas.
1.3.
Exuberância
de Tarso
Por tornar-se uma
célebre cidade, nos dias de Paulo, era considerada uma cidade cosmopolita, seus
habitantes eram procedentes de vários lugares do Império. Havia ali um apego e um entusiasmo
grande com relação ao
aprendizado, chegando a tal ponto que Tarso superou Atenas e Alexandria no
Egito com sua universidade. Portanto era uma cidade com forte influência grega
muito ligada à filosofia, principalmente estóica. Muitos de seus habitantes
eram tecelões e faziam tendas a partir de um tecido grosseiro fabricado com pelo
de cabra e tudo indica que Paulo aprendeu tal profissão ali.
Historicamente, a Cilícia foi uma
das primeiras a ser anexada por Rama à Síria,
entretanto foi, através de Marco Antônio, que Tarso alcançou
o status de cidade independente. Esse direito foi confirmado
posteriormente por Augusto em 31a.C. Tal privilégio possibilitou
aos cidadãos, ali nascidos, o direito de cidadania
romana, o que foi conferido a Paulo, se bem que não se sabe a data
de seu nascimento, mas calcula-se que Paulo tenha nascido entre 5 e 8 d.C.
2. ORIGEM FAMILIAR
A história não
nos fornece informações precisas com respeito à família de Paulo, nem se
realmente foi casado ou não, mesmo sendo ele capaz de discorrer com maestria
sobre relação conjugal. Todavia podemos facilmente compreender o valor que
Paulo dava à família. As instruções precisas e os conselhos sábios contidos na
sua correspondência às igrejas demonstram fartamente isso.
2.1. Hebreu de Hebreus
Apesar de não ser
mencionado o nome do pai e nem da mãe de Paulo em nenhuma parte do N.T.,
sabe-se perfeitamente que ele é de ascendência hebraica. Ora, uma coisa importante
de saber-se é que para ser considerado israelita, tem de necessariamente ser
filho de mãe judia, logo era realmente hebreu, circuncidado ao oitavo dia (Fp
3.5). Portanto isso quer dizer que ele era filho segundo a carne de Abraão, Isaque e Jacó, pertencente
à linhagem da tribo de Benjamim (Rm 11.1; Fp 3.5). Não sabemos que circunstâncias levaram os ancestrais de Paulo
a imigrar à região da Cilícia e instalarem-se em Tarso. Dentre as várias
hipóteses que se possa levantar, uma é a de que seria
descendente de um escravo que teria sido prisioneiro de guerra, e a outra, a
mais aceita, é de que sua família esta da dentre os
judeus da diáspora que moravam numa enorme colônia judaica da época.
2.2. Pais
Seu pai era fariseu, isso significa que era
membro de um grupo religioso em Israel muito rigoroso quanto à Lei de Moisés e os costumes dos antepassados (At 23:6).
Como vários fariseus daquela
época tinham seu próprio negócio, era possível que o pai de Paulo fosse um
homem assim também, pois pôde financiar os estudos do
filho em Jerusalém, o de natureza superior, quando este ainda era bem jovem. Como todo pai dedicado, queria posicionar bem o filho na sociedade judaica de sua
época. Não há qualquer registro do nome do pai e da mãe de Paulo. Mas seria o
menino Saulo filho único? Claro que não, pois
tinha uma irmã provavelmente mais velha - ela morava em Jerusalém e tinha um
filho jovem na época em que estava preso na Fortaleza de Antônia. Foi esse moço, seu sobrinho,
que o livrou da morte através de informação sigilosa, de uma conspiração dos
judeus para tirar-lhe a vida durante o seu translado para Cesaréia (At
23.16-24).
2.3. Outros parentes
Na
Carta de Paulo aos Romanos, capítulo 16, nas
saudações finais; dentre as 36 pessoas mencionadas, três são
apontadas como parentes seus quando diz, "Saúdla Adrônico e Júnias,
meus parentes" (v.7); e em seguida, escreve:
"Saudai meu parente Herodião" (v. 11). Daí se conclui que,
além de ter parentes, eles eram fiéis
que pertenciam à Igreja que estava em Roma. Cremos que, a
partir da sua conversão, muitos vieram a se converter depois,
ainda que não tenha sido resultado de seu trabalho direto,
pois o cristianismo se espalhou no mundo antigo chegando também a Roma
rapidamente.
O fato em si de pertencer
à descendência de Abraão,
ser benjamita circuncidado era para Paulo de Tarso um orgulho,
do ponto de vista religioso, e do ponto de vista social chegava a ser uma
ostentação. Mas, depois de convertido a Cristo Jesus, o que era reputado por ganho, passou a ser considerado
perdido por amor ao Filho de Deus,
como escória e algo sem
sentido; no afã de conquistar
Cristo cada vez mais. Porém isso só aconteceu depois de sua conversão. Um verdadeiro encontro
com Deus nos traz mudanças indeléveis tanto no pensar quanto no agir; evangelho
sem transformação é apenas uma religião sem vida.
3. CULTURA E PERSONALIDADE
Sabemos que
Paulo estava bem posicionado em sua época, até porque isso lhe garantiria livre
trânsito por todo Império Romano. Se Paulo vivesse em nossos dias, com certeza
procuraria estar na dianteira, não por uma questão de ostentação, mas pelo
rápido deslocamento, livre acesso a todos os lugares possíveis até por uma
questão de segurança em tempos de perseguição. Que bom seria ver os obreiros de
nossas igrejas buscando tal melhora e aperfeiçoamento.
3.1. Cultura judaica e grega
Quando
Paulo era pequeno em Tarso, como toda criança judia,
ia à escola que ficava ao lado da
sinagoga. Aos cinco anos, iniciava seu aprendizado elementar
sobre a lei de Moisés baseado em
Deuteronômio, e estudava também os Salmos (113 a 118),
nos anos subsequentes, estudava a história de Israel e,
entre outros estudos, aos doze anos, tinha
que aprender, aos pés de um rabino,
uma série de preceitos orais e divinos,
essa fase pode ter acontecido tanto em Tarso quanto em
Jerusalém, pois ele se mudou para lá, ainda bem novo, como ele mesmo chegou a
dizer em Atos 22.3. "Mas criei-me nesta cidade
(Jerusalém)". Posteriormente Paulo fez o seu curso
superior aos pés de Gamaliel, renomado mestre da sua época,
como ele mesmo testemunhou: "aqui
fui instruído aos pés de Gamaliel". Paulo é reconhecidamente o homem mais
culto dentre os apóstolos. Mas isso não aconteceu por acaso,
seus pais investiram em sua instrução.
Será que entendemos
bem o
significado de igreja? E, como pais, o que estamos
investindo para crescimento de nossos
filhos? Será que os estamos preparando para irem além de nós? Para se tornarem úteis à sociedade e a Deus? Para seguir nosso
legado? Afinal, o que estamos deixando para nossa posteridade? Filhos
úteis ou problemáticos?
3.2. Evidência de amplos conhecimentos
O mundo antigo estava sob o domínio romano, mas impregnado da cultura
grega. Assim, ser bem sucedido e ter "status" social era de vital importância naquela época. No currículo de Paulo, constavam
idioma grego, filosofia, história e lendas. Basta
olharmos para suas cartas e veremos citações
gregas e pensamentos filosóficos comuns, sua
viagem a Atenas e seu discurso no areópago para eliminar quaisquer dúvidas
sobre a sua vasta cultura postas a serviço do reino de Deus após sua conversão.
Outra coisa digna de nota é que Paulo, ao
escrever a "Carta aos Romanos", o maior tratado acerca da salvação, fê-lo em tom jurídico,
pois o direito fascinava os romanos.
3.3. Personalidade de Paulo
Paulo
era uma pessoa decidida, com conceitos firmes e de muita
atitude. Tinha um emperramento voltado para a liderança,
nasceu para o comando e sabia desenvolver
uma equipe de voluntários num trabalho árduo e sem recompensa financeira. Era
uma pessoa capaz de despertar profundo amor e ódio nas pessoas, por ser ele um
homem verdadeiro muito trabalhador e cheio de zelo e·
de docilidade ao mesmo tempo. Tão
foi o apóstolo, que, por mais que se fale a seu respeito, ainda é
pouco. Porém o que sabemos a seu respeito é o suficiente
para o seguirmos e o imitarmos como ele mesmo disse: "sede meus imitadores
como eu sou também de Cristo" (ICo 11.1; Fp 3.17; l Ts 1.6; 2.14; 2Ts 3.7,9; Hb 6.12).
Há, sempre, em nós, um interesse em saber sobre a aparência de Paulo, e nos
perguntamos como
era a sua fisionomia. Não é mesmo?
Mas não há quaisquer relatos bíblicos que tratem acerca do assunto. Os coríntios relataram
assim sua aparência. "Suas cartas são graves e fortes, mas a presença pessoal dele é fraca" (2Co 10.10).
Há relatos do II século de que Paulo era de estatura
baixa, calvo, de pernas tortas e barba
pontuda. Em sua velhice, a sua saúde era um tanto debilitada, mas são
relatos que não podemos ter
certeza dada sua longitude no tempo e a
falta de outros testemunhos comprobatórios.
CONCLUSÃO
Qualquer um
que olhasse para o jovem Paulo de Tarso veria nele um fanático, perseguidor
soberbo. Mas Deus que vê além do óbvio, do natural, do presente, das origens e
das intenções do coração, olhou e viu, naquele moço, um poderoso aliado; viu
nele um vaso útil para depositar os tesouros do Reino e utilizou-se de tudo
quanto Paulo tinha para o futuro engrandecimento da Sua obra aqui na terra.
Maravilhosa visão de Deus que deu, a sua Igreja, tal homem como presente.
QUESTIONÁRIO
1. Por que Saulo tinha dois nomes?
R. Porque todo judeu da diáspora usava dois nomes, um em hebraico e outro latino.
R. Porque todo judeu da diáspora usava dois nomes, um em hebraico e outro latino.
2. Como Saulo identificava e reconhecia sua cidade natal (Tarso)?
R. Cidade bastante célebre.
R. Cidade bastante célebre.
3. Que tipo de filosofia mais influenciava Tarso.
R. A filosofia estoica.
4. Quais os nomes dos pais de Saulo de Tarso?
R. Não há registro dos nomes deles.
5. Como era a personalidade de Paulo?
R. Decidida, com conceitos firmes e
de muita
atitude.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa -
Editora Betel,
Revista: APÓSTOLO
PAULO – Editora Betel - 4º Trimestre 2012 – Lição 01.
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