Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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terça-feira, 3 de junho de 2014

Superando o complexo de inferioridade


escola dominical

LIÇÃO 10 – 08 de junho de 2014
Superando o complexo de inferioridade
TEXTO AUREO

“E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.” Jz 6.15

VERDADE APLICADA

O complexo de inferioridade nos torna incapazes de perceber nosso verdadeiro potencial.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Definir o que é complexo de inferioridade;
 Explicar os perigos dessa enfermidade;
 Apresentar o caminho para a cura.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jz 6.11 - Então, o Anjo do Senhor veio e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas.
Jz 6.12 - Então, o Anjo do Senhor lhe apareceu e lhe disse: O Senhor é contigo, varão valoroso.
Jz 6.13 - Mas Gideão lhe respondeu: Ai, senhor meu, se o Senhor é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o Senhor subir do Egito? Porém, agora, o Senhor nos desamparou e nos deu na mão dos midianitas.
Jz 6.14 - Então, o Senhor olhou para ele e disse: Vai nesta tua força e livrarás a Israel da mão dos midianitas; porventura, não te enviei eu?
Jz 6.15 - E ele lhe disse: Ai, Senhor meu, com que livrarei a Israel? Eis que a minha família é a mais pobre em Manassés, e eu, o menor na casa de meu pai.

Introdução
A enfermidade que vamos tratar nesta lição é o complexo de inferioridade, tal complexo está diretamente relacionado à imagem que fazemos de nós mesmos, quem sofre deste complexo geralmente tem uma imagem distorcida de si e é levado a desenvolver o mesmo tipo de imagem em relação aos outros, em relação a sua vida e também em relação ao Criador, isto é, passa a ver tudo e todos distorcidamente.

OBJETIVO
 Definir o que é complexo de inferioridade;

1. O que provoca o complexo de inferioridade
Gideão se revelou um grande general da história do povo de Israel. Com seu pequeno exército, derrotou seus inimigos forte e poderosamente armados. Foi um feito militar inigualável até os dias atuais. Ele desconhecia sua própria capacidade, mas Deus sabia do seu valor. O Senhor acreditava em seu servo, e quando ele passou a acreditar em si mesmo, tudo começou a mudar.
As pessoas que vivem mergulhadas na reclamação, na auto piedade, e no sentimento de inferioridade, enterram seus talentos e escondem sua personalidade. Contentam-se em viver uma vida de lamentações, enquanto Cristo morreu para dar-lhes uma vida de abundância (Jo 10.10b).


1.1. Os principais sintomas do complexo de inferioridade
O indivíduo que sofre de complexo de inferioridade, em muitos casos, sofre constantemente com diversos sintomas, o sentimento de culpa, a depressão, a irritabilidade e ainda as confusões quanto a sua existência acabam por torná-lo extremamente instável emocionalmente, esta instabilidade pode provocar um comportamento agressivo que irá funcionar como mecanismo de defesa, pois leva o indivíduo a desenvolver uma posição desdenhosa em relação ao resto do mundo, esta posição, na realidade, é apenas um meio encontrado por ele para proteger-se.

1.2. Complexo de inferioridade na Igreja
Não é difícil encontrarmos na Igreja pessoas com claros sintomas que podem ser diagnosticados como complexo de inferioridade. Muitos de nossos irmãos se sentem incapazes para fazer algo mais na obra do Senhor por não se verem como competentes. Em alguns casos, o indivíduo que sofre de complexo de inferioridade tende a apresentar-se pessimista diante da vida. O pessimista tem sempre uma visão embaçada dos acontecimentos cotidianos como se vivesse constantemente em dias nublados (Jz 6.15).

1.3. Como se comporta quem sofre desta enfermidade
Quem vive o passado vive triste, quem vive o futuro vive ansioso, o ideal é viver o presente. Pessoas com sintomas de complexo de inferioridade, na maioria das vezes, apresentam um intenso desinteresse por projetos atuais, ficam sempre presos a acontecimentos do passado nos quais obtiveram sucesso, ou então focando insistentemente em sonhos e projetos futuros. No caso de indivíduos que não valorizam o presente, é normal que desenvolvam um imenso vazio existencial que acabará por levá-los a um processo de queda emocional ocasionando um quadro depressivo.
Um dos sintomas da depressão é a prostração, o indivíduo entra em um processo chamado de melancolia que pode levar até a morte por falta de alimentação, pois, nesse caso, a pessoa perde todo o desejo de alimentar-se. O complexo de inferioridade pode, em alguns casos, levar o indivíduo até este ponto. Sendo assim, é importante que observemos, na igreja, irmãos que estejam afastados por muito tempo da comunhão, e buscar fazer algo para reinseri-lo ao grupo, evitando assim, maiores traumas.

OBJETIVO
 Explicar os perigos dessa enfermidade;

2. Gideão e o Anjo do Senhor
O diálogo de Gideão com o Anjo do Senhor nos mostra o quanto se considerava incapaz. Gideão se apresenta como o menor entre os menores (Jz 6.15), deixando claro a impressão acerca de si. O fato de o povo de Israel estar sofrendo há sete anos nas mãos dos Midianitas (Jz 6.1) era preponderante na visão que Gideão fazia do povo de Deus. Essa visão se refletia no complexo de inferioridade desenvolvido por ele (Pv 27.19) que surgia a partir do momento em que se via como integrante de um povo que não tinha como se defender de seus algozes.
Podemos pensar que Gideão era muito humilde (uma atitude muito elogiada na Bíblia). Porém, era uma falsa humildade, ele estava insatisfeito com que era e culpava Deus por isso! (Jz 6.13), evidenciando seu complexo de inferioridade.

2.1. Sentimento de negatividade
Ao fazerem o que era mal aos olhos do Senhor, o povo de Israel perdeu a proteção divina vindo sobre eles a perseguição dos Midianitas, Amalequitas e de outros povos do Oriente (Jz 6.3). O povo de Israel acomodou-se preferindo construir covas e cavernas para se esconderem a enfrentarem seus opressores (Jz 6.2). Podemos observar que se abateu sobre eles um sentimento de negatividade natural em pessoas que sofrem com o complexo de inferioridade, declarações como: “não vamos conseguir vencer”, “sabia que isso ia acontecer”, “não temos condições de enfrentar esta situação”, são algumas das posições tomadas por pessoas que sofrem deste mal.
A forma natural dos indivíduos que sofrem do complexo de inferioridade se relacionarem com o seus sentimentos em relação as lutas diárias, servirá para identificar o grau de gravidade em que se encontram. Em alguns casos, os acometidos por este mal conseguem, com muito esforço, vencer a inércia e seguir adiante em busca de um objetivo, ao alcançarem o que esperavam, muitos conseguem passar a verem a vida de outra maneira, aprendendo que podem ser capazes se tentarem.

2.2. Sentimento de impotência
Ao se verem empobrecidos (Jz 6.6) os filhos de Israel se sentiam cada vez mais inferiores e entravam assim em uma roda viva de negatividade. O complexo de inferioridade leva a um sentimento de impotência em relação às adversidades da vida, sempre que se depara com uma dificuldade a tendência de quem sofre desse mal é mudar o curso de sua trajetória para não ter de enfrentar os possíveis percalços que poderão surgir em seu caminho. O complexo de inferioridade age oprimindo o indivíduo, tirando as forças; impedindo-o de superar uma condição que lhe é imposta por uma determinada circunstância. No caso de Israel, as constantes investidas dos povos inimigos era o agente opressor que os impedia de reagir.
Explique aos alunos que desprezar-se é uma atitude anticristã e o fazê-lo é um grave sintoma de complexo de inferioridade. Tentar sensibilizar a Deus como fez Gideão, dizendo: “ai meu Deus!” não leva a nada, pois o Senhor não se deixa influenciar com tal atitude, ele não sente pena de nós, o que Ele sente é amor.

2.3. A ação da Graça sobre o complexo de inferioridade
Gideão, embora estivesse contaminado pelo complexo desenvolvido pelo povo, mantinha a sua esperança. Ao sair todos os dias para malhar o trigo (Jz 6.11), deixava claro que, apesar de todo o sentimento negativo que impregnava os seus irmãos, ele podia obter êxito, este fato foi decisivo para que fosse o escolhido por Deus em busca de uma solução em relação aos perseguidores de Israel. Já observamos que, quando Gideão foi confrontado pelo Anjo do Senhor, a sua primeira fala foi de impotência diante dos fatos, no entanto vemos que havia algo nele que podia ser utilizado por Jeová em favor do seu povo. Quando o Senhor nos observa, assim como fez com Gideão embaixo do carvalho, Ele sempre está nos proporcionando a oportunidade de experimentar a ação integral de sua Graça, que nos regenera, isto é, nos faz nascer de novo, nos renova fazendo de nós novas criaturas e restaura-nos devolvendo à comunhão com Deus.
Em alguns momentos, todo e qualquer indivíduo pode desenvolver um ou outro sintoma de complexo de inferioridade, há casos em que nos deparamos com situações as quais pensamos que estão acima de nossa capacidade. seja física, emocional ou financeira: no entanto, a Graça de Deus é, indubitavelmente, suficiente para nos fortalecer a ponto de nos tornar capazes de enfrentar todas as lutas.

OBJETIVO
 Apresentar o caminho para a cura.

3. O caminho para curar-se do complexo de inferioridade
Assim como outras enfermidades da alma, o complexo de inferioridade também pode não desaparecer com a conversão ao evangelho. No entanto a busca pela presença de Deus pode se tornar uma arma poderosa associada a tratamentos terapêuticos em direção à cura. Ao experimentar a Graça, passa-se por processo total de limpeza que abrange o espírito a alma e o corpo.

3.1. Como se vê o indivíduo que sofre com esse problema
Gideão se colocou como inapto para realização do grande projeto que Jeová tinha para Israel. Primeiramente apresentou a sua condição social, menor dentre a família mais pobre da tribo de Manasses (Jz 6.15), em seguida, exigiu que o Anjo do Senhor lhe desse sinais de que era realmente quem dizia ser (Jz 6.17). Pessoas com complexo de inferioridade tendem a desconfiar de tudo e de todos, diante de suas incapacidades, forjam uma imagem distorcida em relação aos outros, semelhante a que forma de si próprio. “Como imaginou a sua alma assim é” (Pv 23.7).

3.2. Ação do complexo de inferioridade na personalidade
A atitude de Gideão em relação ao Anjo do Senhor pondo-o a prova deixa claro a falha produzida pelo complexo de inferioridade em sua personalidade. Alfred Adler apresenta em seus estudos o termo arrogância compensatória que leva o indivíduo a desconfiar da capacidade de outros em realizarem determinadas tarefas que eles não podem realizar. Diante de todos os seus pedidos atendidos, Gideão partiu para a nova etapa do projeto de Deus, a escolha de seu exército. O fato de sofrer por anos pela perseguição dos inimigos, mais uma vez, leva Gideão a crer que seria necessário um grande número de homens para que pudesse vencer. O complexo de inferioridade produz o que Adler chama de “o protesto masculino” que é uma luta interior para combater a dependência emocional, construir autonomia e obter a superioridade. Ao reunir um grande número de homens, Gideão creu que seria superior aos seus inimigos.

3.3. Como Deus age nos casos de complexo de inferioridade
Na história de Gideão vemos que Deus queria não só livrar o povo da opressão dos povos vizinhos, mas mostrar também que, com Ele no comando, não existe complexo de inferioridade que possa derrotar os seus servos, visto que o maior inimigo que o homem pode ter é ele mesmo, sendo assim, provou que, com apenas trezentos homens, pode-se vencer uma multidão. Certa vez, ouvi alguém dizer “um mais Deus é sempre a maioria”. Quando alguém se acha incapaz para realizar algo grandioso na obra de Deus e acha Graça aos seus olhos, o Senhor o capacita jogando por terra todo complexo que possa servir de impedimento para realização do seu projeto.

Conclusão
O menor no povo de Deus é o maior (Lc 7.28c); o Senhor, quando nos olha, não vê o que somos, mas o que podemos vir a ser. O complexo de inferioridade não é e nunca será suficientemente grande diante da grandiosidade do poder de Deus na vida de seu servo, logo podemos concluir que, mesmo que pensemos que não alcançaremos êxitos em nossos projetos ou nos projetos de Deus para nós, o Espírito do Senhor nos levará a vitória (2Co 12.10).

QUESTIONÁRIO

1. Como o pessimista vê a vida?
R. Embaçada, como se estivesse sempre em dias nublados.
2. O que acontece com indivíduos que não valorizam o presente?
R. Desenvolvem um imenso vazio existencial.
3. Por que Gideão se considerava incapaz?
R. Porque se achava o menor entre os menores (Jz 6.15).
4. O que fazia com que o povo de Israel se sentisse inferior?
R. O empobrecimento pela opressão dos inimigos (Jz 6.6).
5. No complexo de inferioridade, qual é o maior inimigo do homem?
R. Ele mesmo.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 2º Trimestre de 2014, ano 24 nº 91 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – ENFERMIDADES DA ALMA Identificando os distúrbios emocionais e confrontando-os com soluções divinas e bíblicas.

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