Lição 3 - A importância do planejamento familiar responsável
TEXTO ÁUREO:
“Pois qual dentro vós, querendo edificar uma torre,
não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a
acabar?” Lc 14.28
VERDADE
APLICADA:
Avaliações constantes, minuciosas e honestas de todas
as nossas ações, atitudes e providências tomadas para edificar as bases do lar,
são necessárias à tranqüilidade, à paz, à segurança e ao sucesso da nossa
família.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO:
* Mostrar a importância do planejamento familiar;
* Consolidar nos crentes a certeza de que com
planejamento adequado, mesmo nos dias atuais, podemos edificar ou reedificar
bases sólidas para nossas famílias;
* Ensinar que o planejamento familiar inclui o preparo
dos pais para forjar nos filhos o caráter de Cristo, de modo a que rejeitem o
mal, agindo com justiça e retidão.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA:
Lc 14.28 – Pois qual de vós, querendo edificar
uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se
tem com que a acabar?
Lc 14.29 – Para que não aconteça que, depois de
haver posto os alicerces e não a podendo acabar, todos os que virem comecem a
escarnecer dele.
Lc 14.30 – dizendo: Este homem começou a edificar
e não pôde acabar.
Lc 14.31 – Ou qual é o rei que, indo à guerra a
pelejar contra outro rei, não se assenta primeiro a tomar conselho sobre com
dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
INTRODUÇÃO:
Se perguntarmos a qualquer pessoa o que é planejamento
familiar, possivelmente obteremos a seguinte resposta: “Planejar a família é
fazer os cálculos de quantos filhos o casal, pode sustentar e educar sem
depender de terceiros, ou da caridade pública”. Isto é apenas parte da verdade
e representa somente uma das etapas do projeto. Para chegarmos ao tão almejado
planejamento não devemos negligenciar etapas importantes, como veremos a
seguir:
1.
Projetando a família
Para imitarmos ao Senhor na constituição da
família, precisamos abrir mão da maneira de pensar mundana, caso já se tenha
instalado em nossa mente, e permitir que o Espírito de Cristo suplante todo
nosso entendimento carnal para vivermos inconformados com este mundo. O
pensamento terreno acerca da família é frontalmente contra os princípios
bíblicos, por isso os filhos de Deus devem se orientar biblicamente;
1.1. Quanto
ao desejo
Os cristãos não devem esperar que
os filhos cresçam para educá-los a respeito da família. É preciso ensinar-lhes
desde a mais tenra infância a amar o lar como o melhor lugar do mundo e a que
aspirem edificar uma família como sendo a realização mais importante das suas
vidas (Pv 22,6). Pais, invistam na espiritualidade, na vida com Deus, no
aperfeiçoamento do caráter, nos relacionamentos domésticos, nos sentimentos
nobres, nos desejos dignos e elevados, nos estudos, no desenvolvimento dos
talentos e na vida profissional dos filhos e levem-nos a buscar a estabilidade
econômica em função da família que irão formar. Ensinem-nos a conter os desejos
carnais de modo a que não cheguem ao casamento contaminados por relacionamentos
anteriores, com incontinência sexual, que é a mãe da infidelidade conjugal, ou
sem que estejam prontos para levar adiante e com êxito o maior, o mais
belo e o mais significativo empreendimento da vida humana: a família.
1.2. Quanto
ao tipo
Os jovens devem conceber em suas mentes e corações
o tipo de família que querem constituir. É a concepção correta do que se deseja
que possibilita o planejamento adequado à realização daquilo que se anela. Os
moços que querem uma família unida, harmoniosa, disciplinada, bem sucedida e
com todos os membros servindo a Deus, precisam fazer uma avaliação do que são,
do que fazem e do que têm, para averiguar se é suficiente para a execução do
projeto de vida deles. Devem procurar um par que tenha projeto semelhante e que
preencha as condições básicas para levá-lo a concretização.
1.3. Quanto
ao propósito
Os desígnios de Deus para a família já estão
determinados (Dt 26.19; Is 43.7), Portanto, os propósitos do crente têm que ser
subordinados aos de Deus. Defina os meios como sua família poderá atender
àquelas resoluções. Imite, obedeça, honre e glorifique a Deus. Peça a Deus que
o transforme, que o faça parecido com Ele. Permita que Cristo o transforme na
imagem e semelhança de Deus. Assim você poderá criar filhos que glorifiquem ao
Criador: imitando, obedecendo, respeitando e honrando os pais como você aos
seus, a seu cônjuge e a seu Deus (lCo 11,1; Ef 5,1). Se já se casou e tem
filhos, mas percebe que as coisas não foram ou não estão sendo feitas do modo
correto, procure acertar de hoje em diante, Certamente Deus será com
você.
2. Edificando
as bases para a família
Depois que o pecado entrou no mundo, ninguém jamais
encontrou condições favoráveis para construir um novo lar. O estrago foi feito
e atingiu a todos, A situação piora a cada dia. Mas em Cristo fomos gerados de
novo, numa semente incorruptível. Podemos edificar bases sólidas para os nossos
descendentes, na viva esperança de que nós e eles formaremos famílias do agrado
de Deus (IPe 1.3:23). Pode ser que você venha de uma estrutura familiar falida,
ou tenha crescido fora dos laços familiares, tenha sido abandonado quando
criança, ou seus pais não sejam cristãos, conheceu a Cristo depois de já ter
constituído um lar, ou, sendo cristão, se tenha descuidado ao seguir os
princípios bíblicos na formação e conduta da sua casa... Quem sabe teve a
felicidade de haver sido criado por pais crentes e exemplares? Qualquer que
seja o caso, quem quiser ter condições de formar uma família e conduzi-la
à plenitude de vida, terá que:
2.1.
Organizar a vida para a formação da família
A organização da vida para iniciar uma família
inclui: corrigir possíveis falhas de comportamento e caráter, que certamente
poderão ser reproduzidas pelos filhos (lembre-se, uma única semente pode
produzir centenas e até milhares de frutos, o mesmo ocorre com a reprodução do
pecado e do comportamento pecaminoso); resolver problemas de relacionamento,
seja com os pais, irmãos, amigos, vizinhos, namoro ou casamento anterior
(descobrir porque acabou, para não incorrer em outro fracasso); rever a relação
com o princípio de autoridade (filhos não reconhecem a autoridade de pais que
não aprenderam a submissão) e ser um verdadeiro adorador interessado em cumprir
os desígnios de Deus.
2.2. Criar
e/ou reunir condições para a formação da família
A criação é o conjunto de condições para a
edificação de uma família, abrangem: formação educacional e profissional dos
candidatos a marido e pai, esposa e mãe; arrumar e manter um emprego ou outro
meio de vida suficiente para o casal e para os filhos que virão; pagar as
dívidas...; aquisição de imóvel para residência da família (pagar as prestações
do imóvel é sempre mais seguro e prudente do que pagar aluguel ou morar na casa
dos sogros); começar o mais cedo possível alguma modalidade de poupança e/ou
investimento que possa ser utilizado em alguma emergência, ou nas férias com a
família, na educação formal dos filhos e até para deixar uma herança para eles
(Pv 13.22). Estas providências, entre outras, devem ser tomadas pelos que temem
a Deus, muitas delas até antes de se casarem e algumas devem perdurar por toda
a vida.
2.3. Avaliar
se o que foi e está sendo feito é bom e suficiente
Avaliações constantes, minuciosas e honestas de
todas as nossas ações, atitudes e providências tomadas para edificar as bases
do lar garantirão a tranquilidade, a paz, a segurança e o sucesso da família.
Imitemos a Deus também nisto. Ele só formou o homem depois de cumprir e
conferir todas as fases do Seu plano de ação e providências na edificação de
bases bem sólidas para o desenvolvimento e frutificação da humanidade (Gn 1.4a,
10b, 12b,18b, 21.b, 25b). Se o Deus Todo Poderoso conferiu cada etapa da sua
criação, por que nós, meras criaturas falíveis e mortais, não faremos o
mesmo?
3. Capacitando
os filhos para uma vida com propósito
Precisamos considerar que Deus tem propósitos
específicos para nossos filhos. É importante agir como Manoá, que orou ao
Senhor para que Ele lhe ensinasse como deveria criar Sansão (Jz 13, 8,12).
Ainda que não consigam entender completamente a extensão do propósito para o
qual estão sendo educados, crianças e adolescentes reagem melhor à educação e à
disciplina se forem informados do porquê de cada ação educativa e disciplinar a
que forem submetidos. Podemos educar nossa família para fins específicos:
3.1. Através
da educação espiritual e moral
Candidatos ao casamento precisam receber uma sólida
educação espiritual para que sejam capazes de: a) produzirem nos descendentes
uma consciência profunda da pecaminosidade humana, através de confiança
incondicional no amor e na misericórdia de Deus e dependência total do Espírito
Santo; b) levarem os filhos ao desejo e desenvolvimento do caráter de Cristo;
c) rejeitarem o mal; d) agirem com justiça e retidão; e) amarem a verdade e
dizê-la; f) serem benevolentes, misericordiosos, altruístas, fiéis, leais e equilibrados.
Estas, entre outras virtudes cristãs.
3.2. Através
da educação humana
Esta deve se constituir num dos principais
investimentos dos pais em si mesmos e nos filhos. Por ela, as gerações vão
legando, umas às outras, as experiências, os conhecimentos, a cultura acumulada
ao longo da história, permitindo tanto o acesso ao saber sistematizado, como a
produção de bens necessários à satisfação das necessidades humanas. Porém, a
educação formal - aquela adquirida na sala de aula - não é neutra em matéria de
fé, religião, valores e princípios morais e espirituais e propósito da vida.
Por conta disso, pais cristãos devem ser primorosos no cuidado, e acompanhar de
perto a educação das crianças, para ensinar-lhes a detectar o mal e rejeitá-lo,
a compartilhar a fé, a ética, os princípios e valores cristãos, a fim de
levarem os colegas e professores a Cristo e ao conhecimento do propósito de
Deus para eles. Lembrem-se: Se a criança, o adolescente ou o jovem cristão não
forem ensinados ao ponto de se tornarem capazes de influenciar os colegas não
cristãos, certamente serão influenciados por eles, que farão de tudo para
desviá-los do propósito de Deus.
3.3. Através
da reunião de recursos materiais
Isto não significa juntar
dinheiro suficiente para que os filhos não precisem trabalhar. Mesmo no Éden, o
homem tinha um trabalho a realizar (Gn 2.15). Reunir recursos materiais para os
filhos é dar a eles o suficiente para que comecem uma vida independente dos
pais. Não será a quantidade destes recursos que determinarão o sucesso deles,
mas a capacitação que lhes dermos para abraçarem um propósito, definirem as
prioridades em função daquele propósito e administrarem a fé, o tempo, as
energias, as emoções, o aperfeiçoamento pessoal, os recursos e o dinheiro de
modo a alcançarem o alvo.
CONCLUSÃO:
Que cada pai e mãe possam ajudar seus filhos a não
dispensarem as etapas fundamentais na formação da família. Que os princípios norteadores
aqui discutidos possam ajudar a edificar as bases do lar que são necessárias à tranqüilidade,
à paz, à segurança e ao sucesso de nossa família.
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