Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

terça-feira, 26 de junho de 2012

A DIVINDADE DE JESUS


Jesus Cristo - O mestre da evangelização


LIÇÃO 01 – A DIVINDADE DE JESUS
01 DE JULHO DE 2012

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Cl 1.15-18
  • Terça feira:  Fl 25.8
  • Quarta feira: Jo 1.1
  • Quinta feira:  Jo 1.14
  • Sexta feira:  Jo 1.11
  • Sábado: Jo 1.12


TEXTO ÁUREO
João 1:1 "NO princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus."

VERDADE APLICADA
O meio mais completo de revelação de Deus é a encarnação, em que a vida e o discurso de Jesus foi a manifestação especial do Pai.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·        Apresentar Jesus como tema central do Evangelho de João;
·        Mostrar que Jesus foi rejeitado e que podemos também ser;
·        Revelar aos homens que Jesus é Deus.

GLOSSÁRIO
·        Axiomática: que encerra um axioma; evidente, incontestável, inquestionável;
·        Encarnação: ato ou efeito de encarnar;
·        Filosofia: conjunto de concepções filosóficas comuns a determinado grupo, época ou região;

HINOS SUGERIDOS
·         41; 124; 412

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 1.1- No prinpio, era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus,

Jo 1.2 - Ele estava no princípio com Deus.
Jo 1.3 - Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez.

Jo 1.4 - Nele, estava a vida e a vida era a luz dos homens;
Jo 1.5 - e a luz resplandece nas trevas, e as trevas não a compreenderam.

Jo 1.6 - Houve um homem enviado de Deus, cujo nome era João.

Jo 1.7 - Este veio para testemunho para que testificasse da luz, para que todos cressem por ele.

Jo 1.14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.  Quem é Jesus segundo João?
2.  A encarnação de Jesus
3.As bênçãos da encarnão
Co
nclusão

INTRODUÇÃO
O propósito maior do Evangelho de João é afirmar que Jesus é o Filho eterno de Deus (Jo 20.31). O autor, segundo a tradição judaico-cristã, é o próprio João, o apóstolo. Ele é aquele discípulo a quem Jesus amava e que estava presente na última ceia, na crucificação, e ao túmulo vazio do Senhor. Na Bíblia, há quatro livros biográficos sobre Jesus, os primeiros três são geralmente conhecidos como sinóticos João é impar porque nos ajuda a entender os outros três. Pois dá uma interpretação mais profunda da vida do Senhor.


1. QUEM É JESUS SEGUNDO JOÃO?
O Evangelho de João é, obviamente, notável por suas referências à divindade de Jesus. Já no princípio de seu livro, João expressa particularmente essa ideia: "No princípio, era o Verbo, e Verbo estava com Deus, e Verbo era Deus" (Jo 1.1).

1.1. Ele é eterno:
João 1.1 começa de modo semelhante ao primeiro livro do Antigo Testamento Gênesis 1.1: "No princípio". E uma indicação de que o "Verbo" já existia na eternidade. Para comprovar sua tese, com ousadia e a criatividade, João escreveu apelando para os textos do Antigo Testamento contrastando os judeus que pensavam serem os verdadeiros herdeiros do Reino de Deus. João faz alusão a Gênesis 1.1, "No princípio," período que iniciava a história da primeira criação; mas, em João 1.1, inicia-se a história da nova criação. Nas duas obras de criação, o agente é a Palavra de Deus.
Para muitos o termo "verbo" é uma tradução inadequada do vocábulo grego "logos", porém é muito difícil encontrar uma palavra mais adequada. Segundo F.F. Bruce o termo "logos" era conhecido em algumas escolas gregas de filosofia, onde significava o princípio de razão ou ordem imanente do universo, o princípio que dá forma ao mundo material e constitui a alma racional do ser humano. “Entretanto não devemos procurar o pano-de-fundo do pensamento e da linguagem de João no contexto filosófico grego, mas na revelação hebraica”, nos conteúdos bíblicos que demonstram a presença de Jesus no princípio de tudo (Cl 1.16-17; 1Co 8.6).

1.2. Ele é Divino:
João define que "o verbo era Deus". Tal pensamento vai permear todo o Seu Evangelho, em que o próprio Jesus faz várias declarações, utilizando-se da expressão "Eu sou". Coisa que um judeu em sã consciência não faria jamais, pois essa expressão apenas se aplica a Deus, mas Jesus disse: "eu sou o pão da vida" (Jo 6.48); "eu sou a luz do mundo (Jo 8.12); "antes que Abraão existisse, eu sou"(Jo 8.58); "eu sou a porta" (Jo 10.9); "eu sou o bom pastor" (Jo 10.11); "eu sou a ressurreição e a vida" (Jo 11.25). João apresenta Jesus como o próprio Deus, uma revelação que mais tarde os apóstolos também vão confirmar, porque não houve como negar que Cristo é a representação visível do Deus invisível (CI 1.15).

1.3. Ele é criador:
O texto de introdução do Evangelho de João não é a única que aborda Jesus como o criador de todas as coisas (Jo 1.3). Em Hebreus 1.2 diz que o "Filho de Deus também criou o mundo"; em Apocalipse 3.14, ele é mencionado como o "princípio de todas as coisas"; como membro da trindade, Ele criou o mundo (Gn 1.1), e participou da criação do homem (Gn 1.26; 1Co 8.6; cf. Cl 1-16,17). Então, conclui-se que todos nós somos impelidos a prostra-nos de joelhos em adoração diante de Jesus Cristo, pois Ele é apresentado por João em todo tempo, maior do que qualquer um de sua época, de fato, Jesus é o próprio Deus criador que habitou entre nós (Jo 1.14).
Qualquer discípulo de Cristo deve estar plenamente resolvido quanto à identidade real de Jesus. Caso tenha dúvidas, deve procurar saná-las para que, só então possa se lançar na aventura da obra evangelizadora. Do contrário, mais cedo ou mais tarde ficará à beira do caminho com os céticos. Não é pecado ter dúvidas quando se está em busca da fé. Daí a importância de investigar-se, inquirir e buscar conhecer Jesus com os mais experientes na vida cristã. Um crente deverá demonstrar tal interesse e humildade para o seu desenvolvimento na fé e futuramente ajudar os mais novos. Outra coisa importante é que há uma luz capaz de iluminar o nosso interior sombrio e nos guiar na verdade de Deus (Jo 1.9).


2. A ENCARNAÇÃO DE JESUS
Jesus veio ao mundo como um ser totalmente humano. Um conhecido judeu do I século d.C., participando de todas as atividades de um ser humano comum. Diferente de reencarnação, Ele de fato encarnou, fez-se homem e habitou entre nós (FI 2.5-8). E manifestou- se entre os homens como luz do mundo (Jo 1.4). Veio para eliminar as trevas profundas da humanidade. Essa é uma verdade essencial, negada terminantemente pelos gnósticos da época. Eles afirmavam que a encarnação de Jesus não teria sido real (I Jo 4.2,3). Mas João consegue provar que, de fato, Ele esteve entre os homens.

2.1. O testemunho de João Batista:
João Batista apontou para Jesus e disse que Ele era o Messias. O Messias que havia dito que viria depois dele, e afirmava que Ele era superior ao seu ministério. João Batista fez questão de dizer que o Senhor sempre foi maior do que ele. E testemunhou, dizendo que todos sempre viveram de sua generosidade, recebendo dádivas, uma após outra. João Batista não fracassou em sua missão especial de testemunhar acerca da chegada iminente do Messias pré-existente, que traria graça e a revelação especial de Deus (Jo 1.15-18).

2.2. A rejeição dos homens:
Apesar de o mundo existir por causa de Jesus, mesmo assim o mundo não o acolheu (Jo 1.10), Ele veio para o seu povo, mas eles não o quiseram (Jo 1.11). No entanto houve os que o quiseram de verdade, que acreditaram em sua mensagem, e não duvidaram de seus feitos. Então o Senhor fez deles o seu povo predileto, de propriedade exclusiva. Homens e mulheres que foram feitos filhos de Deus, não nascidos de sangue, nem de carne, mas gerados segundo o poder do Senhor (Jo 1.12).


2.3. A manifestação do Verbo:
Aqui reside um grande mistério da salvação, em que ela se torna possível ao homem mediante a manifestação. do verbo. O fato de a Palavra preexistente estar na eternidade, nada influencia o destino humano, mas quando o verbo se faz carne, Ele nos traz as riquezas da sua divindade, dada a capacidade de satisfazer o homem no seu anseio por Deus. Jesus, a Palavra, não nasceu como um homem comum que foi trazido a esse mundo mediante a união do casal José e Maria, pois Ele existia. O Verbo, para encarnar, foi-lhe necessário se despir da sua glória celestial para pertencer à humanidade (FI 2.5-8) como um príncipe que se veste igual a um plebeu e entre eles anda, para conhecer mais de perto a vida deles. Assim o Verbo "habitou" entre os homens, e fez a sua tenda aqui.
Há três Lições a serem aprendidas: a primeira é que ao comunicarmos o evangelho, necessitamos mostrar um cristianismo não apenas teórico, mas prático, e que não se distancia das pessoas. A segunda é que, se o Verbo foi rejeitado, em vários momentos, também, sê-lo-emos e não devemos entender isso de maneira pessoal, nem como uma ofensa particular, pois estamos em missão como embaixadores do reino celestial. Por último, a humildade exemplificada pelo Verbo que se fez carne, deve nos acompanhar no olhar, nas atitudes e em nossas palavras, porque em geral ninguém gosta de pessoas altivas. Jesus, o Verbo sabiamente desceu ao nível das pessoas para Lhes comunicar o supremo bem, e é essa a maneira eficiente que temos para cooperar com a transformação de vidas e da sociedade em que estamos inseridos.

3. AS BENÇÃOS DA ENCARNAÇÃO
Jesus, ao encarnar e viver entre os homens comunicou suas bênçãos, enriquecendo a experiência humana com o que há de melhor do céu, a Sua própria natureza. Sua presença modificou comportamentos, trouxe esperança e pavimentou as estradas esburacas da alma humana, Sua graça, Sua verdade e Sua glória, marcaram para sempre, a história

3.1. A Graça de Jesus
Nas Escrituras, as palavras que traz a tradução para graça são "hen" (heb.) e charis" (gr.). Essas duas palavras não têm o mesmo significado da palavra graça como se conhece na língua portuguesa, que implica virtude pessoal. Nas palavras de J.I. Packer, indica uma "relação objetiva de favor imerecido conferido por alguém superior a outro inferior, que, no caso da graça de Deus para com a pessoa humana, está ligado às ideias de pacto e de escolha" (Ef 2.1-8). E essa ação de Deus para com a humanidade resultou em vidas transformadas, mediante um chamado de Deus eficaz, com fé e arrependimento (GI 1.15; Ef 2,8,9; 2Tm 2.25).

3.2. Jesus é a verdade
A verdade já não está encoberta e agora está acessível a todos. A encarnação de Jesus proporcionou o conhecimento sobre o Deus que Israel demorou a entender Jo 1.11). Agora todos podem amar a "verdade", como bem disse Agostinho: "amando a verdade somos capazes de vivê-la. Vivendo a verdade, nossas próprias vidas se tornam verdadeiras. Nós nos tornamos o que devemos ser"; filhos de Deus a sua imagem e semelhança (Gl 4.19).

3.3. A Glória de Jesus
Quando João escreveu, "vimos a sua glória, glória como unigênito do Pai". Ele estava dando um testemunho do qual presenciou e participou ativamente, visto que ele foi discípulo direto de Jesus. Ele testemunhou essa glória, manifestada do unigênito Filho de Deus, de uma forma relacional e eterna com o Pai (Jo 1.14). Ao testemunhar assim, João também preocupou-se com as heresias de natureza filosóficas da época quanto à divindade de Jesus, principalmente de um grupo gnóstico que ensinava que Jesus não veio em carne, mas de maneira aparente, como se vê um fantasma. João testemunha de um Jesus encarnado que morreu, mas ressuscitou em carne também, o contrário disso é heresia demoníaca (Jo 20.11-18; Lc 24.33-43). Logo percebemos um aspecto de defesa nesse evangelho que também nos mostra o que às vezes a nós será necessário fazer.
Os efeitos da manifestação do verbo podem ser sentidos de maneira teórica e prática na experiência de um cristão. Aquele que experimentou a glória de Deus sabe que não se trata de uma mera experiência psicológica, mas perfeitamente possível. na nossa existência através da fé e da habitação do Espírito Santo na Igreja. O que precisamos é fazer as pessoas ouvirem essas realidades para que creiam e mudem de vida, esse é o compromisso evangelístico a nós outorgado.


CONCLUSÃO
O evangelho de João procura mostrar de fato quem Jesus é, ele revela a sua identidade divina sem rodeios, mas de forma axiomática. Ele não se distancia das questões difíceis de seu tempo que envolvia necessidade de respostas mais bem elaboradas, ele vai profundamente a fonte de Vida e, com ousadia, traz de lá o seu ensino e pregação eloquentes. Nem tampouco ele tem medo de inovar fazendo uso das filosofias gregas, mostrando quem de fato era o Verbo verdadeiro.

QUESTIONÁRIO

1.      Qual o pensamento que permeia todo o Evangelho de João?
R. Que o verbo era Deus.

2.      Quais são os três aspectos apresentados acerca de quem é Jesus?
R. Eternidade, divindade e criador de tudo quanto existe.

3.      O que nos proporcionou o conhecimento sobre Deus segundo a lição?
R. A encarnação de Jesus.

4. Cite a declaração de Agostinho sobre a verdade.
R. "amando a verdade somos capazes de vivê-la. Vivendo a verdade, nossas próprias vidas
se tornam verdadeiras. Nós nos tornamos o que devemos ser".

5. Quais os três efeitos da encarnação?
R. A Palavra trouxe graça, verdade e glória.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JESUS CRISTO - O MESTRE DA EVANGELIZAÇÃO
 – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 01.

Um comentário: