LIÇÃO 9 – 01 de
setembro de 2013
Abraçando o modelo disciplinar de Jesus
TEXTO AUREO
“Bem-aventurado aquele que lê, e
os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão
escritas; porque o tempo está próximo”. Ap 1.3
VERDADE
APLICADA
Todas as verdades e princípios
bíblicos referentes ao relacionamento de Cristo com a Igreja são aplicáveis ao
relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na família
cristã.
OBJETIVOS DA
LIÇÃO
► Assegurar que o ofício dos
pais em relação aos filhos se assemelha ao ofício de Jesus em relação à Igreja;
► Ensinar que o modo como
Jesus se relaciona com as diferentes congregações fornece molde seguro para o
relacionamento conjugal e para criação, educação e disciplina na família
cristã;
► Insistir que as virtudes de
Cristo sejam conhecidas de nossos filhos.
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
Ap 1.3 - Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta
profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está
próximo.
Ap 1.10 - Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de
mim uma grande voz, como de trombeta,
Ap 1.11 - que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete
igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a
Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.
Introdução
Todas as verdades es princípios
bíblicos referentes ao relacionamento entre Cristo e a Igreja são aplicáveis ao
relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na
família cristã. Com esta convicção tomaremos como texto-chave para o estudo
desta lição os capítulos de 1 a 3 da Apocalipse. Eles fornecem modelo singular
e infalível de disciplina no lar. Na presente lição traçaremos o perfil dos
pais (casal à luz daquilo que o Apóstolo pode ver no do perfil de
Cristo.
1. A autoridade de Jesus
Cristo
Jesus chama os anjos das Igrejas
de “estrelas”. Isto significa que a vida dos pastores deve emitir a luz que
emana de Deus. Porque a eles Deus coloca em alta posição, delega
autoridade e dá do Seu poder e força para que guiem e protejam o rebanho. Ele
declara que possui os pastores em Sua mão direita. Sempre que a Bíblia fala de
destra, mão direita e braço direito de Deus, estão em vista principalmente a Sua
força e Seu poder. Isto mostra que os líderes das Igrejas são sustentados,
protegidos e controlados por Deus, a fim de que possam desempenhar
bem a missão que lhes foi confiada. Do mesmo modo. pais cristãos:
1.1. Devem viver
debaixo da autoridade de Deus
Pais verdadeiramente cristãos são
aqueles que vivem sob a proteção, o controle e a autoridade de Deus. Somente
assim conseguirão proteger os filhos. Como as sete estrelas, recebem de Deus
autoridade, força, poder, sabedoria e conhecimento. Suas vidas ilibadas
resplandecem sobre os filhos de modo a conduzi-los diuturnamente ao propósito
estabelecido para eles e a guiá-los na e para a segurança da salvação.
1.2. Devem passar o maior
tempo possível com os filhos e andar no meio deles
Jesus prometeu aos discípulos que
edificaria a Sua igreja e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam
contra ela (Mt 16.18). Em que se fundamenta tão extraordinária garantia? Sem
dúvida reside no fato de Jesus estar com a igreja e viver no meio dela e de ser
Ele mesmo que, através dela. investe contra as portas do inferno (Ap 2.1 “Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: “Estas são as palavras daquele que
tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de
ouro.). Assim
como a Igreja precisa unicamente da presença de Cristo para viver neste mundo e
da garantia que Ele oferece de que não lhe faltará em sua luta contra as
fortalezas do príncipe das hostes espirituais da maldade, filhos precisam mais
da presença ativa dos pais do que de brinquedos, roupas e outros objetos.
Filhos precisam que os pais
andem com eles e não somente que lhes apontem o caminho certo ou que lhes
descrevam os inimigos que encontrarão peta frente. Eles precisam ser
edificador sobre princípios e valores que tenham a solidez das rochas
milenares. Eles necessitam da segurança que, somente o casal de pais
unidos em amore respeito mútuo, pode lhes oferecer.
1.3. Devem saber equilibrar
elogios e repreensões
Jesus elogiou todos os anjos das
Igrejas que apresentavam obras dignas de louvor. Também os repreendeu naquilo
que falharam. Assim os pais devem prestar atenção nos filhos e elogiá-los
naqueles aspectos em que são merecedores. Porém, não podem descuidar das
repreensões quando elas se fizerem necessárias. Filhos necessitam da correção
amorosa e constante oferecida diretamente pelos pais. Elogios e reconhecimento
são importantes para manter os filhos sempre estimulados e para que saibam que
acertaram e que seus acertos alegram e dão prazer aos pais, mas não são
suficientes para transformar crianças nascidas no pecado em pessoas capazes de
vencer toda e qualquer sorte de tentação, pressões e provocações, tanto de
agentes humanos, quanto de agentes espirituais. Por isso, com amor e moderação,
repreenda seus filhos e corrija-os quando falharem.
2. Filhos são preciosos,
virtuosos e úteis
Jesus considera as sete igrejas
como úteis e feitas de material precioso e incorruptível (Ap 2.12 “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva: “Estas são as palavras daquele
que tem a espada afiada de dois gumes.). Ah, se
aprendêssemos de Jesus no trato com nossa família! Veríamos nossos filhos como
ouro e não como qualquer material perecível mediante exposição ao fogo, a água
ou a qualquer outra forma de purificação. Assim, lembremo-nos sempre:
2.1. Que nossos filhos são
capazes de suportar a correção
Nós, pais, não devemos desviar a
correção de nossos filhos com receio de que eles não a suportem ou que deixem
de nos amar. Ao contrário, precisamos submetê-los, com zelo e amor a métodos
disciplinares adequados a cada um, para libertá-los de suas fraquezas e
imperfeições. Assim, suas virtudes se levantarão e aparecerão vitoriosas com o
ouro que perde suas escorias quando provado no fogo e se torna ainda mais
precioso e seu brilho resplandece mais, muito mais. quando lavado e polido.
2.2. De destacar as virtudes dos
membros de nossa família
Há outro aspecto muito importante
de Apocalipse 1.12 (Voltei-me
para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro) que pode ser aplicado às relações familiares e à disciplina
doméstica. Trata-se do fato de que Jesus, antes de tudo, mostrou a João a
qualidade, o valor e a utilidade das Igrejas. Embora tudo tenha sido dado à
Igreja pelo próprio Cristo. Ele permitiu que ela se destacasse a ponto de João
ver primeiro a ela, e só depois a Cristo. Quanto sucesso obteríamos se
observássemos o método de Jesus na educação de nossos filhos e no trato com
nosso cônjuge! Destaquemos e deixemos que as pessoas vejam suas qualidades, o
valor e a utilidade que eles têm para nós, para Deus e para a sociedade. Não
precisamos temer que eles, brilhem mais do que nós, ao contrário, devemos
trabalhar para isso, desejar e esperar que tal aconteça (Jo 14.12 Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que
tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo
para o Pai.; Mt 5.16 Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas
boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.). E. quando precisarmos exibir os defeitos, falhas e imperfeições deles
e aquilo em que precisam ser corrigidos e aperfeiçoados, o faremos com amor e
respeito e no recesso do lar. Então a disciplina será boa, doce e útil, e fara
sentido parti eles.
2.3. Devemos reconhecer as
diferenças entre um filho e outro
No capitulo 1.11 (que dizia: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete
igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”.) vemos Jesus ordenar a João: “o que vês, escreve-o num livro,
e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso. e a Esmirna. e a Pérgamo,
e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Quando lemos o que
Jesus mandou João escrever nas dedicatórias da carta que enviou às sete
Igrejas, observamos que Jesus conhecia bem aquelas congregações. Notava as
diferenças entre elas. por isso nada é repetitivo. As repreensões,
advertências, elogios, e promessas são todas distintas e baseadas nas
circunstâncias e condições de existência de cada uma delas, em particular.
Jesus nunca faz comparação entre as Igrejas; não pediu à morna Laodicéia que
imitasse a fervorosa Filadélfia. Assim, pais cristãos devem agir com os filhos.
Corrigir, castigar, se for necessário, estimular as boas ações e
comportamentos, elogiá-los de acordo com as características particulares de
cada um. Compará-los ou esperar que se tornem iguais seria um erro grave, pois
poderia, entre outras consequências, gerar mágoas, ciúmes e disputas entre
eles.
Jesus mandou que João
escrevesse em um livro, e que fizesse copias fiéis, a revelação
que lhe dera em Patmos. Entretanto, em respeito às singularidades de cada
congregação, o conteúdo de cada cópia deveria ser precedido de uma
dedicatória personalizadas, exclusivas e diferente para cada destinatária. No
que que concerne à família, entender e respeitar as diferenças
existentes entre um filho e outro não significa utilizar princípios e
valores diferentes para lidar com cada um deles, mas, que os mesmos
princípios e valores devem ser aplicados a todos os filhos, através de métodos
que respeitem suas diferenças.
3. A influência de Jesus
Cristo
Todas as vezes que Jesus se
refere a si mesmo como primeiro e último, fala da Sua preexistência a tudo o
que foi criado e da Sua subsistência mesmo em lace do fim da Criação ou da
inexistência dela. o que mostra que Ele não é outro senão o próprio Deus.
Quando Ele diz que foi morto, mas reviveu, mostra que Sua vida, Seu poder. Sua
Palavra, ensinamento e influência resistem e sobrepujam às ações de qualquer
inimigo, superando todo obstáculo. Mostra ainda que Ele é o primeiro na vida da
Igreja, e esta só subsistirá se Ele também for, para ela, o Último. Seguindo
esta linha de pensamento, e comparando o ofício dos pais em relação aos filhos
com o de Jesus em relação à Igreja, podemos afirmar que:
3.1. Os casais são e devem ser
precedentes aos filhos
Ora, espera-se que nas Igrejas
que compõem o Corpo do Senhor Jesus, qualquer casal seja precedente aos filhos,
mas, além disto, o casal cristão deve subsistir como tal mesmo que não tenha
filhos. Pois, as primeiras impressões na alma dos filhos devem ser profundas e
feitas pelos pais para marcar-lhes o ser de tal forma, que tudo o que vier
posteriormente não tenha o poder de apagar aqueles sinais imorredouros.
3.2. Os casais são e devem ser o
exemplo dos filhos
Jesus conquistou o direito e a
autoridade de pedir aos crentes de Esmirna que se mantivessem fiéis, mesmo com
risco de serem mortos (2.10c). porque Ele próprio deu-lhes tal exemplo de
fidelidade diante da morte e demonstrou poder de superá-la: Ele foi morto e
reviveu , (Ap 2.8 “Ao anjo da igreja em Esmirna
escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu
e tornou a viver.). Do mesmo modo. pais cristãos
precisam ser destemidos e dar exemplos de fidelidade incondicional ao Senhor
diante da passagem e ação de violentas ondas de impiedade e imoralidade movidas
por uma sociedade que deseja apagar as marcas de Deus da história. O modo de
vida dos casais cristãos, o temor de Deus que os guarda e guia, o poder de seus
ensinamentos, de sua fé e influência e de seus princípios e valores, devem
manter-se inabaláveis na vida dos seus descendentes e subsistir de geração em
geração.
3.3. Os casais devem ser
referencial de esperança dos filhos
Nem sempre é possível que os
filhos vejam, com olhos carnais, a recompensa de seus pais por se terem mantido
íntegros e fiéis ao Senhor em tudo. Porém, o fervor e a alegria com que
conservam a fé, aliada às obras próprias de filhos de Deus; a perseverança
deles na convicção de que, mesmo que não seja nesta vida, receberão a
recompensa e a fé inabalável que os mantém e os manterá fiéis até a morte ou
até a volta de Jesus, criam e cimentam no coração dos filhos uma viva e boa
esperança (Rm 5.2-5).
O modo como os pais encaram os
sofrimentos e tribulações normais e comuns a rodos os seres
humanos ou aqueles sofridos por amor a Cristo, por causa da vida e do serviço cristão,
farão com que os filhos tenham “por certo que as aflições deste presente
não são para comparar com a gloria que em nós há de ser revelada” e de que
um dia eles e seus pais, juntos, receberão das mãos dAquele
que foi morto e reviveu, a coroa da Vida.
Conclusão
Queridos irmãos, vivamos sob a
proteção, controle e autoridade de Deus. Imitemos a Cristo no trato com nosso
cônjuge e na educação de nossos filhos. Assemelhemo-nos a Jesus a ponto de
podermos marcar as almas de nossos queridos com impressões tão profundas do
Senhor que nada do que vier posteriormente tenha o poder de apagar aqueles
sinais eternos.
QUESTIONÁRIO
1. O que revela a declaração
“pastores em sua mão direita”?
R: Revela que os
líderes das Igrejas são sustentados, protegidos e controlados por
Deus a fim de que desempenhem bem a missão que lhes foi confiada.
2. Como vivem os pais verdadeiramente cristãos?
R Pais verdadeiros
cristãos são aqueles que vivem sob proteção, o controle e autoridade
de Deus.
3. Como deve ser o equilíbrio no
elogio e repreensão?
R: Os pais devem prestar
atenção nos filho e elogiá-los naqueles aspectos em que sãa necessários. Porém, não podem descuidar das repreensões quando elas se fizerem
necessárias.
4. O que produz a correção com
zelo e amor aos filhos?
R: As atitudes dos
filhos irão aparecer com mais resplendor.
5. Como os casais podem ser
esperança para os filhos?
R: Através do fervor e alegria
com que conservam a fé, pela sua perseverança na convicção de aguardar a volta
de Jesus.
REFERÊCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel
3º Trimestre de 2013, ano 23 nº 88 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor
- Família cristã resgatando os valores
Cristãos na era dos relacionamentos descartáveis.
Comentário Bíblico Expositivo –
Warrem W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo
Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo
Testamento
Comentário Bíblico Matthew
Henry - Novo Testamento
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal –
BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição
revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores
– CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade