LIÇÃO 3 – 20 de
Janeiro de 2013
A ignorância de uma geração
TEXTO AUREO
“E foi também congregada toda aquela
geração a seus pais, e outra geração após e lesse levantou, que não conhecia o
Senhor, nem tampouco a obra que fizera a Israel”. Jz 2.10
VERDADE APLICADA
Toda a geração que desprezar o ensino
da vontade do Senhor estará escravizada por u m a sutil vã maneira de viver,
ficando a mercê do servilismo alheio como aconteceu aos filhos de Israel.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
► Apontar que coisas trouxeram a vaidade pessoal e escravidão;
► Mostrar as terríveis consequências de se desprezar o ensino;
► Aplicar a necessidade d e nos preocuparmos em ensinara vontade de
Deus.
TEXTOS DE REFERÊNCIA
Jz 2.8 – Faleceu, porém, Josué, filho de Num, servo do Senhor, da idade de
cento e dez anos.
Jz 2.9 – E sepultaram-no no termo da sua herdade, em Timnate-Heres, no
monte de Efraim, para o norte do monte Gaás.
Jz 2.10 – E foi também congregada toda aquela geração a seus pais, e outra
geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra
que fizera a Israel.
Jz 2.11 – Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do
Senhor; e serviram aos baalins.
Introdução
Hoje
estudaremos sobre os grandiosos feitos de Deus na geração de Josué. Como o povo
de Israel desfrutou com intensidade, da prosperidade divina enquanto estiveram
no caminho da obediência com Ele, usufruindo de uma vida de qualidade, muita
chuva, terras férteis e abundantes colheitas. No entanto foram contaminados com
os costumes dos pagãos e apostataram da fé. Mas vamos ver que a importância de
um legado espiritual pode fazer toda a diferença para as gerações futuras.
1. Ageração de Josué
O Deuteronômio
é um resumo da Lei de Deus para os filhos de Israel que estavam
prestes a entrar na terra prometida. Josué recebeu a incumbência de liderar as
tribos na conquista da terra, substituindo Moisés, sem jamais deixar o livro da
Lei. Evidente que coube a ele também se prover de mestres que ensinassem ao
povo das tribos, esse foi um legado glorioso. Seu zelo está exemplificado quando
circuncidou todos os homens e celebrou a páscoa, (Js 5.4-12). E foi esta a causa por que Josué os circuncidou:
todo o povo que tinha saído do Egito, os varões, todos os homens de guerra,
eram já mortos no deserto, pelo caminho, depois que saíram do Egito. Porque
todo o povo que saíra estava circuncidado, mas a nenhum do povo que nascera no
deserto, pelo caminho, depois de terem saído do Egito, haviam circuncidado.
Porque quarenta anos andaram os filhos de Israel pelo deserto, até se acabar
toda a nação, os homens de guerra, que saíram do Egito, que não obedeceram à
voz do SENHOR, aos quais o SENHOR tinha jurado que lhes não havia de deixar ver
a terra que o SENHOR jurara a seus pais dar-nos, terra que mana leite e mel.
Porém, em seu lugar, pôs a seus filhos; a estes Josué circuncidou, porquanto
estavam incircuncisos, porque os não circuncidaram no caminho. E aconteceu que,
acabando de circuncidar toda a nação, ficaram no seu lugar no arraial, até que
sararam. Disse mais o SENHOR a Josué: Hoje, revolvi de sobre vós o opróbrio do
Egito; pelo que o nome daquele lugar se chamou Gilgal, até ao dia de hoje.
Estando, pois, os filhos de Israel alojados em Gilgal, celebraram a Páscoa no
dia catorze do mês, à tarde, nas campinas de Jericó. E comeram do trigo da terra,
do ano antecedente, ao outro dia depois da Páscoa; pães asmos e espigas
tostadas comeram no mesmo dia. E cessou o maná no dia seguinte, depois que
comeram do trigo da terra, do ano antecedente, e os filhos de Israel não
tiveram mais maná; porém, no mesmo ano, comeram das novidades da terra de
Canaã.
1.1. Os grandiosos feitos de Deus, (Jz 2.7 E serviu o povo
ao SENHOR todos os dias de Josué e todos os dias dos anciãos que prolongaram os
seus dias depois de Josué e viram toda aquela grande obra do SENHOR, a qual ele
fizera a Israel.)
Josué e os demais líderes (anciãos) de
Israel, viveram muito tempo e desfrutaram muito da presença de Deus e dos
grandiosos feitos divinos. Quer dizer, eles vivenciaram o poder de Deus que os
ajudou a conquistar Canaã. Assim puderam testemunhar a ajuda divina a nova
geração que ia surgindo logo após, essa geração também continuou dependendo de
Deus para continuar as suas conquistas (Jz 1.2-4 E disse o SENHOR: Judá subirá; eis que lhe dei esta terra na sua mão.
Então, disse Judá a Simeão, seu irmão: Sobe comigo à herdade que me caiu por
sorte, e pelejemos contra os cananeus, e também eu contigo subirei à tua, que
te caiu por sorte. E Simeão partiu com ele. E subiu Judá, e o SENHOR lhe deu na
sua mão os cananeus e os ferezeus; e feriram deles em Bezeque a dez mil homens.). Até aí tudo bem, mas algo
imperceptível ia acontecendo, um arrependimento do zelo em ensinar e um
esfriamento espiritual que ia se propagando.
Nesse ponto da história de Israel,
Josué estava lado a lado com Moisés como grande herói e, no entanto, a nova
geração não reconheceu quem ele era nem o que havia feito. Em seu conhecido
romance 1984, George Orwell escreveu: "Aquele que controla o passado
controla o futuro; aquele que controla o presente controla o passado".
Uma vez que assumiram o controle do presente, tanto Hitler quanto Stalin
reescreveram a história, ou seja, o passado, a fim de que pudessem controlar
os acontecimentos futuros, e, por algum tempo, foram bem-sucedidos. Como é importante
as novas gerações reconhecerem e valorizarem os grandes homens e mulheres que
ajudaram a construir e a proteger sua nação! E terrível quando historiadores
"revisionistas" ridicularizam heróis e heroínas do passado a ponto
de transformá-los quase em criminosos.
1.2. A vontade de Deus para o povo
Para Josué foi importante transferir o
seu legado espiritual, social e econômico a sua família. Ele, diante do povo,
disse: “Eu e a minha casa servirem os ao Senhor” (Js 24.15 Se, porém, não lhes agrada servir ao SENHOR, escolham hoje a quem irão
servir, se aos deuses que os seus antepassados serviram além do Eufrates, ou
aos deuses dos amorreus, em cuja terra vocês estão vivendo. Mas, eu e a minha
família serviremos ao SENHOR ”.). No fundo, a fé que Josué tinha
em relação à vontade de Deus era uma resposta a Ele. Foi uma disposição para um
compromisso integral com Sua vontade. Josué desejou a vontade de Deus, escolheu
ser obediente a Deus que é o elemento essencial à fé cristã.
Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor.
Este versículo com toda a razão
tem-se tornado famoso, sobretudo em lares evangélicos. Incontáveis sermões têm
sido pregados a respeito dessa declaração de Josué. A vida consiste em uma
continua confrontação com escolhas a serem feitas. Os pais e os lideres
precisam apresentar uma boa orientação para que os filhos e os liderados possam
tomar decisões baseadas em boas informações.
Este versículo enfatiza o dever que
os país têm de ajudar seus familiares a fazer escolhas acertadas. Um pai deve
três coisas a seus filhos: exemplo; exemplo; exemplo. Josué deu exemplo aos
seus familiares e também a todo o povo de Israel, que estava debaixo de suas
ordens. Josué tinha acabado de fazer a revisão dos poderosos atos de Deus em
favor do povo de Israel. Ele tinha estabelecido razões para que os hebreus
obedecessem a Yahweh. Deus se havia exibido por meio dos acontecimentos
históricos. Deus é que tinha brandido o Seu poder e tinha feito tudo. Ver I
Reis 18.21. Josué, pois, não achara a menor dificuldade em fazer a sua escolha.
Um verdadeiro mestre afeta a
eternidade.
Jamais poderá dizer onde cessa a sua
influência.
(Henry Adams)
As crianças têm maior necessidade de
modelos do que de críticos.
(Joseph Joubert)
1.3. As conquistas das terras
As terras de
Canaã estavam distribuídas entre muitos reinos pequenos, mas bem resguardados.
Deus havia prometido a Abraão dar aquela terra a sua descendência, assim, nos
dias de Josué, o povo havia amadurecido o suficiente para herdar a promessa. O
povo que habitava nela usufruía de uma vida com qualidade, muita chuva, terras
férteis, abundantes colheitas, todavia viviam no mais completo paganismo
antagônico à vontade de Deus. As maldades daqueles povos cheiravam mal às
narinas de Deus, o que foi completando, à medida da paciência divina. Enquanto
isso, no deserto, os filhos de Israel iam sendo provados e treinados à
obediência. Daí, quando chegou o tempo certo, eles finalmente puderam
conquistar tudo aquilo que Deus havia prometido (Ec 3.1-8 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo
para todo o propósito debaixo do céu: há tempo de nascer e tempo de morrer;
tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo
de curar; tempo de derribar e tempo de edificar; tempo de chorar e tempo de
rir; tempo de prantear e tempo de saltar; tempo de espalhar pedras e tempo de
ajuntar pedras; tempo de abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de
buscar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de
rasgar e tempo de coser; tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar
e tempo de aborrecer; tempo de guerra e tempo de paz.).
Moisés, Josué e demais líderes
marcaram profundamente aquelas gerações, entretanto era necessário que todo
aquele legado passasse de geração em geração através do ensino. Aqueles líderes
foram homens que não estavam preocupados em gerar um império para si, mas um
exemplo de aplicação da Palavra de Deus em suas vidas que impactaria as
sucessivas gerações por vir.
2. A importância de um legado
As tribos de
Israel se encaminhavam para ser uma grande nação, já era um grande povo, mas
precisava continuar as suas conquistas. Entretanto, com o passar do tempo, à
medida que foram avançando, com eçaram a interessar-se pelo paganismo cananeu,
deixaram-se seduzir pelos encantos dos seus rituais de fertilidade, que eram
acompanhados com danças sensuais, prostituição e, depois, o aniquilamento de
muitos bebês, que desse relacionamento impudico, nasciam. A morte desses
inocentes trazia muito desgosto a Deus e, por tudo isso, Ele resolveu dar a
terra um povo que fizesse a sua vontade, mas não foi isso que aconteceu, os
filhos de Israel acabaram por anexar a sua vida tais práticas. Vejamos como
isso foi possível.
2.1. Ignorância de uma geração (Jz 2.10 Depois que toda aquela geração foi reunida a seus antepassados, surgiu
uma nova geração que não conhecia o SENHOR e o que ele havia feito por Israel.)
A medida que
os filhos de Israel foram tomando e conhecendo a terra, a geração de Josué e de
seus filhos passaram, e a terceira geração tomou posse dos lugares em que
habitavam. No entanto conquistavam e cresciam fragilizados pela sedução
dos cultos a Baal e Astarote. E passaram a rejeitar os valores de seus
antepassados. Consequentemente não tinham o zelo de ensinar os caminhos do
Senhor aos seus filhos, e assim se levantou uma geração que não conhecia o
Senhor, uma geração que não tinha a experiência de seus avós e bisavós com
Deus, com a Sua vontade e Seus milagres.
A espiritualidade morreu juntamente
com a geração mais antiga. Todas as testemunhas oculares já haviam morrido Não
havia restado ninguém que pudesse dizer "eu vi". À nova geração
restava ler livros e ouvir histórias. A lei do amor também não havia sido
implantada no coração deles. As populações pagãs ao redor tinham-nos infectado
com a doença da idolatria. Não conheciam, pois, a Deus; nem tinham contemplado
Suas obras admiráveis. Eles eram espiritualmente estéreis. O fato de não conhecerem
a Deus significava que também "não O reconheciam" (ver Pro. 3.S). No
coração deles predominava a incredulidade acerca de todos os relatos sobre o passado
glorioso de Israel. Não demoraria nada para que a idolatria substituísse a
Yahweh, e o monoteísmo yahwista estava prestes a sofrer tremenda derrota. A
geração antiga estava morta e sepultada; a espiritualidade da nova geração estava
morta e sepultada.
"A experiência religiosa vital
da antiga geração não pode ser facilmente comunicada à nova geração. Cada
geração precisa encontrar Deus por si mesma. A fé de nossos pais é valiosa não
quando é reverenciada por seus próprios méritos, mas quando se torna o estímulo
para que cheguemos a uma fé semelhante. Muitos homens que se mostram
sentimentais quando relembram a piedade de seus pais nao senlem nenhuma
necessidade ou obrigação de exibir devoção idêntica" (Phillips P.
Elliott, in loc.).
2.2. Abandono das raízes (Jz 2.11 Então os
israelitas fizeram o que o SENHOR reprova e prestaram culto aos baalins.)
Os dilemas são diferentes em cada
geração. Os valores são substituídos, à medida que o tempo passa. No entanto,
para o cristão, ainda que os costumes e tradições passem, os princípios
fundamentais da Palavra de Deus devem continuar a nortear as suas vidas. A
Bíblia diz que: “Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos
do Senhor; e serviram aos baalins. E deixaram o Senhor, Deus de seus pais, que
os tirara da terra do Egito, e foram-se após outros deuses, dentre os deuses
das gentes que havia ao redor deles, e encurvaram-se a eles, e provocaram o
Senhor à ira” (Jz 2.11-12 Então os israelitas fizeram o
que o SENHOR reprova e prestaram culto aos baalins. Abandonaram o SENHOR, o
Deus dos seus antepassados, que os havia tirado do Egito, e seguiram e adoraram
vários deuses dos povos ao seu redor, provocando a ira do SENHOR.). Foi preocupado com o desvio da sã doutrina, que, antes de eles
entrarem na terra prometida, o Senhor disse a eles: “Não mudes o marco do teu
próximo, que colocaram os antigos na tua herança, que possuíres na terra, que
te dá o Senhor, teu Deus, para a possuíres” (Dt 19.14 Não mudem os marcos de divisa da propriedade do seu vizinho, que os seus antecessores colocaram na herança que vocês receberão na
terra que o SENHOR, o seu Deus, lhes dá para que dela tomem posse.).
Então fizeram os filhos de Israel o
que era mau. Temos aí a expressão
introdutória padrão, uma espécie de fórmula-chave para introduzir algum
fracasso lamentável. A apostasia sob a forma de idolatria também foi a
principal queixa do autor sagrado, sempre que iniciou uma seção com essa
fórmula.
"Eles caíram precisamente na
idolatria contra a qual tinham sido tão enfaticamente advertidos (Deu.
4.19)" (Ellicott, in loc.).
Serviram aos Baalins. Baal e
Astarote (vs. 13) eram os deuses masculino e
feminino dos cananeus. A forma plural, bálanos, aqui usada, evidentemente
refere-se aos muitos cultos locais da adoração ao deus Baal. Usualmente, Baal
era apresentado como uma deidade cósmica. O versículo 13 deste capítulo dá a
forma singular do nome. O baalismo original, ao que tudo indica, teve origem
fenícia, embora possam ser encontrados traços por todo o mundo cananeu.
2.3. A apostasia (Jz 2.12 Abandonaram o SENHOR, o Deus dos seus antepassados, que os havia tirado
do Egito, e seguiram e adoraram vários deuses dos povos ao seu redor,
provocando a ira do SENHOR.)
Por que será que eles abandonaram a
instrução, os mandamentos e o próprio Deus? Há várias respostas para essas
questões, além da crise da terceira geração. As artes, os costumes, e os
rituais que contrariavam os ensinos das Escrituras, constituíram-se lhes uma
isca irresistível, que os encaminhou a apostasia. Do ponto de vista humano,
havia muitos valores, muitas riquezas e coisas que não deveriam ser desprezadas
naquela terra. A cultura de uma nação não cristã, não está toda demonizada. No
entanto é preciso ter discernimento. Os encantos deste tempo presente, o “deus”
deste século, a tecnologia e outros mais arrastam muitos incautos para a
apostasia e escravidão.
Abandonaram o que o Senhor havia dito (vv. 11-13). Se tivessem se lembrado de Josué, teriam conhecimento
de seus "discursos de despedida" aos líderes e ao povo de Israel (Js
23 - 24). Se conhecessem tais discursos, saberiam da lei de Moisés, pois em seu
último pronunciamento, Josué enfatizou a aliança que Deus havia feito com
Israel e a responsabilidade que a nação tinha de guardá-la. Quando nos
esquecemos da Palavra de Deus, corremos o risco de deixar o Deus da Palavra, o
que explica por que Israel voltou-se para a adoração desprezível e depravada
de Baal.
A palavra apostasia vem do grego
“afastamento” Aponta para o abandono deliberado da crença na fé cristã, por
alguém; que dizia seguir essa fé. No Novo Testamento (2 Ts 2.3), é uma
dissolução séria com Deus e com Cristo paralelamente à rebeldia e à hostilidade
para com esses veículos. Do ponto de vista cristão, a apostasia envolve mais do
que mudanças de ideias sobre doutrinas reveladas. A princípio, é a outorga da
alma a alguma causa maligna, e não o mero abandono daquilo que antes era
professado. (Enciclopédia de Teologia e Filosofia Vol. 01).
3. Sofrimentos de uma nação apóstata
À medida que
os filhos de Israel avançavam em seu relacionamento com o paganismo cananeu,
iam dando as costas para Deus. Um comportamento tresloucado, que traria amargo
sofrimento e que deixaria profundas marcas na história dos hebreus.
3.1. O ardor da ira divina (Jz 2.14 A ira do SENHOR
se acendeu contra Israel, e ele os entregou nas mãos de invasores que os
saquearam. Ele os entregou aos inimigos ao seu redor, aos quais já não
conseguiam resistir.)
Todas as bênçãos de Israel era fruto de
sua obediência a Deus. Porém ao se envolverem com os pecados da terra de Canaã,
suas vidas se tornaram alvo da ira divina. No entanto a ira divina é de
categoria totalmente diferente da ira humana, pois a humana envolve paixão e
perda de calma, tais emoções não se devem levar em conta ao considerarmos a ira
de Deus, por isso a diferença não seria apenas na sua intensidade, mas está
ligada à necessidade de redenção da humanidade. Além do mais, se não houvesse a
ira de Deus, não haveria salvação. Em síntese, a ira de Deus seria
parte necessária do caráter moral dEle, que aborrece o mal e ama o bem.
Perderam o direito de desfrutar o que
o Senhor havia prometido (w. 14, 15). Quando saíram a combater os inimigos, os israelitas foram
derrotados, pois o Senhor não estava com seu povo. Moisés avisou que isso
aconteceria (Dt 28:25, 26). Mas não foi só: os inimigos de Israel acabaram
tornando-se seus senhores! Deus permitiu que uma nação após a outra invadisse a
Terra Prometida e escravizasse o povo, tornando a vida dos israelitas tão
sofrida a ponto de suplicarem por ajuda. Se o povo de Israel tivesse obedecido
ao Senhor, seus exércitos teriam sido vitoriosos; mas quando lutaram com as próprias
forças, foram derrotados e humilhados.
3.2. O crescimento impedido (Jz 2.15 Sempre que os
israelitas saíam para a batalha, a mão do SENHOR era contra eles para
derrotá-los, conforme lhes havia advertido e jurado. Grande angústia os
dominava.)
O escritor
sacro mostra como o ardor da ira divina foi revelado às tribos hebreias. Como
aquela sociedade entrou na contramão da vontade de Deus e “a mão do Senhor era
contra eles para seu mal”. Não demorou muito, eles se encontraram “em grande
aperto”. Quer dizer, estavam numa situação angustiante, sem saídas, pois
simplesmente tudo o que faziam dava errado: não conseguindo o crescimento
financeiro que até então vinham tendo. Logicamente, que, quando os filhos de
Israel se apostataram do Deus vivo, ele se incumbiu de fechar as torneiras da
prosperidade. Perm itiu as tribos hebraicas o sofrim ento para que não lhes
fizesse com o fizera aos cananeus, até que finalmente eles viessem a clamar
pelo livramento de Deus (Jz 2.18 Sempre que o SENHOR lhes levantava um juiz, ele
estava com o juiz e os salvava das mãos de seus inimigos enquanto o juiz vivia;
pois o SENHOR tinha misericórdia por causa dos gemidos deles diante daqueles
que os oprimiam e os afligiam.).
"Eles não prosperavam em nenhum
empreendimento em que se metessem ou em que pusessem a mão, em nenhuma
expedição que fizessem, ou quando saíam à guerra”, conforme Kirnchi, Ben Melech
e Abaitínel. A batalha sempre lhes era desfavorável, pois Deus era contra eles (John Gi, n loc.).
Deus, porém, tinha avisado sobre os temíveis resultados da queda na idolatria
(ver Deu. 29.12-29; ver também Deu. 28.25 e Lev. 26.17-46).
"O mesmo poder que,
anteriormente, os havia protegido, quando se mostravam obedientes, agora se
voltava contra eles, porque se tinham tornado desobedientes. Não somente eles
não dispunham da presença de Deus, mas também O tinham contra eles" (Adam
Clarke, in toe.).
3.3. Nas mãos dos
inimigos (Jz 14,16 Então a mulher de Sansão implorou-lhe aos prantos:
“Você me odeia! Você não me ama! Você deu ao meu povo um enigma, mas não me
contou a resposta!” “Nem a meu pai nem à minha mãe expliquei o enigma”,
respondeu ele. “Por que deveria explicá-lo a você?”)
Após o
assentamento das tribos nas terras de Canaã, com o não conseguiram expelir
todos os nativos de lá, a sua situação espiritual, social e financeira começou
a degradar-se. A s tribos dos filhos de Israel eram vítimas de inimigos os
quais nem se quer conseguiam resistir. Esses inimigos espoliavam e saqueavam os
seus bens de maneira que tudo quanto produziam eram-lhes tomado. É claro que
isso chegava a tal ponto de empobrecimento que as famílias chegavam ao
desespero. Muitos passaram a viver em cavernas, deixaram de plantar e perderam
a expectativa de dias melhores.
Na lição anterior, pudemos apresentar
um padrão elaborado por Deus para educação religiosa de seu povo baseado em Dt
6. As promessas contidas eram de bênçãos, caso se
esmerasse pelo caminho do aprendizado e obediência de geração a geração. O que
de fato começou a suceder aos filhos de Israel, conforme
expusemos acima. Mas havia promessas de maldição, caso desonrassem o
compromisso da condição imposta. Como eles deixaram de obedecer, acabaram
mergulhados sob essas maldições e em sofrimento vão. Observem como o
conhecimento das Escrituras é tão necessário para que os filhos de Deus sejam
bem sucedidos, a ignorância e a rebelião têm um preço amargo e elevado que não
compensa.
Conclusão
Embora o cristão como qualquer outra
pessoa aprenda com seus próprios erros e sofrimentos, a maioria deles são
desnecessários, uma vez que tudo quanto foi registrado nas Escrituras é
destinado para o nosso ensino, consolação e esperança (Rm 15.4 Pois tudo o que foi escrito no passado, foi escrito para nos ensinar, de
forma que, por meio da perseverança e do bom ânimo procedentes das Escrituras,
mantenhamos a nossa esperança.). Não é necessário, por exemplo,
que Deus cerre as janelas e as portas do céu contra o nosso crescimento
financeiro, mas, às vezes, fá-lo para nos conduzir de volta a sua presença,
caso contrário, o prosperar, sem Ele, poder-nos-ia levar a uma derrota total e
eterna.
QUESTIONÁRIO
1. O que
representa o livro de Deuteronômio?
R: O
resumo da Lei de Deus
2. De que maneira os filhos de Israel
se fragilizaram?
R: Pela sedução dos cultos a Baal e á
Astaroie.
3. Com o que Deus se antecipou para
impedir a apostasia em Israel?
R: Com uma mensagem para que não
mudassem os marcos antigos.
4. Defina a ira divina:
R: A ira de Deus seria parte
necessária do caráter moral Dele, que aborrece o mal e ama o bem.
5. Segundo a lição, com qual finalidade
a Escritura foi registrada?
R: Para nosso ensino, consolação e
esperança.
REFERÊCIAS
BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 1º Trimestre de 2013,
ano 23 nº 86 – Jovens e Adultos – Vida Cristã Vitoriosa.
Comentário Bíblico Expositivo –
Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado
Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo
Testamento
Comentário Bíblico Matthew Henry -
Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP
(Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista
e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD
- Claudionor Corrêa de Andrade
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