Jesus Cristo - O mestre da evangelização
LIÇÃO
08 – As Perseguições no Ministério De Jesus
19
DE AGOSTO DE 2012
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: 1Co 4.12
- Terça feira: Tg 1.12
- Quarta
feira: Mt 5.12
- Quinta
feira: At 8.1
- Sexta
feira: At 8.4
- Sábado:
Mt 5.11
TEXTO ÁUREO
"Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de água viva correrão
do seu ventre". Jo 7.38
VERDADE APLICADA
Perseverar na
perseguição é uma benção espiritual, e um sinal de maturidade cristã!
OBJETIVOS DA LIÇÃO
·
Mostrar que o ministério cristão deve ser realizado a partir do exemplo de
Jesus;
·
Entender como Jesus agiu na perseguição, cumprindo seu ministério;
·
Mostrar que, pregando em momentos
difíceis, poderemos também pregar
em qualquer época..
GLOSSÁRIO
·
Iminente: que ameaça se concretizar, que está a ponto
de acontecer; próximo, imediato;
·
Imprevisibilidade: qualidade, caráter ou condição do que é imprevisível;
·
Ápice: ponto máximo; culminância, apogeu.
HINOS SUGERIDOS
·
471, 253,
298
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
Jo 7.1 - E, depois disso, Jesus andava
pela Galiléia e já não queria andar pela Judéia, pois os judeus procuravam matá-lo.
Jo 7.2
- E estava próxima a festa dos judeus chamada de Festa dos Tabernáculos.
Jo 7.3
- Disseram-lhe, pois, seus irmãos: Sai daqui e vai para a Judéia, para que também
os teus discípulos vejam as obras que fazes.
Jo 7.4
- Porque
não há ninguém que procure ser conhecido que faça coisa alguma em oculto. Se fazes
essas coisas, manifesta-te ao mundo
Jo 7.5 - Porque nem mesmo
seus irmãos criam nele
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.
Seu ministério em meio à perseguição
2.
A sabedoria na
perseguição
3.Sua mensagem em meio à perseguição
Conclusão
Conclusão
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, vimos
Jesus deixar a Judéia e retornar para Cafarnaum, onde estava residindo com seus
familiares. A perseguição ao seu trabalho na Judéia tornara-se tão ameaçador
que resolveu ficar por algum tempo ali. Até que, em momento oportuno, viesse a
se manifestar e trazer a sua mensagem impactante aos sedentos de Deus. Com Ele
aprenderemos como desempenhar o ministério em meio a perseguição.
1. Seu ministério em
meio à perseguição:
Quando João escreveu o
seu Evangelho por volta de 90 a 100 d.e., segundo estudiosos, havia uma
expectativa de perseguição generalizada. Paulo advertia a Timóteo que em
virtude do mesmo sentimento pregasse a tempo e fora de tempo, (2Tm 4.2). Pedro
dirigia os seus ensinos aos irmãos que sofriam perseguição e os instruíam como deveriam
enfrentar esse desafio. Os tempos eram difíceis, como o de hoje em muitos
aspectos e atualmente há muitos lugares em que a intolerância ao cristianismo
impera, não sendo permitido evangelizar de modo direto. Antevendo, quem sabe,
tempos mais difíceis ainda, devemos nos preparar.
1.1.
A malícia dos parentes (Jo 7.1,3,4):
O contexto era de
perseguição a Jesus por causa de seu ministério profético, Ele voltara da Judéia
e andava apenas nas regiões da Galileia. Estava próxima a festa dos
Tabernáculos, feita em cabanas improvisadas onde as pessoas dormiam para se
relembrar dos dias que Israel esteve no deserto. Tal evento ocorria mais ou
menos na primeira semana de outubro e era uma festa muito alegre. Os irmãos de Jesus
sabiam do que Ele estava passando, a sua fama abateu negativamente sobre a sua
família. Afinal ter um irmão que pregava ser o Messias, era uma tremenda insanidade
mental, para eles era melhor que Ele morresse, por isso maliciosamente
incentivam que Ele retomasse para a Judéia.
1.2. A controvérsia entre o povo (Jo
7.12):
Em Jerusalém, por ocasião da festa, Jesus subiu
secretamente e ali permaneceu. Havia, entre o povo comum, que ali estava para a
festividade, um murmúrio entre as pessoas, pequenos debates discretos
aconteciam em torno da pessoa de Jesus. Esse era o assunto do momento, será que Ele é bom ou
engana o povo como outros faziam? A verdade é que o povo estava dividido, mas
não paravam de comentar, alguns diziam, "Ele é bom". Mas para outros,
"Ele engana o povo". O povo falava entre murmúrios com
medo de represálias. Logo, nem mesmo entre o povo nessa ocasião havia um
pensamento único e isso de certa forma mostrava o seu impacto, mas não total.
1.3. As ameaças de prisão e morte:
Os movimentos de Jesus eram previamente calculados a fim de não se expor em
demasia, por isso, apenas quando a festa estava lá pelo meio, é que resolvia aparecer e ensinar. O risco era iminente,
porém mais uma vez voltou o Mestre ao seu ofício de modo agradável, cativante e ungido, fixando assim a atenção de seus ouvintes
magneticamente. Mas não demorou para que os infelizes opositores que sabiam que Ele estava ameaçado de prisão e morte se
manifestassem (Jo 7.25). Logo alguém fez uma dedução muito maliciosa, "Vejam! Ele está falando em público, e ninguém diz nada contra ele! Será que as autoridades
sabem mesmo que ele é o messias?" (Jo 7.26). Todavia, como não era o tempo, continuou seu ministério e não conseguiram prendê-lo. Eis aí o ambiente que Jesus desenvolveu o seu ofício.
Algumas coisas devemos aprender consoante
ao ministério que Deus tem conosco em particular, a partir do exemplo de
Jesus. Nem sempre os familiares entenderão o nosso chamado para realizar a obra de
Deus. Em momentos de críticas, eles se sentirão incomodados e
expostos, como no caso dos irmãos do Mestre. Dependendo do nível e região Em verdade, Jesus ao
contrariar seus tais “supostos” seguidores sucessivo vezes, por incompreensão
quanto ao seu ministério, assumiu o risco do abandono. Ninguém gosta de ficar só, todavia não havia o que fazer, era
necessário agir assim em virtude
da sua comunhão com o Pai e o compromisso com sua própria missão salvífica. Liderar consiste
em, algumas vezes, contrariar os outros. Estes são momentos dolorosos que o obreiro não pode fugir em sua
carreira ministerial de evangelização ou pastoral, posto que outro atalho é muito mais prejudicial. Em que for desenvolvido, tal ministério gerará controvérsias e fofocas entre o povo. Vejamos a seguir como esse obreiro deverá agir para realizar o seu trabalho.
2. A sabedoria na
perseguição:
Você saberia como agir em meio a perseguição? Lemos o Novo Testamento não
apenas de modo histórico para fortalecer as nossas almas, ele tem um sentido profético que devemos atentar. O mundo
vem ensaiando ao longo dos séculos um governo único onde há de se explorar o comércio, o prazer e o esoterismo comprimindo a Igreja à sua adesão
ao "espírito demoníaco" de Babilônia em
sua nova forma. Quando Paulo percebeu tal coisa em seu tempo conscientizou seus
obreiros a trabalharem ainda mais. Devemos olhar para Jesus e aprender com Ele
como agir nesses tempos difíceis.
.
2.1. Sua prudência (Jo
7.10):
A imprevisibilidade de Jesus o tornava muito
interessante, tanto a sua sabedoria quanto a sua coragem exerciam fascínio em muitos, quer fosse para odiá-lo ou amá-lo. Por algum tempo o Mestre esteve calado refletindo sobre o que estava acontecendo. Ele não se
isolou em casa, mas ao andar pela Galileia em vários lugares mantinha contato com o povo. Seu
silêncio era de reparação para a próxima apresentação em público, isso fica claro quando lemos atentamente o evangelho de
João. Há tempo de falar e de calar (Ec 3.7), mas o silêncio do Mestre jamais
foi covarde e sim bem calculado, para demonstrar toda sua energia como chegou a
fazer em meio à festa diante de todos (Jo 7.14). Ele não subiu à Judéia porque
seus irmãos queriam e quando queriam, mas foi ocultamente. Há certas atitudes que
o obreiro tem de se reservar no direito de fazer em oculto para o seu bem e a
eficácia da Sua obra (Pv 15.2; 16.16; 18.4).
Por exemplo, na natureza o grão de trigo
precisa ser ocultado sob a terra para depois como nova planta aparecer e dar muito fruto; quando Gideão sob as ordens de Deus derrubou o poste ídolo e o altar de Boal, o fez a noite
ocultamente (Jz 6.27); quando Lutero fixou as 95 teses em Wintemberg a ninguém contou o que tinha em mente, apenas agiu
em silêncio e no tempo certo.
2.2. Estava oculto em meio ao povo (Jo 6.67):
Naquela ocasião, Jesus estava como um grão de trigo oculto, mas em meio ao
povo prestes a revelar o momento esperado. Ocultamente participava da festa e
assim poderia tomar conhecimento do que o povo comentava também a seu respeito
sem ser notado, até que finalmente se manifestasse publicamente. Nem sempre a obra
de Deus deve ser feita às claras, não apenas por causa da oposição, mas por
causa do orgulho humano. Jesus ensinara isso anteriormente, acerca da oração
oculta, da esmola oculta, das obras ocultas feitas em Deus e para Deus no
Sermão do Monte. Essa combinação de imprevisibilidade e obscuridade fazia parte
da prudência do Mestre, cujo fim era consumar a obra salvadora a seu tempo determinado
(Pv 10.14; 13.14).
2.3. No meio da festa subiu ao templo e ensinava (Jo 7.14):
A profecia acerca do "Servo de Jeová"
(Jesus) previa que em sua missão profética Ele seria uma espada aguda e afiada
mais cortante do que qualquer espada de dois gumes. O Servo de Jeová seria uma flecha polida escondida em sua
aljava para ser lançada a seu tempo (Is 49.2). E foi tal como a profecia
messiânica previa que Jesus agiu, quando a festa estava no meio Ele subiu ao
templo e pôs-se a ensinar publicamente. Com isso a sua obra profética não
deixava de ser feita, a sua influência não diminuía e nem as pessoas ficavam
sem mensagem. O efeito surpresa da aparição de Jesus no templo causava admiração
e as suas palavras maravilhava a todos, pelo fato de saberem que Ele não
estudou numa escola regular, como faziam os escribas e fariseus, mas o Mestre
tinha uma língua erudita para dizer uma boa palavra aos cansados e oprimidos (Is
50.4; Mt 11.28).
Em meio à perseguição, o obreiro evangelizador deve combinar alguns elementos necessários para que por fim possa desempenhar o seu trabalho.
Assim como Jesus deu o exemplo, combinando prudência por meio da
imprevisibilidade e discrição, somadas ao elemento
surpresa, assim devemos agir também. Quer seja por segurança pessoal em tempos de perseguição, quer seja em tempo de plena Liberdade por uma questão de vigilância espiritual,
contra a própria vaidade.
surpresa, assim devemos agir também. Quer seja por segurança pessoal em tempos de perseguição, quer seja em tempo de plena Liberdade por uma questão de vigilância espiritual,
contra a própria vaidade.
3. Sua mensagem em meio a perseguição:
O ápice do capítulo sete de João aponta
para a mensagem de Jesus, que aconteceu no último dia da grande festa. AE características
peculiares daquele momento difícil tornou muito mais especial a sua mensagem. Havia
na ocasião uma cerimônia em que o sacerdote saía com um jarro vazio de ouro
para o tanque de Siloé acompanhado por uma procissão, retornava ao templo e ali
derramava numa bacia água e vinho. Que em seguida eram derramados no templo e
havia grande alegria naquele momento. Tal evento tinha a finalidade de mostrar
a gratidão a Deus pelas colheitas, e pedir a Deus por novas chuvas. Também lembravam
o tempo em que seus ancestrais habitaram no deserto e beberam água da rocha.
3.1. A mensagem foi uma surpresa:
A rocha de onde saiu
água no deserto era lembrada e celebrada naquela solenidade. Tal rocha apontava
para o Messias. O Senhor Jesus sabendo disso com ousadia foi e conclamou que os
que cressem, viessem a Ele, pois Ele era a rocha profética de onde poderiam
beber de sua água e saciar sua sede espiritual. Todavia a sua mensagem tinha um sentido futuro para aqueles judeus, visto que o
Espírito Santo não havia sido ainda derramado sobre eles, pois Jesus não havia
sido glorificado ainda. O Senhor Jesus foi não apenas intrépido, mas cuidadoso
em levar uma mensagem que fosse revestida de sentido para os seus ouvintes. A
mensagem foi compreensível e todos eles entenderam acerca do que Jesus estava falando
acerca de si mesmo, que propunha oferecer satisfação. E é assim que devemos
oferecer a Jesus, como aquele que satisfaz.
3.2. A mensagem foi reveladora (Jo 7.37,38):
A satisfação era garantida por Jesus àqueles que viessem
a Ele, assim como os ancestrais se satisfizeram ao beber da água da rocha no
deserto. Ao falar assim, imediatamente, alguns reconheceram, "Ele é
verdadeiramente profeta", outros disseram, "Ele é o Messias".
Todavia os mal informados disseram que o Messias não poderia vir da Galileia,
onde Jesus morava, e sim de Belém de onde era Davi. Na verdade Jesus estava
demonstrando quem Ele de fato era de uma maneira audaciosa e surpreendentemente
nova! Nele repousava toda a satisfação, melhor, Ele é a rocha e a fonte de toda
satisfação espiritual que vem completar felicidade humana.
3.3. A mensagem foi admirável
(Jo 7.46):
Em virtude das queixas contra Jesus, que ensinava e pregava
no Templo foi acionada a própria guarda para prendê-lo e "restabelecer" a ordem. Porém ao chegar lá, presenciou
o Mestre ensinando e a multidão atenta às suas Palavras que se derramavam com
sabedoria, unção e graça, que acabaram por ficar paralisados, não tendo coragem
de prendê-lo. Quando retornaram sem o homem os principais sacerdotes e fariseus ficaram
boquiabertos, pela desobediência deles e perguntaram: Por que não trouxestes
aquele homem? A resposta dos soldados foi: "Nunca ninguém falou como este
homem". A soldadesca, naquele momento, entendeu a procedência divina de tais palavras e por isso
não ousaram prendê-lo, e, é claro, porque também não chegara a hora.
Aprendemos com Jesus não apenas a ousadia, mas a sabedoria de buscar palavras que sejam como mananciais
que satisfazem os sedentos. Se Ele é a rocha do verdadeiro manancial, então as
colheitas de uvas e maçãs que naquela ocasião os judeus celebravam diante de Deus as bênçãos que pediam, a satisfação interior
que suas almas procuravam em Deus; tudo repousa nele. Essa é uma mensagem tal atual quanto há dois mil anos atrás. Em meio a perseguição, devemos ser flechas polidas
como Jesus foi, como aquele que
sai aos sedentos.
CONCLUSÃO
Apesar de todos os reveses
e perseguições enfrentadas por Jesus na Judéia, ele não deixou de
realizar satisfatoriamente o seu ministério. Isso ficara vívido na memória de
João, o escritor do evangelho, que mesmo diante da tremenda oposição à pregação do evangelho
não se eximiu de cumprir seu ministério, pregando, ensinando e também
escrevendo um verdadeiro legado a toda igreja cristã de todos os séculos.
Através dele podemos aprender como desempenhar o ministério em meio à perseguição.
QUESTIONÁRIO
1.
Por que os irmãos de
Jesus queriam que Ele fosse a Judéia?
R. Para que ali morresse.
2.
Que murmúrios havia
entre o povo quanto à pessoa de Jesus?
R. Alguns diziam que "Ele é bom", mas outros, que "Ele engana o povo".
3.
Por que o povo falava
entre cochichos acerca da pessoa de Jesus?
R. Com medo de represálias.
4. Como Jesus é tratado profeticamente em Is 49.2?
R. Uma espada aguda e afiada, e também como flecha polida.
5. Por que os guardas do templo não prenderam a Jesus?
R. Pois para eles nunca ninguém falara como
Jesus, e porque ainda não
chegara a hora.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância,
Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JESUS CRISTO - O
MESTRE DA EVANGELIZAÇÃO
– Editora Betel - 3º
Trimestre 2012 – Lição 08.
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