Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

terça-feira, 31 de julho de 2012

O Evangelho da missão Integral


Jesus Cristo - O mestre da evangelização

LIÇÃO 06 – O Evangelho da missão Integral
05 DE AGOSTO DE 2012

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: Mc 16.15
  • Terça feira: At 1.8
  • Quarta feira: Jo 3.16
  • Quinta feira: Jo 20.31
  • Sexta feira: Jo 3.18
  • Sábado: Jo 8.36
TEXTO ÁUREO
"Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida". Jo 5.24

VERDADE APLICADA
A Igreja é a agência de Jesus que hoje executa a Sua missão, que é de restaurar o homem completamente.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·       Mostrar a missão integral de Jesus;
·        Ensinar que todas as ações de Jesus eram pedagógicos;
·        Fazer entender que não há evangelho sério sem o cuidado social.

GLOSSÁRIO
·        Bipolaridade: existência de dois polos;
·        Sinóticos: designação dos Evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas que têm muitas semelhanças;
·        Crucial: decisivo, capital.

HINOS SUGERIDOS
·        65, 167, 395

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 5.8 - Jesus disse-lhe: Levanta-te, toma tua cama e anda.
Jo 5.9 - Logo, aquele homem ficou são, e tomou a sua cama, e partiu. E aquele dia era sábado.
Jo 5.19 - Mas Jesus respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o Filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao Pai, porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.
Jo 5.20 - Porque o Pai ama ao Filho e mostra-lhe tudo o que faz; e ele lhe mostrará maiores obras do que estas, para que vos maravilheis.
Jo 6.8 - E um dos seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-lhe:
Jo 6.9 - Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixinhos; mas que é isso para tantos?

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.     A missão de curar
2.     A missão de alimentar a alma e espírito
3.   A missão de alimentar o corpo
Conclusão


INTRODUÇÃO

A necessidade de uma mensagem que atendesse o ser humano em sua integralidade foi eficazmente pregada e vivida por Jesus enquanto esteve entre nós. Sua fala refletida via Igreja Apostólica nos protege de reproduzir qualquer Ideia contrária a isso.

1. A missão de curar:
Para prover o Evangelho puro e simples é necessário entendermos o que ele realmente é, os seus aspectos e o que abrange. Procuramos explicar tais coisas a partir da pessoa de Jesus, sob a luz de seu ministério terreno e através do Evangelho joanino. Especificamente nesse tópico veremos resumidamente a necessidade da cura e dos milagres no ministério eclesiástico hoje e por que eles acontecem sob determinados aspectos.

1.1. Um paralitico jaz sem esperança:
A salvação abrange todos os aspectos da vida comum do homem, a sua saúde física, psicológica e necessidade nutricional, etc. Entre o capítulo cinco e seis do Evangelho de João, fica evidente essa preocupação do ministério de Jesus, que foi absorvida pela igreja apostólica, e nós hoje devemos de igual modo praticar. Ao olhar o episódio do paralítico do tanque de Betesda (casa da misericórdia ou da água que flui), ali está Um homem paralítico que sofre desse mal a 38 anos de sua vida. Ali jazia ele sem esperança dada as suas limitações físicas e extrema dependência.

1.2 A palavra que ergue o homem:
É claro que isso é mais que cura, trata-se de um milagre maravilhoso, pois o homem possuía uma deformidade seríssima Jesus visava através daquela maravilha demonstrar a sua identidade messiânica, os milagres que como já falamos, eram métodos legais já previstos nas Escrituras para esse fim. As curas, no sábado, incomodavam a liderança religiosa, alguns chegavam a interpretar como uma violação do sábado, mas a questão tomou outro rumo quando Jesus se declarou Filho de Deus (Jo 5.18). Ali estava a Palavra viva e poderosa para erguer o homem da sua paralisia, Ela apenas precisava se pronunciar e foi o que fez erguendo aquele miserável de sua situação quando disse,  “levanta-te, toma a tua cama e anda" (Jo 5.8).

1.3. A evangelização séria tem curas e milagres:
Neste fato, é demonstrado o poder da palavra vivificada por Deus: ela é curadora, milagrosa, e ergue o homem de sua paralisia física e espiritual. Além desse bem que produz, indicava um outro incomparavelmente maior, a identidade messiânica de quem o produziu. E as implicações que ela, ao ser reconhecida, traria àquela geração, que se recusou crer em quem de fato Jesus era (Jo 5'.16). Toda evangelização séria é, de alguma maneira, acompanhada de curas e milagres. Seja ela pessoal, a um pequeno grupo ou em massa. A obra evangelizadora segue essa lógica: doutrinação e sinais, Escrituras e poder de Deus. Nessa bipolaridade, tais polos não são antagônicos, mas se harmonizam, completam-se e demonstram a procedência divina de ambos. Portanto, como Jesus, devemos trazer tais realidades para o ministério eclesiástico contemporâneo.
Nos evangelhos sinóticos ficou demonstrada a prática de Jesus ensinar e depois curar os enfermos, no de João, essa ordem parece mudar. Todavia é mais provável que Jesus trabalhara estrategicamente de modo alternado sem jamais abrir mão de ambos: ensino e sinais. Porém nem sempre tais sinais estão presentes nas diferentes igrejas por problemas de interpretação das Escrituras; falta de busca do poder de Deus e oposição ideológica e espiritual. Hoje é sobremaneira importante Levarmos um evangelho de poder, a fim de resgatarmos alguns e contermos o fortalecimento do mal. no mundo.
2. A missão de alimentar a alma e o espirito (Jo 5.19-47):
Jesus finalmente explicou quem de fato Ele era. Ele tinha a intenção de que todos pudessem acreditar em sua missão de resgatar a humanidade, para isso o faz nos capítulos 5 e 6 de João. O sinal da cura do paralítico demonstrava poder, mas o seu discurso visava dar a conhecer quem ele era, para gerar o mais importante a seguir: o relacionar-se com o Verbo encarnado de Deus.

2.1. Jesus explicou sua missão:
Em sua mensagem, Jesus ensinou acerca do trabalho divino não na natureza, mas realizado entre os homens no presente e no futuro escatológico. Este trabalho é expressado com os verbos, "fazer, vivificar, ressuscitar e julgar". Todas as atividades expressas nesses verbos atribuídas ao Pai, são da alçada dele como Filho, é o que Jesus instrui aos seus ouvintes. Questões cruciais como ressuscitar e julgar que são de natureza escatológica, são atribuições messiânicas dele. Tal ideia não é nova, já estava presente na profecia de Daniel a centenas de anos, mas a liderança religiosa não aceitava isso (Dn 7.13-14; 12.12). Observe que o ensino de Jesus consistiu num trabalho apologético de seu
ministério para mostrar quem Ele é e as consequências desse conhecimento aceito, ignorado ou rejeitado. Tal testemunho fidedigno é decisivo quanto
à visão e o proceder individual perante o mundo, por isso nem todos o aceitam.

2.2. Jesus falou dos sinais e das escrituras:
Jesus trata dos testemunhos de sua divindade, visto ser necessário que os homens creiam nEle para a vida eterna. Esses testemunhos comprobatórios fazem parte do seu trabalho pedagógico e evangelístico que é missão herdada pela igreja também. Tais testemunhos de acordo com Jesus se iniciam com João batista (Jo 5.33); mas os sinais que Ele operava eram maiores que o próprio testemunho de João (Jo 5.36); depois dos sinais, há as próprias Escrituras que dele testificavam (Jo 5.39); e por último e, em particular, os escritos de Moisés que os judeus afirmavam crer, mas estavam rejeitando-as e consequentemente rejeitavam também a pessoa de Jesus. Vemos que Jesus se esforçou para que seus contemporâneos tivessem conhecimento de quem ele era (Jo 5.43.47).

2.3. A seriedade na missão de Jesus é necessária:
A evangelização requer seriedade. Cabe ao evangelizador trazer uma declaração consistente acerca da pessoa de Jesus como Filho de Deus e Salvador da humanidade (Jo 3.36; 5.25; 6.9; 11.27; 20.31). Esse é um ponto crucial para quem evangeliza. E também, o evangelista deve estar absolutamente convicto de seu relacionamento com Jesus, para que possa convencer os outros (Mt 16.16-18). Este é um assunto que precisa estar
resolvido para o evangelista
, porque se houver dúvidas, o evangelizador não conseguirá desempenhar bem o seu papel. Isso significa que para ele alimentar a alma dos outros, a dele deve estar satisfeita primeiro com o Pão da Vida (Jo 6.51).
Assim como um bebê, um novo convertido não sabe de onde extrair nutrientes para a sua subsistência a ponto desenvolver uma saúde espiritual forte que o imunize de muitos males. Ele tem muitas perguntas, que precisam ser respondidas; traumas que precisam ser superados; e costumes que precisam ser substituídos. Muitas coisas ele poderá superar sozinho, mas poderá demorar mais que o necessário. Evangelizar não basta, deve-se cuidar dos resultados através do discipulado afim de aprofundar Jesus na alma desses novos convertidos para que fiquem firmes nafé.
3. A missão de alimentar o corpo:
Após o seu discurso em Jerusalém, conforme citamos acima, Jesus desceu e foi em direção ao norte para o Mar de Tiberíades. Numerosa multidão impactada pelos seus sinais maravilhosos e a cura de enfermidades o seguia desejando mais do seu poder curador. Jesus entretanto ao ver-lhes ao longe preparou-lhes uma surpresa que tornou aquele momento inesquecível na experiência de quem o viveu.

3.1. Uma multidão faminta:
A multidão se aproximava e Jesus queria impactá-la, mas resolveu provar antes os seus discípulos dizendo, "onde compraremos pão para lhes dar de comer?". Um denário era o salário de um dia de trabalho, o suficiente para uma pequena família comer. Filipe mentalmente calculou de imediato, e disse que nem duzentos denários seriam suficientes para cada um receber o seu pedaço de pão e se alimentar. Mas André apresentou um rapaz que tinha cinco pães de cevada e dois peixinhos secos, mas como ele mesmo disse, "mas o que é isto para tanta gente?". O Mestre apenas pediu que seus discípulos ordenassem as pessoas que se assentassem, e tendo dado graças, partiu os pães e peixes e alimentou a multidão de tal modo que sobraram doze cestos de pedaços.

3.2. A palavra que alimenta o homem:
Na cura do paralítico Jesus demonstra que, mediante a sua palavra, ele levanta o homem, tanto da enfermidade, quanto da sua situação espiritual caída diante de Deus. Na multiplicação dos pães ele evidencia que é o pão que alimenta o homem da fome espiritual. Também, de modo simultâneo, fica claro que Ele se preocupa em alimentar as pessoas fisicamente buscando o nem estar à elas. Sabemos que no seu ministério havia dinheiro arrecadado para a sua subsistência junto com os apóstolos (Mt 27.55; Lc 8.2,3), e daí uma parte era retirada para ajudar os necessitados, principalmente os órfãos e as viúvas de Israel por onde eles ministravam. Desde cedo, houve esse cuidado tendo em vista que aqueles tempos tão difíceis, onde não havia um instituto de previdência social, tal responsabilidade recaía sobre os serviços religiosos.

3.3. A séria leva o pão:
Evangelização é comunicação e aí está implícito a ajuda aos necessitados. Em via de regra, não há trabalho evangelístico sem esse cuidado. Observe que em virtude do milagre da multiplicação, os homens ficaram ainda mais convictos que Jesus era o profeta que estava por vir (Jo 6.14-15). Às vezes se pensa em apenas ajudar aos domésticos na fé, isso é importante, mas as pessoas evangelizadas precisam perceber esse amor. Porém, o que se tem visto é o inverso de praticar o que fez Jesus, certos movimentos estão trabalhando para arrancar o último tostão das pessoas, prometendo-lhes a providência divina. Que evangelização é esta em que ao invés de ajudar, tira proveito dos necessitados?
Cremos que a Igreja vem influenciando ao longo dos séculos, poderosamente, o mundo, os governos acabaram tomando para si a responsabilidade dos doentes, desempregados e envelhecidos, criando meios assistenciais para socorrer a população, isso é ótimo inquestionavelmente. Porém devemos refletir que, à medida que a igreja está deixando essa responsabilidade apenas nas mãos do Estado, está diminuindo a sua atuação, está comprometendo o seu poder clerical de influência, está tornando-se apenas uma religião a mais no contexto contemporâneo.

CONCLUSÃO
Em síntese, essa é a missão explicada pelo discípulo amado e exemplificada por meio do que escreveu tão eficientemente. Esse encargo é um privilégio da Igreja evangelizadora, que busca acima de qualquer coisa o crescimento do reino de Deus onde ela está plantada. Sendo útil a Deus enquanto serve aos homens em suas necessidades e crises.

QUESTIONÁRIO
1. Quais aspectos a salvação em Cristo abrange a vida do homem?
R. Saúde física, psicológica e sua necessidade nutricional.

2. Toda evangelização séria é acompanhada de quê?
R. De curas e milagres.

3. De que maneira Jesus alimenta a alma de seus ouvintes?
R. “Ensinando acerca das realizações da divindade; ou quando ensina através das expressões, ''fazer, vivificar, ressuscitar e julgar".

4. Quais os testemunhos comprobatórios da divindade de Jesus por Ele citados?
R. João, o batizador, os sinais, as Escrituras em geral, e por último os escritos de Moisés.

5. Em via de regra, não há trabalho evangelístico sem esse cuidado, qual?
R. O de levar o pão aos necessitados.
Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JESUS CRISTO - O MESTRE DA EVANGELIZAÇÃO
 – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 06.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

A COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO



Jesus Cristo - O mestre da evangelização

LIÇÃO 05 – A COMUNICAÇÃO DO EVANGELHO
29 DE JULHO DE 2012

LEITURAS COMPLEMENTARES
  • Segunda feira: At 1.8
  • Terça feira: Jo 14.26
  • Quarta feira: Mt 28.19-20
  • Quinta feira: Jo 3.16
  • Sexta feira: Mc 16.15
  • Sábado: Rm 10.10

TEXTO ÁUREO
Disse-lhe a mulher: Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede e não venha
aqui tirá-Ia.
". Jo 4.15

VERDADE APLICADA
Pregar o Evangelho de forma clara e inteligente proporcionará melhores resultados para o Reino de Deus.

OBJETIVOS DA LIÇÃO
·   Apresentar os passos que levaram Jesus à  mulher samaritana;
·   Analisar como aprofundar a comunicação do evangelho;
·  Mostrar que o trabalho evangelístico, quando não esmorece, tem sempre bons resultados.

GLOSSÁRIO
·  Arguta: capaz de perceber rapidamente as coisas mais sutis;
· Dessedentado: matar a sede de (alguém, algo ou si próprio);
·  Grosseiramente: que denota indelicadeza, descortesia.

HINOS SUGERIDOS
·  521, 256, 261
TEXTOS DE REFERÊNCIA

Jo 4.9 - Disse-lhe, pois, a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se comunicam com os samaritanos)?
Jo 4.10 - Jesus respondeu e disse-lhe: Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.
Jo 4.11 - Disse-lhe a mulher: Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde, pois, tens a água viva?
Jo 4.13 - Jesus respondeu e disse-lhe: Qualquer que beber desta água tornará a ter sede,

ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1. Comunicação pessoal 
2.Aprofundar a comunicação
3.Resultados de uma boa comunicação
Conclusão

INTRODUÇÃO
Nesta lição, estudaremos como Jesus estabeleceu um contato de maneira criativa a partir
de algo simples com uma mulher. Veremos que, ao fazer isso, Ele demonstrou o seu interesse na pessoa dela, não fazendo caso de onde procedia, e aí aproveitamos para expor quão necessário
é compartilharmos o Evangelho com os marginalizados, estigmatizados e desprezados da nossa sociedade.

1. Comunicação pessoal:
Estava Jesus no sul de Israel, mas por causa da oposição farisaica retornou para a Galileia. Pusera-se a caminho e fora necessário passar por Samaria, por estar na região central de Israel entre a Judéia e a Galileia. Em Sicar, cansado da viagem decidiu sentar e conversar com uma samaritana. O registro dessa comunicação pessoal com uma mulher desencadearia uma série de conseqüências que afetaram a evangelização e o mundo. Ali Jesus transmitiu a maior das revelações no que tange a adoração, num golpe mortal nos preconceitos raciais deixou ao mundo um legado de evangelização insuperável!


1.1. Jesus iniciou o diálogo (Jo 4.10):
Uma mente mais arguta desconfiaria que na vida daquela mulher, as coisas não estavam bem. Afinal, uma mulher tirar água na hora da refeição, era no mínimo, uma prova de desordem pessoal. Jesus, no entanto, olha e vê além da própria etnia dela, vê além das diferenças históricas que geraram rivalidades, vê um ser humano portador da imagem e semelhança de Deus, digno de ser dessedentado em sua sede espiritual. Um verdadeiro evangelizador tem o seu coração mergulhado no amor do Mestre, e assim reflete o mesmo sentimento para com as pessoas, não se importando com as diferenças étnicas,. sociais, de cor, etc., e com tais pessoas estabelece contato criativo .

1.2. Jesus despertou o interesse (Jo 4.10):
Assim como o Mestre Galileu chamara a atenção da mulher de Sicar para algo comum devemos nós fazer o mesmo com o propósito de evangelizar, em meio aos nossos contatos diários ou ocasionais. Ele a disse inicialmente, "dá-me de beber". O que chamou a atenção dela foi o fato dele ser um judeu pedindo água a uma mulher, ainda mais, uma samaritana. Coisa jamais vista na existência dela, todavia Jesus aprofunda a conversa e desperta ainda mais o interesse da mulher ao dizer: "Se tu conheceras o dom de Deus e quem é o que te diz: Dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva". A mulher ao constatar naquele judeu um ar amistoso lhe oferecendo água viva, que se refere a água corrente ou manancial, demonstra interesse. Porém Jesus utiliza a água viva como símbolo da salvação com seus dons, mas ela inicialmente não compreende assim.

1.3.  Jesus expôs a realidade espiritual:
A água viva que a mulher entendera era para a sua satisfação física, afinal ele não tinha nem com o que tirar água do poço, como poderia ter água viva? Esse foi o questionamento dela. Jesus, no entanto, mostrou que a água por Ele oferecida se faz na pessoa que bebe "uma fonte de água a jorrar para a vida eterna". Porém a mulher não havia entendido ainda que Jesus estava falando de um assunto espiritual, imaginou ela que fosse alguma coisa mágica capaz de impedir a sua sede física e a necessidade de ir e vir ao poço continuamente, como precisava fazer. Observe a sabedoria de Jesus no uso cuidadoso das palavras, ele se utiliza da água alegoricamente para falar de um assunto espiritual, a sede interior que ela tinha. A vida dela refletia uma busca espiritual espelhada nos vários relacionamentos que teve até ali sem sucesso.
Jesus estabelece contato com a mulher junto ao poço, através dos seguintes passos:
1)  Estabelece contato utilizando-se da necessidade comum "-me de beber";
2)  Desperta a sua atenção para assuntos espirituais;
3) Mostra que tem a oferecer água que faz jorrar para a vida eterna. Essa é uma metodologia evangelística ideal para percorrermos, visto que a evangelização assim ocorre naturalmente.

2.  Aprofundar a Comunicação:
Para que a mulher pudesse beber da água que na pessoa torna-se uma fonte que salta para a vida eterna, ela precisava ser despertada da sua real condição pecaminosa até aquele momento. Todavia, o Mestre não lança em rosto os pecados da mulher grosseiramente, sob pretexto de estar falando a verdade ou em nome de Deus, mas trata da situação com muito cuidado, como um verdadeiro sábio que foi.

2.1. Denunciar o Pecado:
Um dos princípios da evangelização pessoal é convencer que o homem é pecador e que está condenado. Infelizmente, há pessoas que exageram na aplicação da dose desse princípio, confrontando as pessoas de modo grosseiro chamando as de "ímpias", "condenadas", etc., e até recitando seus pecados indelicadamente. Note que Jesus não deixou de tratar da situação pecaminosa da samaritana, mas com habilidade disse, "vai e chama o teu marido e vem cá". Ela lhe respondeu francamente: Não tenho. E Jesus a elogiou por sua honestidade e foi mais além, mostrando-lhe que já tinha tido cinco, e o de agora, não era seu marido. A mulher entendeu que estava diante de um profeta de Deus e encaminhou o assunto para a adoração. E comum ao evangelizador lidar com essa situação do evangelizando mudar para sub-assuntos, o mais importante é que ele não perca o foco de sua entrevista, apresentar a solução em Cristo.

2.2. Adorar Verdadeiramente (Jo 4.23):
A conversa entre a samaritana e Jesus é dinâmica e, ao mudar relativamente de assunto, Ele não se perde, mas lhe revela coisas novas. A questão de onde deve se adorar é levantada por ela, se era em Jerusalém onde está o templo ou no Monte Gerizim em que foi pronunciadas as bênçãos da Lei (Dt 11.29). Jesus lhe mostra que deveras a salvação vem dos judeus, e que a questão de onde se adorar será superada, posto que se entenderá que os verdadeiros adoradores não se limitarão a templos, mas que eles adorarão ao pai em espírito e em verdade (Jo 4.24). Ainda hoje, temos esse problema quanto ao lugar de adoração, mas Jesus inaugurou um novo tempo em que os adoradores não dependem de lugar, mas de uma disposição interior que reflete adoração em tudo quanto faz, ou seja, tudo o que é feito deve refletir uma sacralidade. Visto que, seja o comer, beber, vestir ou qualquer outra coisa ética deve ser feita para Deus (Rm 11.36).


2.3. Jesus traz nova revelação:
Quando a mulher finalmente disse que a vinda do Messias encerraria tais questões, para Jesus chegou o momento de se revelar dizendo: "eu o que falo contigo". Aqui está outro importante princípio da evangelização, mostrar a providência divina para o pecador, capaz de salvá-lo perfeitamente. E importante apontar o problema do pecado, mas, em seguida, mostrar-lhe a provisão divina, ou seja, em que se coloca pecador e salvador face a face. Nessa hora, mostramos o incomparável amor de Deus, a missão salvadora de Jesus e o que essa pessoa precisa fazer para alcançar a vida plena espiritual nele (Jr 29.13). E claro
que esse trabalho não deve ser encerrado aí, caso alguém deseje entregar a sua vida a Cristo. Tal pessoa precisará de receber orientação
, proteção e acompanhamento para sua própria sobrevivência nessa nova vida em Cristo (Mt 28.20).
Num efetivo trabalho de evangelização quando se está diante de alguém com dúvidas acerca de assuntos como: lugar de adoração, onde congregar, tipo de liturgia ou onde se batizar,
em virtude da diversidade de denominações evangélicas, é necessário ajudar esse alguém a
encontrarem
-se com Cristo e falar da salvação prioritariamente, independente de tais questões. o evangelizador deve se esforçar para conquistar a confiança do evangelizando e, assim, poderá conduzi-lo  a sua igreja e discriminá-lo também, sem, contudo ser chato ou inconveniente.

3. Resultado de uma boa Comunicação:
Depois de colocar a pessoa frente a frente com Cristo e instruí-Ia quanto ao que se deve fazer, devemos estar preparados para a aceitação ou rejeição da mensagem. A princípio alguém poderá aceitar ou rejeitar o evangelho e posteriormente esse resultado ser alterado.

3.1. Jesus não se impressionou com Nicodemos:
A mulher samaritana ao se defrontar com o Messias, concluiu que era Ele. Ficou tão impressionada com a conversa e o seu interior lhe confirmava que de fato era Ele o Messias, aquele Galileu com quem conversara até aquele momento. Largou o seu cântaro de água e correu à cidade anunciar aos homens de lá, convidando-lhes para que averiguassem o caso, e quem sabe chegariam a mesma conclusão que ela. Que aquele
profeta era o Messias
, pois Ele lhe dissera tudo a seu respeito. O impacto desse encontro foi tão poderoso em sua alma que a mulher de quem não sabemos o nome, convenceu os homens, como disse João: "saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele". Há pessoas que são verdadeiros multiplicadores, ou seja, verdadeiras varas da videira altamente frutíferas, com uma capacidade enorme de influência adormecida, mas que despertadas para Deus se tornam valorosos conquistadores de almas para o Senhor.

3.2. Jesus o surpreendeu com um fato novo:
Atravessar Samaria, era para ser apenas um atalho, aguardar o retorno dos discípulos que foram comprar comida, apenas mais um detalhe. Todavia, em unção do resultado da comunicação com aquela mulher e do testemunho dela aos homens da cidade, o. Senhor Jesus teve o seu programa alterado. Foi, pois, necessário, em função disso, Ele permanecer ali com seus discípulos mais dois dias. Agora observe como Jesus era eliminador de barreiras, ao travar diálogo com a mulher, ela conduziu os homens da cidade a um forasteiro que jamais prestariam atenção. Porém, no final, eles mesmos lhes pedem para que Jesus permaneça com eles. Jesus via como era necessário ali permanecer para firmar o seu trabalho entre eles e, de boa vontade, o fez. No reino de Deus é assim, temos em mente uma meta a atingir, mas devemos ser flexíveis o suficiente para a própria preservação dos resultados já alcançados e até ampliá-los.


3.3. Jesus fez revelações Profundas:
João descreve o resultado positivo daquilo que começou com o estabelecimento
de uma comunicação com a mulher. Utilizamos aqui a palavra comunicação intencionalmente por traduzir com peso a importância da mesma na evangelização das pessoas
. Observe que comunicação é simultaneamente pelo menos oito coisas diferentes: concessão,doação,conversação, convívio, diálogo, entendimento, difusão e transmissão. O que o mestre da evangelização fez, foi impedir que as barreiras sociais do preconceito, do etnocentrismo, de gênero, etc., impedissem de determinar a sua forma de trabalhar a fim de conduzir aqueles homens ao conceito e experiência que eles alcançaram: sabemos
que este é verdadeiramente o Salvador do mundo".
O Evangelho que não vai além das barreiras sociais e étnicas não é "evangelho do
Reino" contaminado pelos sedimentos históricos, políticos mundanos
e teológicos sem
qualquer efeito, não
é capaz de transformar as vidas. Voltemos ao evangelho puro e simples dos apóstolos (At 2.37
-47).


CONCLUSÃO
Temos, em Jesus, o supremo exemplo de ir ao nível dos homens, seja qual for. O de Nicodemos, um notório mestre de Israel; ou da samaritana que era de outra etnia e de conduta duvidosa. O mais importante que aprendemos é amar as pessoas independente do que elas são, e a elas demonstrarmos esse amor através da comunicação do Evangelho, com todo o vigor para possibilitar a transformação delas: espiritual e social também.

QUESTIONÁRIO

1. Como Cristo, o verdadeiro evangelizador não se importa com o quê?
  R. Diferenças étnicas, sociais, de cor, etc.
2. Cite um dos principais objetívos da evangelização pessoal?
     R. E convencer que o homem é pecador e que está condenado.
3. De que maneira a samaritana refletia uma sede espiritual?
     R. Espelhada nos vários relacionamentos que teve até ali.
4. Como Jesus convenceu a samaritana do seu pecado?
  R. Com tato disse, "vai e chama o teu marido e vem cá".
5. É importante mostrar o pecado, mas em seguida fazer o quê?
     R. Mostrar a provisão divina, em qúe se coloca o pecador e salvador face a face.

Fontes:
Bíblia Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista: JESUS CRISTO - O MESTRE DA EVANGELIZAÇÃO
 – Editora Betel - 3º Trimestre 2012 – Lição 05.