Jesus Cristo - O mestre da evangelização
A
ORAÇÃO DE JESUS A FAVOR DE SEUS DISCÍPULOS
LIÇÃO 13 – 23 DE SETEMBRO DE 2012
LEITURAS
COMPLEMENTARES
- Segunda feira: 1Co 13.1-3
- Terça feira: 1Co 13.8
- Quarta
feira: 1Ts 4.3
- Quinta
feira: 2Ts 2.13
- Sexta
feira: 1Tm 2.15
- Sábado:
1Pe 1.2
TEXTO ÁUREO
“Jesus falou
essas coisas e, levantando os olhos ao céu, disse Pai, é chegada a hora;
glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti,”. Jo
17.1
VERDADE APLICADA
Os ensinos de Jesus na chamada
oração sacerdotal podem dar-nos novo fervor e nova vida todas as manhãs.
OBJETIVOS DA LIÇÃO
- Ensinar
que o relacionamento é primordial no desenvolvimento do corpo de Cristo;
- Apresentar
que a santificação é uma necessidade nesses dias;
- Mostrar
que somente com o amor de Deus à Igreja será conhecida como povo dEle.
GLOSSÁRIO
·
Conexão:
ligação, união, vínculo;
·
Reflexão: ato
ou efeito de refletir (-se);
·
Comunidade: conjunto
de habitantes de um mesmo Estado ou qualquer grupo social.
HINOS SUGERIDOS
·
180,
363, 408
TEXTOS DE
REFERÊNCIA
Jo 17.13 - Mas, agora, vou para ti e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.
Jo 17.14 - Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu
não sou do mundo.
não sou do mundo.
Jo 17.15 - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.
Jo 17.16 - Não são do mundo, como eu do mundo não sou.
Jo 17.17 - Santifica-os na verdade; a tua palavra é a
verdade.
Jo 17.18 - Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao
mundo.
Jo 17.19 - E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles
sejam santificados na verdade.
Jo 17.20 - Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles
que, pela sua palavra, hão de crer em mim;
ESBOÇO DA LIÇÃO
Introdução
1.
O discurso de despedida
2.Santifica-os na verdade a Tua Palavra é a verdade
3. Os futuros discípulos
Conclusão
Conclusão
INTRODUÇÃO
A lição de
hoje, comumente chamada de oração sacerdotal, título que, segundo alguns
estudiosos da história da Igreja, dizem ter sido dito pelo teólogo luterano
David Chytraeus (1530-1600), foi um dos muitos discursos preditos por Jesus com
a preocupação fundamental de manter os discípulos unidos na verdade que é
Cristo. Mas também instruí-los a uma vida santificada produzida pela Sua
Palavra e prioritariamente orientada pelo amor de Deus.
1. O DISCURSO DE
DESPEDIDA
As palavras de despedida de Jesus são
seguida de uma oração. Ele está pronto a encarar o gólgota, mas para isso,
precisa falar com o Pai em oração, descriminando os três aspecto básicos do
relacionamento que se constituiu a partir de seu ministério, entre Ele e o Pai,
Ele e os seus discípulos, e os seus discípulos e os futuros novos discípulos.
1.1 Um relacionamento entre Ele e o Pai (Jo 17.1-5)
Após erguer os olhos em
oração, Jesus disse que chegara a sua "hora", o ponto central do plano
redentor de Deus. Era o momento de manifestar o esplendor de sua autoridade, de
conceder vida eterna a todos os eleitos (Jo 6.44; 1.11-12). Jesus havia construído
uma bela história pública com o Pai entre os seus familiares, amigos, religiosos
e discípulos. Em todas as suas atividades, a sua relação com o Pai sempre foi
marcante, desde o início de sua presença entre os homens. Uma relação de testemunho
do Pai (Mt 3. 13-17); de confirmação das Escrituras (Mt 12.17-21); de companhia
do Pai (Mt 15.5); e de unidade com o Pai (Jo 17. 21).
1.2 O relacionamento com os discípulos (Jo 17.6-19)
Jesus ensinou que o relacionamento é
uma das bases do discipulado. Sem comunhão o discípulo não pode ter conexão nem
com Deus, nem com os homens. Na Sua trajetória ministerial, os seus seguidores sempre
estiveram com Ele nas festas (Jo 2.1-12); nas curas (Mt 8.5-17); nos seus
milagres (Mt 8.23-27); alimentando-se (Mt 9.10-13); em suas longas caminhadas
(Mt 9.35-38); nas suas profecias (Lc 10.13-15; Mt 11.20- 24); em seus
debates teológicos (Mt 12.1-8); e em tantos outros episódios. O estilo de discipulado de
Jesus é visceral e revolucionário, porque Ele não se distanciou de seus discípulos, a não
ser para os momentos de oração e reflexão de sua jornada (Mt 12.15; 14.22-23).
1.3
O relacionamento dos próprios discípulos (Jo 17.20-26)
Há pessoas que vivem em solidão, porque construíram pontes
em torno de si, ao invés de pontes ligando-as a outras. Talvez com esse
pensamento, Jesus preocupado com os discípulos, deixou registrado que eles tivessem um só coração, uma única mente, assim
como Ele e o Pai eram. Se eles conseguissem construir uma comunidade assim, o mundo teria facilidade
para crer que de fato o cristianismo é a verdade de Deus proclamada aos homens, sem contar que o homem
sozinho é uma sílaba sem voz, uma sombra vazia, braço que não se move harpa sem melodia, punhado de cinza inútil, que o próprio vento
despreza.
O homem é solitário
porque é singular, mas é convidado a comunhão (Mt 26.26-30). Essa
foi à extraordinária ideia de Jesus
ao orar pelos seus discípulos. As disputas têm o poder de nos isolar
um dos outros. Não devemos esquecer que todos nós podemos ter um excelente relacionamento
pessoal: Basta muitas vezes estabelecer Limites. Respeitar a individualidade
de cada um, para que possamos
viver em mutualidade generosa. O único que deseja que a Igreja
viva uma vida de intrigas é
o diabo. Ele veio para matar, roubar e destruir, mas não podemos nos esquecer
que Jesus veio para que tivéssemos vida e em abundância (Jo 10.10).
2. SANTIFICA-OS NA VERDADE A TUA PALAVRA É A
VERDADE
Verdade e Palavra são títulos de Cristo conforme assevera o Dr. Russel
Shedd. O próprio Jesus disse que Ele era o “caminho, a verdade e a vida” (Jo
14.6); João o descreveu como sendo a Palavra que estava no princípio com Deus e
era o próprio Deus, e que depois encarnou e habitou entre os homens (Jo 1.1, 14).
Santificar-se então nesse contexto seria os discípulos se relacionarem ao
máximo com Jesus, para que pudessem ter uma vida protegida em um mundo hostil
pronto a derrotá-los.
.
2.1 A proteção espiritual que cada discípulo precisa
Já que os discípulos
seriam enviados com a missão
especial de proclamar libertação aos cativos e liberdade aos oprimidos em
território hostil, eles iriam carecer de
proteção espiritual. Os discípulos entrariam em colisão contra o reino das
trevas, invadindo os seus
domínios com a missão de derrotar o poder do usurpador. Satanás roubou
indevidamente os espaços que não são seus, então os novos discípulos têm agora a missão de continuar
o que Jesus começou a fazer, destruir as obras do diabo com a mensagem do
Evangelho no poder do Espírito (lJo 3.8; At 1.8).
2.2 A necessidade de
santificação
Em termos positivos, os discípulos
precisavam ser santificados. Tinham que ser consagrados para executarem a tarefa a que foram
confiados. Os discípulos foram chamados a viver uma vida de santidade, de inocência, de pureza e de continuada
consagração ao Senhor. A santidade de Deus na vida dos discípulos se manifestariam
em ódio contra o pecado, em se deleitar na retidão, e na separação entre eles e os que vivem no pecado.
2.3 A doutrina da santificação na história bíblica
A santificação é a obra contínua de Deus na vida do crente tornando-o
realmente santo (Millard J. Erickson). É a transformação
de uma natureza decaída, que passa a portar uma verdadeira semelhança com o Deus
trino. Um processo pelo qual cada pessoa é moldada de acordo com a ação
poderosa do Espírito Santo de Deus no ser humano. Os teólogos dizem que a
palavra santificação possui dois sentidos básicos, ligados a dois conceitos básicos de
santidade. O primeiro diz respeito a certos objetos, pessoas e lugares. Tem um
sentido de pertencimento (lPe 2.9). O segundo seria a qualidade moral ou valor
espiritual, tendo como estilo de vida a pureza e a bondade (CI1.22; 3.12).
A santificação tem um começo definido na regeneração
(Tt 3.5). Uma vez nascidos de novo não podemos continuar pecando como um hábito ou como um
padrão de vida (1Jo 3.9), porque o poder da nova vida espiritual em nós impede de render-nos a uma vida de pecados. A santificação
aumenta por toda a vida. Embora Paulo diga que seus leitores foram libertados do pecado (Rm 6.18) e que estão "mortos para o pecado, mas vivo para
Deus" (Rm 6.11), ele
todavia reconhece que o pecado permanece
na vida deles; por essa razão, aconselha-os a não deixá-lo reinar e a nem se renderem a ele (Rm 6.12-13). (Wayne Grudem)
3. OS FUTUROS DISCÍPULOS
“Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que, pela Sua
Palavra, hão de crer em mim” (Jo 17.20). Os discípulos de Jesus foram o núcleo
daquela nova comunidade que apontava para
um novo tempo, que mais tarde seria conhecida como a Igreja do Senhor
Jesus no mundo. Um grupo de pessoas que deveriam manter a unidade no amor e na
verdade. Só assim, haveria a possibilidade de serem gerados novos discípulos
para o crescimento quantitativo e qualitativo do Reino de Deus.
3.1 O amor como força da unidade
O apóstolo Paulo disse: "Mesmo
se eu tivesse eloquência humana, e não tivesse amor, não passaria do rangido de
uma porta enferrujada. Mesmo que eu pregasse com poder, revelando todos os
mistérios, ou se tivesse fé que "transportasse montes" e não tivesse
amor, nada poderia ser" (lCo 13.1-3). O amor é a força da unidade da
Igreja. Às vezes, pensamos que,
através de uma liderança rígida e enérgica, conseguiremos manter o povo unido. Engana-se
quem assim pensa. Nós obedecemos na proporção que amamos. O amor "tudo sofre,
tudo crê, tudo espera, tudo suporta" (lCo 13.7). Quem obedece sem amor um
dia trairá a confiança, e quebrará a unidade.
3.2 O amor como o maior instrumento pedagógico
Em linhas gerais, pedagogia é o conjunto de métodos que
asseguram a adaptação recíproca do conteúdo informativo aos indivíduos que se
deseja formar. A palavra pedagogia tem origem, na Grécia antiga, paidós (criança)
e agogé (condução). No Brasil, é uma graduação que por parte do MEC (Ministério da
Educação e Cultura) é um curso que cuida dos assuntos relacionados a educação
por excelência. Para o cristianismo, o amor é o método divino que assegura todo
conteúdo de Jesus. O próprio Jesus disse que os discípulos só teriam credibilidade
se tivessem em sua metodologia de ensino e pregação o amor (Jo 13.35).
3.3 O amor e o crescimento da Igreja
A Igreja tem crescido como nunca. Sua presença é marcante
no mundo. Todos conhecem o cristianismo, ainda que palidamente, através da
Igreja (discípulos). Mas seu crescimento tem provocado conflitos jamais
imaginado. A forma de governo autoritário de lideranças; o acúmulo de riquezas;
a perversidade, malignidade e crueldade como ela
construiu sua história em alguns momentos (corrupção com o governo imperial, inquisição
e outros pecados, contaminaram a doutrina bíblica), só serviu muitas vezes para
mostrar que ela tinha se tornado uma instituição de poder. Mas graças a Deus,
sempre houve homens e mulheres de Deus para se colocar contra toda forma de manifestação
maligna que tem tentado debilitar e destruir a Igreja do Deus vivo.
A unidade pelo. Qual. Jesus orou é uma unidade de amor; na verdade
trata-se da participação deles na unidade de amor que existe eternamente entre o Pai e o Filho.
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos", Jesus tinha dito
aos onze, "se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35). A sua unidade em amor manifesta daria confirmação pública ao relacionamento deles com Jesus
e deste com o Pai. O mundo, que até
então não Lhe tinha dado crédito, aprenderá com o testemunho
do amor dos discípulos que de fato,
ele foi o enviado de Deus;
o mundo aceitará o seu
testemunho de que “o Pai enviou o seu Filho como
Salvador do mundo (1Jo 4.14)”. Então o domínio do usurpador será desmantelado e o mundo, por fim
reconhecendo seu Senhor de direito, responderá com fé ao seu amor por Ele.
CONCLUSÃO
O desejo do
Senhor é que as intrigas sejam dissipadas do corpo de Cristo. A falta de
unidade, pureza e amor ao próximo, tem sido marcante em alguns lugares onde o povo
de Deus se reúne. O mundo precisa urgentemente enxergar na comunidade cristã um
ambiente propício para o bom convívio social e familiar. Se não atentarmos para
este fato, seremos surpreendidos com repreensões daqueles que estão de fora.
QUESTIONÁRIO
1. Segundo a lição, como era a relação de Jesus com o Pai?
R. Uma relação de testemunho do Pai; de confirmação das Escrituras; de companhia do Pai; e de unidade com o Pai.
2. Cite uma definição de solidão na lição de hoje.
R. "Homem sozinho é uma sílaba sem voz, uma sombra vazia, braço que não se move,
harpa sem melodia, punhado de cinza inútil, que o próprio vento despreza".
3. Cite dois títulos de Jesus encontrados na lição.
R. Verdade e Palavra
4. Como deve ser a santidade dos discípulos?
R. Manifestaria-se em ódio contra o pecado, em se deleitar na retidão, e na
separação entre eles e os que vivem no pecado.
5. Qual o maior instrumento pedagógico da Igreja?
R. O amor
Fontes:
Bíblia
Sagrada – Concordância, Dicionário e Harpa - Editora Betel,
Revista:
JESUS CRISTO – Editora Betel - 3º
Trimestre 2012 – Lição 13.