Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Eliseu e o milagre do machado flutuante

“Eliseu e o milagre do machado flutuante”

LIÇÃO 10 – 07 DE dezembro DE 2014

“Eliseu e o milagre do machado flutuante”

TEXTO AUREO

“Com a sua voz troveja Deus maravilhosamente; faz grandes coisas, que nós não podemos compreender” Jó 37.5

VERDADE APLICADA

Por mais simples que seja um milagre, ele pode ser capaz de produzir profundas e inesquecíveis lições em nossas vidas, inclusive, nos despertar para outros ainda maiores.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com o Senhor;
 Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;
 Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

II Reis 6:1 – E DISSERAM os filhos dos profetas a Eliseu: Eis que o lugar em que habitamos diante da tua face, nos é estreito.
II Reis 6:2 – Vamos, pois, até ao Jordão e tomemos de lá, cada um de nós, uma viga, e façamo-nos ali um lugar para habitar. E disse ele: Ide.
II Reis 6:3 – E disse um: Serve-te de ires com os teus servos. E disse: Eu irei.
II Reis 6:4 – E foi com eles; e, chegando eles ao Jordão, cortaram madeira.
II Reis 6:5 – E sucedeu que, derrubando um deles uma viga, o ferro caiu na água; e clamou, e disse: Ai, meu senhor! ele era emprestado.
II Reis 6:6 – E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro. Houve um homem de Ramataim-Zofim, da montanha de Efraim, cujo nome era Elcana, filho de Jeroão, filho de Jeroão, filho de Eliú, filho de Toú, filho de Zufe, efrateu.

Introdução
Fazer o ferro do machado flutuar parece ter sido um milagre muito simples, todavia, mesmo sendo um milagre não muito chamativo, sua essência é muito poderosa, pois traz consigo imprescindíveis lições espirituais para as nossas vidas.

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 1
 Mostrar que a vida não é um mar de rosas, e que é imprescindível o caminhar com o Senhor;

1. A importância da presença de Deus.
Elias havia estabelecido uma escola de profetas em Jericó, e Eliseu deu seguimento, a escola cresceu e o lugar ficou pequeno (2Rs 6.1). Com o desejo de melhora, os jovens aprendizes, discípulos dos profetas, resolveram ir até o Jordão cortar madeira, onde ocorreu o incidente e o milagre. Destacaremos três coisas fundamentais nesse primeiro ponto:

1.1. O desejo de crescer;
O lugar em que Eliseu ensinava aos jovens profetas estava pequeno para a quantidade de alunos que possuía e um deles sugeriu que fosse ao Jordão com eles, pois cortariam madeira para ampliar o local. Enquanto trabalhavam o ferro do machado de um deles acidentalmente se soltou do cabo, e afundou nas profundas águas do rio. O grande problema aqui não foi perder a haste do manchado, mas porque era emprestado (2Rs 6.5). O desejo de crescer é comum a todos nós, porém, precisamos estar cientes que nem sempre as coisas sairão como pensamos, porque estamos sujeitos a imprevistos e acidentes de percurso. Quando o ferro foi perdido, eles não mergulharam na água, nem criaram uma estratégia para recuperá-lo, eles se dirigiram a quem podia resolver (2Rs 2.21; 4.2-7,34 e 41) Poderíamos agir assim também na hora de nossos desesperos!
Explique aos seus alunos que naquele tempo essa ferramenta era caríssima, tratava-se de uma peça forjada no fogo e nem todos poderiam comprar. Como eles eram jovens e sem recursos, o desesperou tomou conta do jovem aprendiz. Nessa época se uma pessoa não pudesse pagar uma dívida era levado como mão de obra escrava até que a dívida fosse sanada (2Rs 4.1).

1.2. A presença do profeta e sua importância;
A presença de Eliseu entre os jovens tipifica a presença do Senhor em nosso meio. Quando a ideia foi autorizada por Elizeu, eles não saíram sem antes assegurarem-se que Eliseu iria com eles ao local (2Rs 6.3). Isso significa que esse empreendimento iria contar coma presença Divina a cada passo do caminho. Com o passar dos tempos muitos cristãos se apartar4amd esse tipo de relação tão necessária e indispensável à caminhada por esta vida. Se agíssemos como esses Jovens não erraríamos tanto. Não perderíamos tanto tempo para acertar. Gastamos quase uma vida inteira para chegar a uma coisa que se estivéssemos conectados a Deus, não passaríamos por tantas decepções e tantas incertezas. Deus tem o sobrenatural, precisamos caminhar juntos a Ele (Sl 77.11,14; Jr 33.3).

1.3. A atitude que precedeu o milagre;
Precisamos aprender a conviver com o sobrenatural, Deus opera de forma imprevisível. Um Evangelho que não manifesta o sobrenatural em nada difere das demais religiões. Eles primeiro chamaram a companhia do Senhor, e depois clamara a Ele. Eles não ficaram criando meios de produzir um milagre, se dirigiram a quem vivia cotidianamente com Eles, Eles buscaram a saída correta para aquele momento de pavor. Devemos entender que Deus não se move dentro da lógica, da física, matemática, e demais regras de sabedoria humana. Sabemos que para Ele não existe impossíveis (Gn 18.14a; Lc 1.37). Embora fosse possível tentar recuperar o ferro submerso, eles recorreram ao sobrenatural.
        Quando as dificuldades surgem no caminho que o Senhor nos autorizou a caminhar, devemos recorre a Ele em primeira instância, em vez, em vez de ficar tentando encontrar um meio de resolver. Deus deseja fazer flutuar aquilo que perdemos na profundeza do rio. Quando, para nós, resolver o problema parece ser impossível, o nosso primeiro impulso deve ser consulta-lo acerca de como iremos recuperar.

 Ensinar aos alunos alguns passos para se recuperar aquilo que se perdeu;

2. RECUPERANDO O QUE SE PERDEU:
Para que serviria um cabo sem a haste do machado? Apenas como lembrança de que um dia aquele cabo e aquela haste eram eficientes. Porém, somente unidos é que poderiam ser o que eram. Um cabo sem a haste não corta, assim como uma pessoa natural nada pode produzir na esfera sobrenatural. Vejamos algumas lições da recuperação:

2.1. Onde caiu?
A perguntas de Eliseu é muito prática. Como podemos recuperar algo que não sabemos onde pode estar? Geralmente, quando esquecemos um documento importante ou algo de valor e não sabemos onde encontrar o que fazemos? Paramos, respiramos, e tentamos recapitular cada passo dado durante o dia, é como se voltássemos no tempo (Ap 2.5ª). No mundo espiritual também é assim. Temos que lembra onde tudo começou a dar errado, onde a porta foi aberta par ao inimigo cirandar em nossas, onde lhe demos legalidade. Se um mal nos advém, não vem sem causa (Pv 26.2). Jesus perguntou ao pai do lunático desde quando aquilo acontecia (Mc 9.21) tudo na vida tem um começa, nada na vida é sem resposta. Dificilmente não sabemos onde caiu nosso machado.
Quantos casamentos dissolvidos porque não houve a coragem de dizer: eu errei naquele dia; quantas oportunidades jogadas fora por não reconhecer que poderíamos ter agido diferente; quantos ministérios no fundo do rio por querer ser senhor em vez de servo (Pv 18.12. Muitas pessoas vivem a se esconder da verdade, por isso, não recuperam o que foi perdido.
       
2.2. Reconhecer o valor é fundamental para a busca;
O jovem sabia o valor daquele pequeno ferro do machado. Ele valia sua liberdade, seu futuro como profeta. Ele sabia o que estava em jogo, não era apena uma pequena haste de ferro, era uma ferramenta valiosa, mesmo sendo simples. Assim também é a vida cristã! Por menor que seja a ferramenta que o Senhor colocou em nossas mãos devemos valorizá-la. Perder o talento é algo muito sério, compromete a liberdade (a salvação). Por causa de uma moeda a mulher revirou a casa inteira. Ela ainda tinha nove, mas essa era fundamental, ela sabia seu valor (Lc 15.8). Em nossos dias muitos não estão perdendo somente a ferramenta, mas afundando juntamente com elas no rio (Ap 2.5)

2.3. Estende a tua mão;
        “E disse o homem de Deus: Onde caiu? E mostrando-lhe ele o lugar, cortou um pau, e o lançou ali, e fez flutuar o ferro e disse: levanta-o. então ele estende sua mão e o tomou” (2Rs 6.6-7). Assim como Eliseu o Senhor deseja também nos devolver a ferramenta perdida. Basta apenas que sejamos sinceros e digamos onde caiu. O profeta cortou uma madeira para que o ferro pudesse levantar-se, de igual maneira, Cristo por sua morte no madeiro, foi a madeira cortada e lançada no mar da humanidade para que seus servos possam erguerem-se. Poucos entende a importância desse ferro, ele custou a própria vida do Filho de Deus, que foi sacrificada para que pudéssemos nos reconciliar com o Pai Celestial (Cl 1.13; 2.13-14).
        O tempo pode nos tornar religiosos e rotineiros. Com o passar dos anos podemos minguar na verdade, e no poder da mensagem. É bom estarmos atentos, porque nossa ferramenta não está isenta de esbarrar em duros obstáculos e se perder no rio.

OBJETIVO E SINOPSE – TÓPICO 3
 Estimar o valor da salvação que nos foi outorgada por Cristo no Calvário.

3. AS LIÇÕES DE UM MACHADO FLUTUANTE
        Eliseu era um homem simples, um profeta que se identificava com as pessoas. Como mestre ele não somente ensinava, mas apresentava de forma nítida o poder do Senhor a seus alunos. O milagre parece simples a priori, mas é recheado de profundas verdades espirituais.

3.1. Corpo sem cabeça;
            O maior problema de Jesus antes de sua morte e ressureição residia em não possuir um lugar para reclinar sua cabeça (Mt 8.18-20). Jesus tinha residência física nesse tempo, ele não tinha residência espiritual. Ele sabia que uma cabeça sem corpo fica sem governo. Se traçarmos um paralelo veremos que o ferro representa a cabeça do machado, e a madeira o seu corpo. Lucas destaca claramente esse paralelo:  Lucas 19:10 “Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia perdido.”. Observe que não e “quem” (pessoas), mas “oque” (algo). Quando Adão pecou não perder só a comunhão com o criador, ele perdeu também o governo da humanidade. Por isso, Jesus veio ao mundo, e a salvação engloba tanto a vida humana quanto a uma posição de governo na esfera espiritual; (Mt 28.18; Ef 1.22-23; 2.1-6).
            O peso específico do ferro e 7.84 vezes mais pesado do que o peso da água. O milagre desfiou a força da gravidade. Nosso Deus não está preso as forças da natureza. Fazer o ferro flutuar é colocar num nível acima, e sobrepõe um sistema. Jesus é a cabeça que se ergueu no mundo para sanar os problemas da humanidade.

3.2. O trabalho humano;
Quando o ferro do machado já flutuava e estava visível, Eliseu disse ao discípulo que com ele estava: “levanta-o então ele estendeu a sua mão e o tomou” (2Rs 6.7). Esta sincera conclusão do relato nos recorda que em todo o milagre existe uma função Divina e outra humana. Existem coisas que para nós são impossíveis realizar, das quais Deus se encarrega de fazer. Quando o ferro já estava visível, a responsabilidade de extraí-lo da agua já não era mais de Deus, e nem tampouco de Eliseu. Era algo que o discípulo podia e devia fazer. A regra é clara: Deus não fará por nós, aquilo que nos mesmos devemos fazer (Pv. 6.6-11). Ficaremos prostrados após a queda ou levantaremos?

3.3. O precioso resgate;
            Trazendo esse relato para os nossos dias, podemos afirmar com toda a convicção que a graça de Deus pode e levantar um coração duro e frio como o ferro. O Jordão nesse tempo era muito profundo em relação aos nossos dias. Hoje ele comporta apenas dez por cento do que possuía na antiguidade. O ferro flutuou de águas muito profundas e escuras. Do mesmo modo, Deus pode fazer emergir um pecador da mais profunda escuridão do pecado, pode elevar seus afetos para se interessar pelas coisas de cima, onde Cristo está assentado, e conduzi-lo a uma profunda satisfação e uma gloriosa esperança (1Pe 1.3; 2Pe 1.3-8).
            Éramos milhões e milhões de seres humanos submersos em delitos e pecados. Mas nosso Senhor, o grande Salvador, nos ergueu, nos fez emergir, e nos colocou assentados juntamente com Ele nas regiões celestiais (Ef 2.6). Ele nos tirou de um abismo de horror (harpa cristã 435).

Conclusão
A madeira foi lançada ao mar para que o ferro pudesse ser recuperado. Cristo já fez a Sua parte, agora cabe a cada um de nós estendermos as mãos e tomarmos posse desta tão grande salvação que nos foi outorgada por Seu sacrifício vicário (Hb 2.3).

QUESTIONÁRIO

1. Quem eram os jovens que Eliseu seguiu até o Jordão?
R: Os filhos dos profetas (2Rs 6.1).
2. Qual o desejo desses Jovens?
R: Ampliar o lugar, crescer (2Rs 6.1.2);
3. O que representa na lição a presença de Eliseu?
R: A presença do Senhor nas nossas vidas (2Rs6.1-7);
4. Qual a tipologia da madeira lançada no rio? 
R: Cristo se lançando para nos salvar (Lc 19.10).
5. Qual a nossa responsabilidade diante do rio?
R: Fazer a nossa parte estendendo a mão. (Hb 2.3).

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 4º Trimestre de 2014, ano 24 nº 93 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor – Milagres do Antigo Testamento – Compreendendo o cuidado divino através das intervenções milagrosas na história do seu povo.