Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

sábado, 31 de agosto de 2013

Abraçando o modelo disciplinar de Jesus

LIÇÃO 9 – 01 de setembro de 2013 

Abraçando o modelo disciplinar de Jesus

TEXTO AUREO

“Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo”. Ap 1.3

VERDADE APLICADA

Todas as verdades e princípios bíblicos referentes ao relacionamento de Cristo com a Igreja são aplicáveis ao relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na família cristã.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Assegurar que o ofício dos pais em relação aos filhos se assemelha ao ofício de Jesus em relação à Igreja;
 Ensinar que o modo como Jesus se relaciona com as diferentes congregações fornece molde seguro para o relacionamento conjugal e para criação, educação e disciplina na família cristã;
 Insistir que as virtudes de Cristo sejam conhecidas de nossos filhos.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Ap 1.3 - Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo.
Ap 1.10 - Eu fui arrebatado em espírito, no dia do Senhor, e ouvi detrás de mim uma grande voz, como de trombeta,
Ap 1.11 - que dizia: O que vês, escreve-o num livro e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso, e a Esmirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.

Introdução
Todas as verdades es princípios bíblicos referentes ao relacionamento entre Cristo e a Igreja são aplicáveis ao relacionamento entre marido e mulher e entre estes e seus filhos na família cristã. Com esta convicção tomaremos como texto-chave para o estudo desta lição os capítulos de 1 a 3 da Apocalipse. Eles fornecem modelo singular e infalível de disciplina no lar. Na presente lição traçaremos o perfil dos pais (casal à luz daquilo que o Apóstolo pode ver no do perfil de Cristo.

1. A  autoridade de Jesus Cristo
Jesus chama os anjos das Igrejas de “estrelas”. Isto significa que a vida dos pastores deve emitir a luz que emana de Deus.  Porque a eles Deus coloca em alta posição, delega autoridade e dá do Seu poder e força para que guiem e protejam o rebanho. Ele declara que possui os pastores em Sua mão direita. Sempre que a Bíblia fala de destra, mão direita e braço direito de Deus, estão em vista principalmente a Sua força e Seu poder. Isto mostra que os líderes das Igrejas são sustentados, protegidos e controlados por Deus, a fim de que possam desempenhar bem a missão que lhes foi confiada. Do mesmo modo. pais cristãos:

1.1. Devem  viver  debaixo da autoridade de Deus
Pais verdadeiramente cristãos são aqueles que vivem sob a proteção, o controle e a autoridade de Deus. Somente assim conseguirão proteger os filhos. Como as sete estrelas, recebem de Deus autoridade, força, poder, sabedoria e conhecimento. Suas vidas ilibadas resplandecem sobre os filhos de modo a conduzi-los diuturnamente ao propósito estabelecido para eles e a guiá-los na e para a segurança da salvação.

1.2. Devem  passar o maior tempo  possível com os filhos e andar no meio deles
Jesus prometeu aos discípulos que edificaria a Sua igreja e garantiu que as portas do inferno não prevaleceriam contra ela (Mt 16.18). Em que se fundamenta tão extraordinária garantia? Sem dúvida reside no fato de Jesus estar com a igreja e viver no meio dela e de ser Ele mesmo que, através dela. investe contra as portas do inferno (Ap 2.1 “Ao anjo da igreja em Éfeso escreva: “Estas são as palavras daquele que tem as sete estrelas em sua mão direita e anda entre os sete candelabros de ouro.). Assim como a Igreja precisa unicamente da presença de Cristo para viver neste mundo e da garantia que Ele oferece de que não lhe faltará em sua luta contra as fortalezas do príncipe das hostes espirituais da maldade, filhos precisam mais da presença ativa dos pais do que de brinquedos, roupas e outros objetos.
Filhos precisam que os pais andem com eles e não somente que lhes apontem o caminho certo ou que lhes descrevam os inimigos que encontrarão peta frente. Eles precisam ser edificador sobre princípios e valores que tenham a solidez das rochas milenares. Eles necessitam da segurança que, somente o casal de pais unidos em amore respeito mútuo, pode lhes oferecer.

1.3. Devem saber equilibrar elogios e repreensões
Jesus elogiou todos os anjos das Igrejas que apresentavam obras dignas de louvor. Também os repreendeu naquilo que falharam. Assim os pais devem prestar atenção nos filhos e elogiá-los naqueles aspectos em que são merecedores. Porém, não podem descuidar das repreensões quando elas se fizerem necessárias. Filhos necessitam da correção amorosa e constante oferecida diretamente pelos pais. Elogios e reconhecimento são importantes para manter os filhos sempre estimulados e para que saibam que acertaram e que seus acertos alegram e dão prazer aos pais, mas não são suficientes para transformar crianças nascidas no pecado em pessoas capazes de vencer toda e qualquer sorte de tentação, pressões e provocações, tanto de agentes humanos, quanto de agentes espirituais. Por isso, com amor e moderação, repreenda seus filhos e corrija-os quando falharem.

2. Filhos são preciosos, virtuosos e úteis
Jesus considera as sete igrejas como úteis e feitas de material precioso e incorruptível (Ap 2.12 “Ao anjo da igreja em Pérgamo escreva: “Estas são as palavras daquele que tem a espada afiada de dois gumes.). Ah, se aprendêssemos de Jesus no trato com nossa família! Veríamos nossos filhos como ouro e não como qualquer material perecível mediante exposição ao fogo, a água ou a qualquer outra forma de purificação. Assim, lembremo-nos sempre:

2.1. Que nossos filhos são capazes de suportar a correção
Nós, pais, não devemos desviar a correção de nossos filhos com receio de que eles não a suportem ou que deixem de nos amar. Ao contrário, precisamos submetê-los, com zelo e amor a métodos disciplinares adequados a cada um, para libertá-los de suas fraquezas e imperfeições. Assim, suas virtudes se levantarão e aparecerão vitoriosas com o ouro que perde suas escorias quando provado no fogo e se torna ainda mais precioso e seu brilho resplandece mais, muito mais. quando lavado e polido.

2.2. De destacar as virtudes dos membros de nossa família
Há outro aspecto muito importante de Apocalipse 1.12 (Voltei-me para ver quem falava comigo. Voltando-me, vi sete candelabros de ouro)  que pode ser aplicado às relações familiares e à disciplina doméstica. Trata-se do fato de que Jesus, antes de tudo, mostrou a João a qualidade, o valor e a utilidade das Igrejas. Embora tudo tenha sido dado à Igreja pelo próprio Cristo. Ele permitiu que ela se destacasse a ponto de João ver primeiro a ela, e só depois a Cristo. Quanto sucesso obteríamos se observássemos o método de Jesus na educação de nossos filhos e no trato com nosso cônjuge! Destaquemos e deixemos que as pessoas vejam suas qualidades, o valor e a utilidade que eles têm para nós, para Deus e para a sociedade. Não precisamos temer que eles, brilhem mais do que nós, ao contrário, devemos trabalhar para isso, desejar e esperar que tal aconteça (Jo 14.12 Digo-lhes a verdade: Aquele que crê em mim fará também as obras que tenho realizado. Fará coisas ainda maiores do que estas, porque eu estou indo para o Pai.; Mt 5.16 Assim brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês, que está nos céus.). E. quando precisarmos exibir os defeitos, falhas e imperfeições deles e aquilo em que precisam ser corrigidos e aperfeiçoados, o faremos com amor e respeito e no recesso do lar. Então a disciplina será boa, doce e útil, e fara sentido parti eles.

2.3. Devemos reconhecer as diferenças entre um filho e outro
No capitulo 1.11 (que dizia: “Escreva num livro o que você vê e envie a estas sete igrejas: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia”.) vemos Jesus ordenar a João:  “o que vês, escreve-o num livro, e envia-o às sete igrejas que estão na Ásia: a Éfeso. e a Esmirna. e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardes, e a Filadélfia, e a Laodicéia.” Quando lemos o que Jesus mandou João escrever nas dedicatórias da carta que enviou às sete Igrejas, observamos que Jesus conhecia bem aquelas congregações. Notava as diferenças entre elas. por isso nada é repetitivo. As repreensões, advertências, elogios, e promessas são todas distintas e baseadas nas circunstâncias e condições de existência de cada uma delas, em particular. Jesus nunca faz comparação entre as Igrejas; não pediu à morna Laodicéia que imitasse a fervorosa Filadélfia. Assim, pais cristãos devem agir com os filhos. Corrigir, castigar, se for necessário, estimular as boas ações e comportamentos, elogiá-los de acordo com as características particulares de cada um. Compará-los ou esperar que se tornem iguais seria um erro grave, pois poderia, entre outras consequências, gerar mágoas, ciúmes e disputas entre eles.
Jesus mandou que João escrevesse em um livro, e que fizesse copias fiéis, a revelação que lhe dera em Patmos. Entretanto, em respeito às singularidades de cada congregação, o conteúdo de cada cópia deveria ser precedido de uma dedicatória personalizadas, exclusivas e diferente para cada destinatária. No que que concerne à família, entender e respeitar as diferenças existentes entre um filho e outro não significa utilizar princípios e valores diferentes para lidar com cada um deles, mas, que os mesmos princípios e valores devem ser aplicados a todos os filhos, através de métodos que respeitem suas diferenças.

3. A influência de Jesus Cristo
Todas as vezes que Jesus se refere a si mesmo como primeiro e último, fala da Sua preexistência a tudo o que foi criado e da Sua subsistência mesmo em lace do fim da Criação ou da inexistência dela. o que mostra que Ele não é outro senão o próprio Deus. Quando Ele diz que foi morto, mas reviveu, mostra que Sua vida, Seu poder. Sua Palavra, ensinamento e influência resistem e sobrepujam às ações de qualquer inimigo, superando todo obstáculo. Mostra ainda que Ele é o primeiro na vida da Igreja, e esta só subsistirá se Ele também for, para ela, o Último. Seguindo esta linha de pensamento, e comparando o ofício dos pais em relação aos filhos com o de Jesus em relação à Igreja, podemos afirmar que:

3.1. Os casais são e devem ser precedentes aos filhos
Ora, espera-se que nas Igrejas que compõem o Corpo do Senhor Jesus, qualquer casal seja precedente aos filhos, mas, além disto, o casal cristão deve subsistir como tal mesmo que não tenha filhos. Pois, as primeiras impressões na alma dos filhos devem ser profundas e feitas pelos pais para marcar-lhes o ser de tal forma, que tudo o que vier posteriormente não tenha o poder de apagar aqueles sinais imorredouros.

3.2. Os casais são e devem ser o exemplo dos filhos
Jesus conquistou o direito e a autoridade de pedir aos crentes de Esmirna que se mantivessem fiéis, mesmo com risco de serem mortos (2.10c). porque Ele próprio deu-lhes tal exemplo de fidelidade diante da morte e demonstrou poder de superá-la: Ele foi morto e reviveu , (Ap 2.8 “Ao anjo da igreja em Esmirna escreva: “Estas são as palavras daquele que é o Primeiro e o Último, que morreu e tornou a viver.). Do mesmo modo. pais cristãos precisam ser destemidos e dar exemplos de fidelidade incondicional ao Senhor diante da passagem e ação de violentas ondas de impiedade e imoralidade movidas por uma sociedade que deseja apagar as marcas de Deus da história. O modo de vida dos casais cristãos, o temor de Deus que os guarda e guia, o poder de seus ensinamentos, de sua fé e influência e de seus princípios e valores, devem manter-se inabaláveis na vida dos seus descendentes e subsistir de geração em geração.

3.3. Os casais devem ser referencial de esperança dos filhos
Nem sempre é possível que os filhos vejam, com olhos carnais, a recompensa de seus pais por se terem mantido íntegros e fiéis ao Senhor em tudo. Porém, o fervor e a alegria com que conservam a fé, aliada às obras próprias de filhos de Deus; a perseverança deles na convicção de que, mesmo que não seja nesta vida, receberão a recompensa e a fé inabalável que os mantém e os manterá fiéis até a morte ou até a volta de Jesus, criam e cimentam no coração dos filhos uma viva e boa esperança (Rm 5.2-5).
O modo como os pais encaram os sofrimentos e tribulações normais e comuns a rodos os seres humanos ou aqueles sofridos por amor a Cristo, por causa da vida e do serviço cristão, farão com que os filhos tenham “por certo que as aflições deste presente não são para comparar com a gloria que em nós há de ser revelada” e de que um dia eles e seus pais, juntos, receberão das mãos dAquele que foi morto e reviveu, a coroa da Vida.

Conclusão
Queridos irmãos, vivamos sob a proteção, controle e autoridade de Deus. Imitemos a Cristo no trato com nosso cônjuge e na educação de nossos filhos. Assemelhemo-nos a Jesus a ponto de podermos marcar as almas de nossos queridos com impressões tão profundas do Senhor que nada do que vier posteriormente tenha o poder de apagar aqueles sinais eternos.


QUESTIONÁRIO


1. O que revela a declaração “pastores em sua mão direita”?
R: Revela que os líderes das Igrejas são sustentados, protegidos e controlados por Deus a fim de que desempenhem bem a missão que lhes foi confiada.

2. Como vivem os pais verdadeiramente cristãos?
Pais verdadeiros cristãos são aqueles que  vivem sob proteção, o controle e autoridade de Deus.

3. Como deve ser o equilíbrio no elogio e repreensão?
R: Os pais devem prestar atenção nos filho e elogiá-los naqueles aspectos em que sãa necessários. Porém, não podem descuidar das repreensões quando elas se fizerem necessárias.

4. O que produz a correção com zelo e amor aos filhos?
R: As atitudes dos filhos irão aparecer com mais resplendor.

5. Como os casais podem ser esperança para os filhos?
R: Através do fervor e alegria com que conservam a fé, pela sua perseverança na convicção de aguardar a volta de Jesus.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2013, ano 23 nº 88 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Família cristã resgatando os valores Cristãos na era dos relacionamentos descartáveis.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Aplicando as parábolas de resgate à família cristã


Aplicando as parábolas de resgate à família cristã - Lição 8

LIÇÃO 8 – 25 de Agosto de 2013 - BETEL
Aplicando as parábolas de resgate à família cristã

TEXTO AUREO

“Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento”. Lc 15.7

VERDADE APLICADA

Os lares e os casais cristãos têm que funcionar como um refúgio para proteger pessoas, princípios e valores, como redis e pastores para guardar aqueles que podem se perder.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

►  Mostrar aos pais a importância de formar no lar um ambiente adequado para preservar a integridade física, emocional e espiritual;
► Enfatizar que é normal que crianças, adolescentes e jovens tenham curiosidade e até certo encantamento pela vida de colegas da mesma idade;
► Consolar aqueles cônjuges e pais que, mesmo tendo cumprido bem o seu papel, algum familiar tenha dado as costas ao lar.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Lc 15.4 - Que homem dentre vós, tendo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as noventa e nove e não vai após a perdida até que venha a achá-la?
Lc 15.7 - Digo-vos que assim haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento.
Lc 15.8 - Ou qual a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma dracma, não acende a candeia, e varre a casa, e busca com diligência até a achar?
Le 15.11 - E disse: Um certo homem tinha dois filhos.
Lc 15.12 - E o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda.

Introdução
A maioria dos crentes, com conhecimento bíblico e vivência cristã, percebe que muitas porções da Bíblia têm um sentido primário e literal, porém possui também sentidos proféticos para cumprimentos futuros e vários sentidos para aplicação prática à vida de seus ouvintes e leitores, bem como à Igreja em geral. Este é o caso das Parábolas de Resgate, por isso, nesta Lição, extrairemos delas os sentidos práticos aplicáveis à Família Cristã.

1. A ovelha perdida
Em Mateus, a Parábola da Ovelha Perdida é precedida; de ensinamento sobre a humildade; da necessidade de cuidado com aqueles que, entre os judeus, eram considerados “socialmente insignificantes”, “economicamente desprovidos” e “teologicamente ignorantes”, aos quais Jesus chama de “pequeninos” e os compara a crianças tenras e também da necessidade daqueles que se consideravam superiores se comportarem de modo responsável, a fim de não escandalizarem os pequeninos. Em Lucas ela é antecedida da informação de que os fariseus murmuravam contra Jesus, por este receber, ensinar e confraternizar-se com pecadores e é sucedida pela Parábola do Filho Pródigo. Depois desta rápida avaliação, consideremos:

1.1. Algumas características da ovelha
A ovelha é o animal mais dócil e de mais fácil trato, embora tenha os seus defeitos. Por exemplo, a mãe abandona a cria para responder ao seu instinto de viver em grupo, visto que os cordeirinhos não têm condição de acompanhar a marcha do rebanho adulto. Sua atenção se dispersa facilmente, podendo ser atraída para uma direção diferente daquela em que o pastor conduz o rebanho, ou simplesmente se deter por conta de alguma distração e ficar para trás. Por ser um animal doméstico, a ovelha depende do pastor para tudo. O pastor que conhece o rebanho e o valoriza, está habituado a estas situações, faz sempre uma vistoria no caminho por onde seguiu o rebanho, além, é claro, de contar as ovelhas, para ter a certeza que não fica para trás alguma cria abandonada ou alguma ovelha desatenta.

1.2. As ovelhas perdidas dos lares cristãos
Considerando que a família cristã é a comunidade básica da Igreja, o que se aplica a esta, também se aplica àquela. Assim, a família é um pequeno rebanho e o lar é o redil. No lar; a ovelha perdida pode ser aquele filho ou filha que ao chegar à adolescência foi-se deslumbrando com o mundo fora das fronteiras seguras de casa, que inicialmente é apresentada a eles pela TV e depois pelo ambiente escolar ou com o modo de vida de colegas cujas famílias não pertencem ao Grande Rebanho. Ao receber um pouco de autonomia, distancia-se do seu grupo de origem, a família, e aproxima-se de um grupo que atenda e satisfaça a sua curiosidade juvenil e passa a adotar a linguagem, os hábitos, o comportamento e os vícios das “ovelhas” daquele novo “aprisco”.
A fase do deslumbramento nem sempre é percebida pelos pais. Alguns só se dão conta do fascínio que o modo de vida de garotos e garotas; de outras medis exercem sobre seus filhos depois que os perdem. Normalmente isso ocorre porque ambos os pais trabalham fora de casa e não dispõem de tempo para orar com os filhos, para o culto doméstico e para acompanhar o desenvolvimento e as inclinações deles. Mas há outros motivos, entre os quais o despreparo com que moços e moças se casam.

1.3. Perdedores de ovelhas
No aprisco familiar todos são ovelhas, mas os pais representam a Cristo, o Sumo Pastor, no cuidado dos filhos, o marido no cuidado da esposa e esta O representa no cuidado do marido. Os pastores do aprisco familiar são responsáveis diretos pela perda de ovelhas. A mulher que perde o foco de sua principal missão e tarefa, que é a de ser uma boa esposa e criar filhos para Deus, e se fixa em outros objetivos, legítimos e dignos, mas que concorrem contra a sua missão principal, peca contra o lar. O mesmo acontece a homens que negligenciam a missão de maridos e pais, sob o pretexto de que têm que trabalhar duro para cumprir o papel de provedores. Tais mulheres e homens correm o sério risco de verem o cônjuge ou os filhos se transformarem em ovelhas perdidas. Na verdade, muitos já os perderam e não sabem, pois ainda vivem na mesma casa, compartilham a cama, a mesa, a TV da sala, etc. Mas isso é tudo. Não há diálogo, respeito, satisfação, consideração, obediência, cooperação, amor, cumplicidade, carinho, afeto, entre outras coisas próprias do lar. Estas coisas buscam noutros pastos e redis, e, se a situação não mudar, haverá um dia em que não encontrarão mais o caminho de volta,

2. A dracma perdida
A dracma, por ser um objeto inanimado, não sente nada pelo seu possuidor. Também não pode tomar a iniciativa de se separar do dono ou de seu grupo e perder-se. Por isto, a Dracma Perdida é totalmente isenta da responsabilidade por sua condição de perdida. Estas características fazem com que a figura da dracma tenha muitos significados e aplicações:

2.1. Filhos pequenos
Pode significar nossos filhos pequenos, os quais temos a obrigação de guardar para que seus espíritos, mentes e emoções não sejam contaminados por nada e por ninguém. Porém, muitas vezes, nós mesmos, pai e mãe, manchamos suas almas com brigas de casal, falatórios vãos, murmurações, contendas, malquerença, expondo-os a situações e ambientes impróprios para eles, ou os deixamos à míngua de alimentos espirituais e de apoio na formação emocional; há pais que até abusam sexualmente de seus filhinhos ou enteados. Também negligenciamos seus talentos, habilidades e vocações e, um belo dia, notamos que eles cresceram, mas suas capacidades natas não progrediram junto com seus corpos. Não amadureceram espiritual, moral, intelectual e emocionalmente; porventura foram marcados por traumas, que sequer desconfiávamos que houvessem sofrido.
Outras vezes os deixamos aos cuidados de terceiros, que além de não possuírem para com eles o mesmo senso de dever e o mesmo amor e respeito que cabe aos pais, há casos de abuso sexual e violência física contra os pequeninos, cometidos por babás e cuidadores os quais transmitem princípios e valores nem sempre benéficos à formação do caráter de nossas crianças.

2.2. Valores e princípios cristãos
As dez dracmas podem significar ainda a soma total dos valores e princípios cristãos que devem reger nossa vida espiritual, afetiva, conjugal, profissional e social, como também as vocações e ministérios que deveriam ser descobertos e desenvolvidos na disciplina doméstica. A que foi perdida fala daquela parte do valor, vocação e ministério que existe, mas, em algum momento, por falta de fervor, zelo, atenção, dedicação, de uso de investimentos adequados e de prioridades, perdeu-se dentro de nós mesmos e por consequência, dentro da nossa casa, no seio da nossa família e está ausente nas nossas relações: com Deus, com a Igreja, com a sociedade, com parentes e amigos, com nossos colegas de trabalho, patrão, profissão, negócios, com as atividades sociais, com o cônjuge, com os filhos e com a criação e educação que damos a eles.

2.3. O cuidado que devemos ter com tudo o que Deus nos confia
Cotidianamente temos que contar “nossas dracmas”. Não podemos ficar acomodados quando notarmos uma perda, mesmo que seja aparentemente pequena. O cuidado de infundir em nossos pequeninos os valores que Deus nos deu, os princípios espirituais, éticos e morais aprendidos na Escritura Sagrada; de desenvolver neles os talentos e as vocações, bem como de ensinar-lhes a aproveitar as oportunidades e tudo o mais que Deus nos dá, não somente é útil a conservação de Suas dádivas, mas também à multiplicação delas e à demonstração do quanto somos gratos ao Senhor. Tal cuidado é necessário também para que aprendam a valorizar as coisas mais excelentes, diminuindo assim os riscos de que se tomem “filhos pródigos” ou “Esaús”.

3. O filho pródigo
Na Igreja, o pródigo representa aquele crente que pensa que tem maturidade e preparo espiritual suficiente para levar uma vida longe do convívio dos irmãos e da disciplina e proteção pastoral. Decide então se emancipar e romper qualquer vínculo com a congregação. Ao se afastar, porém, do seu ambiente de fé, de doutrina, do cuidado pastoral e do amor dos irmãos, desperdiça seus dons e talentos e se perde nos encantos enganosos do mundo. No que diz respeito à família cristã, o filho pródigo representa:

3.1. O membro da família que escolhe se perder
O Pródigo representa aquele filho ou filha que foi criado em um lar onde nenhuma “dracma” se perdeu, onde todos os valores, princípios e cuidados necessários à criação e formação de uma pessoa, bem como o desenvolvimento dos dons e o treinamento para uso adequado dos talentos foram utilizados, para a glória de Deus. Mas quando este filho ou filha tem a oportunidade de escolher, rejeita tudo o que recebeu de sua família, exceto bens e recursos econômicos, e reclama independência completa. Os pais, por respeito à liberdade de escolha do filho, concedem-lhe a desejada emancipação.
Uma vez longe da tutela dos pais, se enveredam por caminhos tortuosos, escorregadios, escuros e perigosos. Pais cristãos, assim, como o amoroso e esperançoso pai da Parábola, jamais devem desistir daquele filho que escolheu se perder. Antes devem cuidar de manter abertos os braços e o coração para recebê-los quando ele decidir voltar aos princípios e valores dantes rejeitados, ou para o lar, literalmente.

3.2. Um cônjuge que se afasta do lar sem motivo justificável
O filho pródigo também representa uma pessoa casada, que mesmo tendo um cônjuge dedicado, amoroso, carinhoso, que satisfaz sexualmente, e em tudo o mais, acha que o casamento é uma espécie de prisão. Busca a liberdade e, no uso dela, dá preferência a programas que o cônjuge não pode ou não gosta de participar, diversões impróprias para pessoas casadas e para filhos de Deus.

3.3. Um extraviado responsável por seu próprio extravio
O filho que se perdeu não pode ser enquadrado no mesmo molde da ovelha perdida que, por ser irracional, poderia ter sido treinada a agir do modo como o pastor esperava, mas não poderia ser responsabilizada por suas ações. O pastor é o único responsável por seu extravio. Também não se encaixa na forma da dracma que a mulher perdeu dentro de casa, pois a moeda é um objeto inanimado, e como tal jamais poderia fazer coisa alguma, voluntária ou involuntariamente. Seu proprietário é responsável por qualquer coisa que lhe aconteça. Entretanto, o filho pródigo é um ser racional e volitivo. Ninguém, a não ser ele mesmo, é responsável por seu extravio. Assim, os pais, ou o cônjuge (quando é o marido ou a mulher que se afasta sem motivo justificável) não são culpados e nem devem cultivar nenhum sentimento de culpa pelo afastamento deles. Mas, precisam manter o coração aberto, ficar atentos ao menor sinal de retorno e criar no lar um ambiente mais acolhedor possível para receber “o pródigo” quando ele voltar.

Conclusão
Para evitar perdas e regatar o que já se perdeu, lembremo-nos de que Deus coloca dentro das nossas relações pessoas para pastorear sobre nós e outras as quais devemos pastorear. Recebamos com gratidão a direção e o amor cuidadoso das primeiras e tratemos com zelo desvelado as últimas, sem jamais desistirmos delas.

QUESTIONÁRIO

1. Entre os gados, qual o animal mais dócil e de mais fácil trato?
R: A ovelha
2. Qual a representação dos pais no lar?
R: Os pais representam a Cristo, o Sumo Pastor no cuidado dos filhos, o marido representa-0 no cuidado da esposa e esta O representa no cuidado do marido.
3. Em relação aos filhos como é a representação da dracma perdida?
R: Representa os filhos pequenos, aos quais temos a obrigação de guardar para que seus espíritos, mentes e emoções não sejam contaminados.
4. Quando o pródigo tem oportunidade de escolher, o que ele não rejeita?
R: Não rejeita os bens e recursos econômicos, e reclama independência completa.
5. O que fazer em relação ao pródigo se ele quiser voltar?
R: Manter o coração aberto, ficar alento ao menor sinal de retomo e criar no lar um ambiente mais acolhedor possível para recebê-lo.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Editora Betel 3º Trimestre de 2013, ano 23 nº 88 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Família cristã resgatando os valores Cristãos na era dos relacionamentos descartáveis.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento
Comentário Bíblico Expositivo - William Barclay
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Noite de Louvor e Adoração com Nani Azevedo em Bom Jesus de Goiás 10/08/2103




























Fugindo do método farisaico de educação

LIÇÃO 7 – 18 de Agosto de 2013

Fugindo do método farisaico de educação

TEXTO AUREO

“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pois que dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, o juízo, a misericórdia e a fé; devei s, porém, fazer essas coisas e não omitir aquelas”. Mt 23.23

VERDADE APLICADA

O Lar Cristão é um lugar onde vivem filhos de Deus que devem criar e formar outros filhos de Deus e para Deus, portanto, os métodos disciplinares devem ser aplicados com justiça, misericórdia e fé.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

  Insistir na necessidade de haver no lar coerência entre discurso e prática;
 Alertar sobre os riscos e perigos de sobrecarregar o cônjuge e os filhos com exigências excessivas;
 Ensinar que qualquer pessoa, inclusive as criancinhas, precisam receber a Cristo como Salvador e Senhor para poderem viver como filhos de Deus.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

Mt 23.1 - Então, falou Jesus à multidão e aos seus discípulos,
Mt 23.2 - dizendo: Na cadeira de Moisés, estão assentados os escribas e fariseus.
Mt 23.3 - Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.
Mt 23.4 - Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem sobre os ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los.
Mt 23.5 - E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens, pois trazem largos fiiactérios, e alargam as franjas das suas vestes,

Introdução
Quando entrevistamos adolescentes e jovens que se desviaram da igreja, que se envolveram com drogas ou com a criminalidade, que apresentam graves distúrbios comportamentais, descobrimos que um percentual muito alto deles foi criado no método farisaico de educação ou foram empurrados da Igreja porta afora por algum obreiro que utiliza esse mesmo método. Por isso, parece útil apresentar nesta lição, de forma resumida, os aspectos mais utilizados desse processo, para que os pais (ou candidatos a pais), possam reconhecê-lo e evitá-lo de pronto.

1. Os usuários do método farisaico
Nenhum crente quer ser identificado como membro ou aluno da Escola farisaica. Chamar um crente de fariseu é uma ofensa inominável. O perfil dos fariseus é descrito por Jesus e muito falado e criticado nas Igrejas. Somos constantemente exortados a que sejamos diferentes deles. Entretanto, muitos de nós, pais, educamos nossos filhos no método educacional farisaico e nem nos damos conta disto.

1.1. A posição e a doutrina dos pais no método farisaico
Neste sistema de educação, os pais ocupam uma posição de superioridade em relação ao cônjuge e aos filhos (Mt 23. 2). Usam Efésios 5.22,23 e 6.1 para impor a eles suas exigências. São inflexíveis: não têm nada mais a aprender e nada a modificar em seus posicionamentos (Mt 23.2) e, se tiverem, o cônjuge e os filhos não podem saber disso. Nunca devem admitir um erro para que a autoridade deles não fique abalada. Ensinam corretamente as Escrituras (Mt 23.3), mas o fazem pelo motivo errado (Mt 23.5). Observam costumes antigos nos mínimos detalhes. São justos aos seus próprios olhos, são dizimistas e ensinam os filhos a sê-lo também (Lc 11.42; 18.11,12), jejuam muitas vezes (Mt 9.14), são zelosos e dotados de qualidades especiais (Mt 23. 27,29) e guardam as tradições antigas (Mc 7.3). Fazem, porém, tudo isso sem misericórdia e fé (Mt 12.7; 23.23).

1.2. Em que se baseia o método farisaico na educação de filhos
Este método disciplinar é marcado pela literalidade das regras bíblicas acrescentadas de muitas outras regras e costumes extra bíblicos. Baseia-se em “fazer e não fazer”. Em recompensas e punições. Não é baseado na necessidade de conversão, tampouco em princípios, valores e fé.
No Antigo Testamento foi colocado um pesado véuque servia de parede para separar o Lugar Santíssimo dos demais compartimentos da Tenda da Congregação, visto que se alguém ousasse entrar e olhar para dentro da Área sem estar preparado era fulminado. Desse modo, somente o sumo sacerdote, uma vez por ano entrava no Santíssimo.
A carta aos Hebreus diz que aquele véu era o próprio Deus/Filho, cuja santidade se interpunha entre o pecador e Deus/Pai, que consentiu em se fazer homem, e pela sua carne rasgada qual véu, vencer o pecado e inaugurar em Si mesmo o novo e vivo Caminho (Hb 10.19, 20). Este sacrifício de Deus, em Jesus, dar a todos quantos o recebem um coração novopurificado pelo Seu sangue (Hb 8.10,11.). Porém, quando colocamos a rigidez das regras acima da graça de Deus e quando criamos nossos filhos para fazerem ou deitarem de fazer coisas como se tivessem um novo coraçãosem que de fato o tenham, nós os estamos privando da Maravilhosa Graça. Conduzamos, pois nossos filhos a receberem a Cristo como Salvador e peçamos que Ele faça transbordar em nós a Sua graça, para agirmos com nossos filhos e cônjuge do modo que Ele mesmo age com os pecadores (Hb 8.12).

1.3. A vida doméstica e o discurso do método farisaico de educação
Neste método, o discurso e a prática nem sempre significam a mesma coisa. Falta coerência entre o que se manda que os filhos façam e o que os pais fazem a respeito dos mesmos assuntos. Por esse critério os pais estão liberados para dizerem uma coisa e fazerem outra. Portanto, os filhos precisam ouvir e obedecer ao que eles dizem e fazer de conta que não veem o que eles fazem (Mt 23.3).

2. Indicações do método farisaico para a vida religiosa
O perfil que o método farisaico de educação propõe para a vida religiosa dos pais é bem interessante e tentador. É relativamente fácil e confortável, por isso muitos pais o utilizam equivocadamente, como se fosse o melhor método que existe para desenvolver a “vida espiritual” da família.

2.1. O método farisaico promete primazia
Os fariseus criaram um método pelo qual poderiam ocupar definitivamente os lugares de honra na sinagoga: o culto individual realizado em público, desde dizimar até orar e jejuar, tudo era feito do modo mais chamativo possível. Este método, quando aplicado à disciplina da família, consiste em fazer com que todos os membros dela se apresentem no templo e na comunidade, a fim de que pareçam ser a família mais espiritual da Igreja. Assim podem ocupar posições de destaque na Igreja ou pelo menos receberem reconhecimento público pela excelente forma de conduzir a família. O método é bastante utilizado, porque promete primazia a quem o pratica. Carece de ensinar a viver em particular aquilo que se exibe em público.
Nas sinagogas da Palestina havia uma cadeira especial, conhecida como cadeira de MoisésAssentava-se nela o homem de maior reputação entre os judeus. Além da cadeira de Moises, havia outros assentos reservados às pessoas importantes.

2.2. Os usuários do método farisaico buscam visibilidade
Quanto mais desejarmos visibilidade social e eclesiástica, mais propensão teremos para aplicar o referido método na educação da nossa família. Veja o que Jesus declarou acerca dos mestres e alunos da escola farisaica: "... fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largos filactérios, e alargam as franjas das suas vestes” (Mt 23.5).

2.3. O método farisaico acena para a possibilidade de reconhecimento e popularidade
Este método cumula de elogios, de recompensas e de prêmios quem cumpre as regras ou se sai bem na escola e/ou nos esportes e humilha a quem as descumpre e não consegue se sair tão bem naquelas atividades. Há pais, usuários do método farisaico, que premiam todos os acertos e vitórias dos primeiros com broches de estrelas e os últimos recebem bonés de orelhas de burro para todos os seus erros e fracassos. Tal ensinamento recomenda que os pais declarem seu amor pelos filhos mais regrados e obedientes e o silenciem para os demais, que façam comparação entre um filho e outro, que ressaltem as faltas dos menos favorecidos diante dos demais membros da família, que apliquem punições severas para servir de exemplo aos outros filhos, e que neguem carinho ou um abraço afetuoso àquele que acabou de ser corrigido por infringir uma regra.


3. Falhas, riscos e perigos do modelo farisaico de educar
Por ser um método baseado em fazer e não fazer coisas, o farisaico é de fácil aplicação e por isto mesmo muito utilizado, inclusive por cristãos sinceros que criticam os fariseus dos tempos bíblicos, mas nem sempre reconhecem que existem nos tempos modernos também, Entretanto, é um método que apresenta falhas graves e oferece riscos e perigos aos educados por meio dele.

3.1. A falha
A maior e a mais grave falha do método farisaico consiste no esquecimento do “ser” da criança por priorizar o fazer e o ter. Os pequenos são ensinados como e quando devem fazer o que lhes é mandado, e são informados das recompensas por obedecerem e dos castigos por desobedecerem, porém, não são orientados acerca dos princípios, dos valores que precisam. Por exemplo, não lhes é exigido que sejam honestos, apenas que ajam com honestidade.
Assim, as crianças farão algo para obter coisas, privilégiose tentarão parecer com aquilo que não são para ganhar aprovação e aceitação: o filho obedecerá não conscientemente, mas porque ganhará alguma coisa de que se agradeou será poupado daquilo que o desagrada.

3.2. Os riscos
Por carecer de valores importantes e fundamentais como convicções próprias, fé, segurança, equilíbrio emocional e certeza do amor dos pais (Mt 23.23), não raro, quando obtêm um pouco de liberdade, filhos educados no método farisaico se desviam da disciplina paterna e da Igreja também. Se alguém perguntar a uma adolescente, educada pelo método farisaico, porque ela conserva sua virgindade, provavelmente responderá que precisa fazê-lo porque se não o fizer, seus pais a expulsam de casa. Se perguntarem a um estudante, educado nesse mesmo sistema, porque ele não cola naquela prova tão difícil, responderá que não o faz porque, se for apanhado colando, sua prova será recolhida e ele vai ficar sem nota nenhuma: como explicará isto aos pais?

3.3. Os perigos
Pelos motivos expostos no tópico anterior, é grande o perigo de, surgindo a oportunidade, filhos educados no método farisaico se envolverem com drogas e outros vícios, se tornarem presas fáceis para pessoas mal intencionadas e de fazerem todo o tipo de esforço e concessões para não serem punidos e obterem reconhecimento, aceitação e popularidade. Mas há um perigo mais grave ainda, pois é de natureza eterna: pais que optam pelo método farisaico de criar filhos, podem criá-los para o inferno ao invés de criá-los para o Céu (Mt 23.15). O perigo existe, porque neste método, o excesso de regras e mandamentos sobrecarrega os filhos de tal forma que, para se livrar do peso deles, também abrem mão de Deus e da Salvação, pois os associam ao fardo insuportável que carregam desde pequeninos (Mt 23,4). Eles raciocinam: “Se isto é ser salvo, prefiro não sê-lo”.

Conclusão
Fujamos, pois, do trágico erro dos fariseus, o qual faz com que criemos nossos filhos para parecerem que são filhos de Deus, sem de fato o serem, que desenhemos na mente deles a imagem de um deus tirano e legalista, do qual estão sempre com medo (Rm 8.15). Tal imagem os conduz para longe do Bom Deus e os impede de se deleitarem na herança da graça, misericórdia e amor, como fazem os filhos amados (Rm 8.17). O Apóstolo Paulo alerta: “Se, pois, estai mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: Não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas  dos homens; as quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade e em disciplina do corpo, mas não têm valor algum contra a sensualidade.” (Cl 2.20-23)

QUESTIONÁRIO

1. Qual a posição dos pais no sistema farisaico de educação?
R: Os pais ocupam uma posição de superioridade em relação ao cônjuge e aos filhos.

2. Qual a base do método farisaico de educação dos filhos?
R: Pela literalidade das regras bíblicas, acrescentadas de muitas outras regras e costumes extra bíblicos. Baseia-se em fazer e não fazer. Em recompensas e punições.

3. Que tipo de primazia promete o método fariseu?
R: Visibilidade e notoriedade, abolindo a vida particular com Deus:

4. A quem o método farisaico recomenda declaração de amor? 
R: Aos filhos mais regrados e obedientes.

5. Quais os riscos do método farisaico?
R: Podem levar os filhos u se desviarem da disciplina paterna e da Igreja também.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 3º Trimestre de 2013, ano 23 nº 88 – Jovens e Adultos - “Dominical” Professor - Família cristã resgatando os valores Cristãos na era dos relacionamentos descartáveis.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
Comentário Bíblico Expositivo Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Expositivo - William Barclay
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade