Assembléia de Deus de Bom Jesus de Goiás

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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O exercício do dom de profecia na igreja atual - Lição 6 – 10 de Fevereiro de 2013


LIÇÃO 6 – 10 de Fevereiro de 2013

O exercício do dom de profecia na igreja atual

TEXTO AUREO

“Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados”. ICo 14.31

VERDADE APLICADA

A profecia é um dom do Espírito Santo concedido à igreja para um fim proveitoso.

OBJETIVOS DA LIÇÃO

 Definir o dom de profecia;
 Apresentar alguns cuidados indispensáveis quanto ao uso do dom de profetizar;
 Mostrar que as profecias devem ser analisadas e quem profetiza deve ter a humildade para enfrentar isso.

TEXTOS DE REFERÊNCIA

ICo 14.29 - E falem dois ou três profetas, e os outros julguem.
ICo 14.30 - Mas, se a outro, que estiver assentado, for revelada alguma coisa, cale-se o primeiro.
ICo 14.31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados.
ICo 14.32 - E os espíritos dos profetas estão sujeitos aos profetas.
ICo 14.33 - Porque Deus não é Deus de confusão, senão de paz, como em todas as igrejas dos santos.

Introdução
A falta de conhecimento dos dons espirituais deve ser combatida com o bom ensino. Lamentavelmente, nunca houve tanto desconhecimento acerca do dom de profecia como em nossos dias. Há; questionamentos que vão desde os mais banais até os mais sérios. É impossível responder a todos numa única lição. Na verdade, precisaríamos de um livro inteiro para isso, mas trataremos aqui alguns principais.

1. O que é o dom de profecia?
O dom de profecia é uma dotação ou concessão especial e sobrenatural através do Espírito Santo. É uma capacidade divina sobre a vida dos cristãos, para missões especiais na execução dos propósitos divinos para e através de sua igreja. Stanley Horton, famoso teólogo pentecostal ensina que o dom de profecia é “com o que faculdades da Pessoa divina operando no ser humano”. É uma mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo para edificação, exortação e consolação da igreja de Cristo no mundo (IC o 14.3 Mas quem profetiza o faz para edificação, encorajamento e consolação dos homens.).
O pastor e teólogo Antônio Gilberto diz que a profecia é um dom necessário a todos que ministram a Palavra; que trabalham com a Palavra (Lc 1.b; 1Tm 5.7). Ele continua dizendo que o grau de profecia na igreja hoje não é o mesmo da profecia das Escrituras (2Pe 1.20), que é infalível - a profecia da Bíblia. Ela deve ser julgada, pois, em parte, “profetizamos” (IC o 13.9). A profecia, para o pastor Antônio Gilberto está sujeita a falhas por parte do profeta; então a necessidade de acatar a recomendação bíblica de I Coríntios 14.29 é “E falem dois ou três profetas, e os outros julguem”.

1.1. Uma ação direta do Espírito Santo (ICo 12.3)
Ninguém jamais é premiado por sua ignorância, por isso, devem os crescer no conhecimento dos dons espirituais (IC o 12.1 Irmãos, quanto aos dons espirituais, não quero que vocês sejam ignorantes.). Em todas as épocas, a profecia no meio do povo de Deus resultou da ação contínua do Espírito Santo, na igreja e sempre visou reconhecer e exaltar a pessoa de Jesus de Nazaré como o Senhor. É também verdade que há profecias sob influência do espírito imundo que são antagônicas a Deus, que devem ser discernidas e descartadas. Entretanto, há também mensagens proféticas produzidas pelo espírito humano que acontecem, por um desejo de influência, de sobressair-se aos outros e até mesmo de tentar controlá-los. Certas coisas ficam mais evidentes com o tempo e seus resultados.
Paulo faz um contraste entre a experiência dos coríntios como idólatras não convertidos e sua experiência atual como cristãos. Haviam adorado ídolos mortos, mas agora pertenciam ao Deus vivo. Seus ídolos nunca se dirigiam a eles, mas Deus lhes falava por meio de seu Espírito e ate por meio de­les no dom de profecia. Quando estavam perdidos, eram controlados pelos demônios (1 Co 10:20) e guiados pelos caminhos errados (1 Co 12:2). Mas agora, o Espírito de Deus habitava dentro deles e os dirigia.
E somente pelo Espírito que uma pessoa pode dizer com toda honestidade: "Jesus é o Senhor". Um escarnecedor que vive em pecado até pronuncia essas palavras, mas não se trata de uma confissão sincera. (Talvez Paulo esteja se referindo as coisas que haviam dito quando ainda se encontravam sob a influência de demónios antes de sua conversão.) É importante observar que, enquanto o Espírito Santo opera, os cristãos nunca perdem o domínio próprio (1 Co 14:32), pois e Jesus Cristo, o Senhor, que está no controle. Qualquer suposta "manifestação do Espírito" que priva a pessoa do domínio próprio não vem de Deus, pois "o fruto do Espírito e [...] domínio próprio" (Gl 5:22, 23).
Se Jesus Cristo é, verdadeiramente, o Senhor de nossa vida, então deve haver unidade na igreja. Divisão e dissensão no meio do povo de Deus só servem para enfraquecer o seu testemunho conjunto ao mundo perdido (Jo 17:20, 21).


1.2. Providência divina através da profecia
Os dons são resultados da providência divina em favor da igreja cristã. O dom de profecia faz parte da diversidade de operação direta do Espírito Santo que tudo realiza neste sentido (IC o 12.4 Há diferentes tipos de dons, mas o Espírito é o mesmo.). É a providência divina se manifestando como resultado de sua sabedoria e multiforme graça operando tudo em todos. Alguns já afirmaram, “A Bíblia é a maior profecia e por isso não necessitamos mais do exercício profético nas igrejas”. Ao afirmar isso, erroneamente descartam uma provisão divina outorgada à igreja, esquecendo-se que o Espírito de Jesus é profético (Ap 19.10 Então caí aos seus pés para adorá-lo, mas ele me disse: “Não faça isso! Sou servo como você e como os seus irmãos que se mantêm fiéis ao testemunho a de Jesus. Adore a Deus! O testemunho de Jesus é o espírito de profecia”.).

1.3. A utilidade e proveito da profecia
Ninguém deveria ter medo que alguém se levantasse para profetizar em meio à assembleia dos fiéis. Mas, por falta de conhecimento do assunto, o receio da perda de controle da reunião e até medo de denúncias infundadas ou não, proíbem o exercício da palavra profética. Mas, sempre que a verdadeira profecia se manifesta, é para um fim útil e proveitoso (ICo 12.7 A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum.; 14.6 Agora, irmãos, se eu for visitá-los e falar em línguas, em que lhes serei útil, a não ser que lhes leve alguma revelação, ou conhecimento, ou profecia, ou doutrina?). Quer dizer, a ação profética tem serventia e é lucrativa espiritualmente. Deus jamais concederia algo que fosse um laço para o seu povo.
Os dons são concedidos para o benefício da igreja toda. Não são para o usufruto indi­vidual, mas para uso corporativo. Os coríntios em especial precisavam ser lembrados disso, pois usavam os dons espirituais de maneira egoísta, para promover a si mesmos, não para edificar a igreja. Quando aceitamos nossos dons com humildade, podemos usa-los para promover harmonia e para ajudar a igreja como um todo.
Paulo usa três ilustrações simples para provar sua argumentação sobre a necessidade de entendimento para que um ministério espiritual seja edificante: instrumentos musicais, uma trombeta na batalha e as conversas diárias.
Se um instrumento musical não emite um som claro e distinto, ninguém é capaz de reconhecer a música que está sendo tocada. Todos sabem como é incomodo quando um músico não consegue tocar a nota exata porque o instrumento tem algum defeito ou está desafinado. A fim de produzir uma música agradável, o órgão de tubos, por exemplo, deve passar por frequentes manutenções.
Se o corneteiro de um batalhão não sabe se está dando um toque de "Recuar!" ou de "Atacar!", por certo os soldados também não saberão o que fazer. Metade deles avançara e a outra metade retrocederá! A fim de ser compreendido, o toque da trombeta deve ser claro.
Trata-se de um fato que também vale para as conversas no dia-a-dia.
Pensemos num contexto mais amplo de aplicação da palavra dita acima: Eliseu é um exemplo clássico de voz profética levantada em tempos de crise que trouxe muitos livramentos, vitórias e provisões de Deus para o seu povo; lembremos de Ageu e Zacarias que, na construção do segundo templo, apegaram se a liderança local motivando o  povo de Judá na edificação da casa de Deus e de uma nova identidade nacional. No NT temos Ágabo, Barnabé, Paulo e tantos outros que jamais chegaremos conhecer o seu nome.

2. Responsabilidades com o dom de profecia
A manifestação da Palavra profética deve ser resultado de uma busca do progresso da igreja (ICo 14.12 Assim acontece com vocês. Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja.), por se tratar de uma enorme bênção espiritual, a profecia também vem acompanhada de grandes responsabilidades que envolvem a todos e simultaneamente o indivíduo em si. É preciso ser cuidadoso não somente com esse dom, mas com todos os dons que se manifestam nos cristãos pelo Espírito Santo. Não somente pelo juízo que experimentarão os irresponsáveis (Lc 12.48 Mas aquele que não a conhece e pratica coisas merecedoras de castigo, receberá poucos açoites. A quem muito foi dado, muito será exigido; e a quem muito foi confiado, muito mais será pedido.), mas sobre tudo pelo caráter de Deus em nós.
Paulo não quer impedir nem amenizar, na igreja de Corinto, a busca zelosa de poderes espirituais. É bom que os coríntios sejam zelosos. Paulo deseja de coração que eles “tenham em plenitude”. Ele emprega um termo que gosta de usar: perisseuein (transbordar). Paulo não é um defensor da precariedade na vida divina da igreja. Contudo a partir do amor é preciso que nessa riqueza de bens um só ponto de vista domine tudo “para a edificação da igreja”. O dom que me foi concedido não deve servir à minha satisfação, à minha grandeza, à minha fama, mas aos outros, aos irmãos, à igreja e à sua construção.
O julgamento de Deus será justo. Tomará como base o que o servo sabe sobre a vontade de Deus. Isso não que dizer que, quanto mais ignorantes somos, mais suave será o julgamento final diante de Cristo! Somos admoestados a conhecer a vontade de Deus (Rm 12.2; Cl 1.9) e a crescer no conhecimento de Jesus Cristo (2 Pe 3.18). Jesus está declarando um princípio geral: quanto mais recebemos de Deus, mais temos de prestar conta diante dele!


2.1. Todos podem profetizar na igreja?
Quando os setenta anciãos profetizaram em Israel nos dias de Moisés, ele desejou que todo Israel fosse profeta do Senhor (Nm 11.29 Mas Moisés respondeu: “Você está com ciúmes por mim? Quem dera todo o povo do SENHOR fosse profeta e que o SENHOR pusesse o seu Espírito sobre eles!”). A escola de profetas nos dias de Eliseu era um estímulo ao desenvolvimento desse dom. Como membros do Corpo de Cristo, todos temos o potencial para sermos usados na palavra profética, não há qualquer restrição na Bíblia inteira quanto a isso, Paulo disse: “ todos podereis profetizar...” (ICo 14.31 Pois vocês todos podem profetizar, cada um por sua vez, de forma que todos sejam instruídos e encorajados.). O dom de profetizar não pertence a um grupo seleto na igreja, porque o Espírito da profecia reside nela inteiramente, logo todos podem profetizar. Porém, alguns há que são usados no dom de profecia ocasionalmente, outros, no entanto, podem se dedicar tão profundamente ao profetismo atingindo certos níveis que fica evidente um chamado ministerial, quer dizer, que o indivíduo é um presente de Deus a igreja por possuir o dom carismático (ICo 12.28 Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.; Ef 4.11 E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres,).

É importante observar que as pessoas que falavam em línguas eram as que causavam mais problemas, de modo que Paulo dirige-se a elas e da várias instruções a serem seguidas pela igreja em seus cultos.
Em primeiro lugar, a locução, a interpretação e o julgamento (avaliação da mensagem) deveriam ser feitos de forma ordenada (1 Co 14:27-33). Não mais do que três pes­soas falariam em cada reunião, e cada mensagem deveria ser avaliada e interpretada na sequencia. Caso nenhum interprete se apresentasse, o que havia falado em línguas de­veria manter-se calado. A admoestação de Paulo a igreja de Tessalônica também se aplica a este caso: "Não apagueis o Espírito. Não desprezeis as profecias; julgai todas as coisas, retende o que e bom" (1 Ts 5:19-21).
Por que as mensagens deveriam ser avaliadas? Para determinar se o locutor, de fato, transmitira a Palavra de Deus por meio do Espírito Santo. Poderia acontecer de alguém, sob a influencia das próprias emoções, imaginar que Deus falava por seu intermédio. Era possível a Satanás falsificar uma mensagem profética (ver 2 Co 11:13, 14). Os ouvintes deveriam, então, testar a mensagem usando as Escrituras do Antigo Testamento e a tradição apostólica, bem como a orientação pessoal do Espírito ("discernimento de espíritos"; 1 Co 12:10).
Se, enquanto uma pessoa falava, Deus desse uma revelação a outra pessoa, o primeiro locutor deveria se calar, enquanto a nova revelação era transmitida. Sob a direção de Deus, não haveria competição nem contradição nas mensagens. Se, porem, vários locutores estivessem "criando" suas próprias mensagens, haveria confusão e contradição.
Quando o Espírito Santo está no controle, os vários ministros terão domínio próprio, pois o domínio próprio e um fruto do Espíri­to (Cl 5:23).

2.2. Todos devem saber a finalidade
Há pelo menos três principais finalidades do dom de profetizar. Tais propósitos são claramente distintos: primeiro, a finalidade funcional, quer dizer que a profecia tem como função a edificação, o consolo e a exortação da igreja (ICo 14.3,12); segundo, finalidade ampla que se trata de uma busca pela unidade do corpo de Cristo e seu pleno amadurecimento (ICo 12.15-20 ; E f 4.12-14); e, por último, finalidade pedagógica que promove consolação (ICo 14.31). Isto é, a profecia seja ela falada ou escrita pode conter elementos de ensino que trarão uma nova percepção acerca de Deus e da sua vontade que redundarão em consolo geral. O próprio Paulo é um grande exemplo disso (lTs 4.17-18).

2.3. Todos devem cuidar uns dos outros
Paulo ensina que aquele que profetiza, do ponto de vista funcional é maior do que o que fala em línguas (ICo 14.5 Gostaria que todos vocês falassem em línguas, mas prefiro que profetizem. Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada.). Aqui não se trata de hierarquização dos dons, mas dos graus de relevância do ponto de vista coletivo, visto que o dom de línguas é para edificação pessoal enquanto o outro trata da edificação da assembleia (ICo 14.4 Quem fala em língua a si mesmo se edifica, mas quem profetiza edifica a igreja.). Todavia, o grande perigo: é a competição que pode haver trazendo mágoas e até afastamento do local das reuniões. Ninguém deve ser inferiorizado e nem desprezado por mais simples que seja, todos devem desfrutar de cuidado mútuo (ICo 12.24-25 enquanto os que em nós são decorosos não precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os membros tenham igual cuidado uns pelos outros.). Posto que é Deus quem os estabelece (ICo 12.28 Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.).
Todos os crentes são responsáveis de alguma forma pela palavra profética. Os que a omitem, de transmitir mensagens que se harmonize com a Bíblia, cuja intensão seja promover a edificação de quem ouve e a glória de Deus. Enquanto os que ouvem devem conferir a profecia comi a Palavra de Deus e aguardar o seu fiel cumprimento caso seja ela preditiva.

3. É tica na palavra, profética
No tópico anterior, de certa maneira, já introduzimos este assunto, mas que em virtude da necessidade e ênfase bíblica precisam os penetrar em outros detalhes dele. Seja alguém na assembleia local ou um ministro que profetize há critérios éticos que devem ser observados, a fim de impedir desordens e até indecências.

3.1 Procurando manifestar a presença de Deus
A profecia é resultado da ação do Espírito sobre quem profetiza que indica a manifestação da presença de Deus. Tal movimento espiritual procura revelar objetivamente aos infiéis presentes essa presença, a fim de que eles venham a reconhecer e testemunhar que Deus estava de fato na assembleia, e quem sabe vir até a se converter ao evangelho (ICo 14.22-25). Todavia, não significa que quem profetiza ainda que esteja sob a manifestação da presença de Deus, esteja inconsciente ou perdeu o livre-arbítrio. Não devemos pensar que quem profetiza entra num estado de êxtase ou de desgoverno.
Paulo volta a argumentar em favor da superioridade da profecia em contraste com as línguas: a menos que seja interpretada, uma mensagem em línguas não é capaz de condenar os pecados no coração do pecador. Pode acontecer de o incrédulo sair do culto antes de ser dada uma interpretação, pensando que a congregação toda não passa de um bando de loucos. As línguas não foram um instrumento de evangelismo nem em Pentecostes e nem nas reuniões da Igreja primitiva.
No entanto, as línguas tinham uma "men­sagem" especialmente aos judeus incrédulos: era um sinal do julgamento de Deus. Paulo cita Isaias 28:11,12, uma referencia ao exercito invasor assírio cuja língua "barbara" os judeus não conseguiam entender. A presença dessa "língua" era sinal do julgamento de Deus sobre a nação. Deus preferia falar com seupovo em uma linguagem clara e inteligível, mas os pecados contumazes de Israel tornaram isso impossível. Ele lhes falou por meio de seus mensageiros na língua deles, mas a nação recusou-se a se entender. Então, teve de falar em uma língua estrangeira, uma representação de seu jul­gamento.
Como nação, o povo de Israel estava sempre à procura de um sinal (Mt 12.38; 1 Co 1:22). Em Pentecostes, o fato de os apóstolos falarem em línguas foi um sinal para os judeus incrédulos que celebravam a festa. O milagre das línguas despertou seu interesse, mas não falou a seu coração. Foi preciso que Pedro pregasse (em aramaico uma língua que todos entendiam) para que fossem convencidos de seus pecados e se convertessem.
O principio da edificação nos estimula a concentrar nossa energia em compartilhar a Palavra de Deus de modo que a igreja seja fortalecida e cresça. O principio do entendimento nos lembra de que, a fim de trazer algum benefício, o que compartilhamos precisa ser compreendido. O uso pessoal dos dons pode edificar aquele que os utiliza, mas não edifica a igreja, e Paulo nos admoesta: "procurai progredir, para a edificação da igre­ja" (1 Co 14:12).

3.2. Mantendo a ordem no culto
A profecia sempre será compatível com a ordem no culto, nunca contrária a ela. O cuidado quanto à ordem no mesmo deverá existir sempre e todos devem cooperar para tal. Contudo jamais se deve impedir o exercício do dom de profecia, ou extinguir o Espírito Santo pelo medo ou excesso de zelo (ICo 14.29). Frequentemente Paulo foi usado para conferir ou manifestar o dom de profecia m e diante a imposição de mãos (em outros irmãos), quer fossem obreiros ou não (At 19.6-7; lTm4.14; 2Tm 1.6).

3.3. A humildade dos que profetizam
Como a profecia tem a participação direta do elemento humano, sempre haverá possibilidades de equívocos, e com isso Deus trata conosco quanto ao nosso nível de paciência. Aquele que profetiza fala segundo a medida de fé que lhe foi outorgada por Deus, podendo sua mensagem ser preditiva ou não, todavia quem fala deve falar de acordo com os oráculos de Deus. Uma pessoa de fala arrogante, que não aceita que a sua mensagem seja submetida a análise, pode ser sinal de que não é um genuíno profeta, “pelos frutos os conhecereis” foi o que disse Jesus. Por outro lado, o verdadeiro profeta jamais se sentirá diminuído pelo fato de sua mensagem está sendo analisada por qualquer grupo.
As assembleias cristãs podem e devem criar um ambiente em que Deus possa agir livremente, porém isso só acontecerá se for buscado com o propósito de crescimento. O desenvolvimento desse ambiente deve constar de tranquilidade, hinos espirituais e apropriados. Há, pelo menos, dois casos em que o espírito da profecia foi buscado e alcançado com música: primeira, em que Eliseu pede um tangedor (harpista) e exerce o seu oficio, (2Rs 3.15); e também Saul que ao se defrontar com uma banda musical de profetas portando saltérios, tambores, flauta s e harpas o Espírito Santo se apoderou dele e começou a profetizar também, (ISm 10.5-10). Entretanto notamos que, tanto Samuel quanto E liseu, desenvolveram uma escola profética em Israel.

Conclusão
Todos devem buscar com zelo o dom de profetizar, posto que pela graça tal manifestação é amplamente acessível aos membros do corpo de Cristo. Enquanto a Igreja estiver neste mundo, ela manifestará a sabedoria de Deus através dos dons que poderão ser exercidos por fé e pela manifestação que for concedida a cada um
para proveito geral.

QUESTIONÁRIO

1. Defina dom de profecia:
R: É uma mensagem verbal inspirada pelo Espírito Santo para edificação, exortação e consolação da igreja de Cristo no mundo.
2. Por que o dom de profetizar não é privilégio de alguns na igreja?
R: Porque o Espírito da profecia reside nela inteiramente, então todos podem profetizar.
3. Cite as três finalidades distintas da profecia, conforme esta lição:
R: Primeira, finalidade funcional; segunda finalidade ampla; terceira, finalidade pedagógica.
4. A profecia sempre será compatível com o quê?
R: A ordem no culto.
Por que todos devem buscar com zelo o dom de profetizar?
R: Porque pela graça tal manifestação é acessível a todos.

REFERÊCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

Editora Betel 1º Trimestre de 2013, ano 23 nº 86 – Jovens e Adultos – Vida Cristã Vitoriosa.
Comentário Bíblico Expositivo – Warrem W. Wiersbe
O Novo Testamento Interpretado Versículo Por Versículo - Russell Norman Champlin
Comentário Esperança - Novo Testamento 
Comentário Bíblico Matthew Henry - Novo Testamento
Comentário Bíblico - F. B. Meyer
Bíblia – THOMPSON (Digital)
Bíblia de Estudo Pentecostal – BEP (Digital)
Dicionário Teológico – Edição revista e ampliada e um Suplemento Biográfico dos Grandes Teólogos e Pensadores – CPAD - Claudionor Corrêa de Andrade